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O complexo de Golgi tem origem no retículo endoplasmático de quem recebe membranas e substâncias para maturação através da face CIS, sendo responsável especialmente pela glicosilação terminal de suas secreções. Enzimas presentes nas cisternas e membranas dos 3 a 8 sáculos empilhados que compõem sua estrutura realizam, além da glicosilação, a sulfatação de substâncias, o que favorece sua desidratação e compactação na
maturação dos grânulos secretórios em seu trajeto até o local de exocitose. |
Fotomicrografia do epitélio de revestimento interno do epidídimo. A técnica revela a posição e morfologia sacular do complexo de Golgi (seta) nestas células secretoras. Ocupa posição supranuclear e revela-se extremamente desenvolvido quando comparado à
dimensão do próprio núcleo (N). O lúmen do túbulo epididimal (L) e o tecido conjuntivo (TC) estão indicados.(Ayoama, camundongo)
Fotomicrografia do
epitélio de revestimento interno do epidídimo. Mesmo sem o uso de técnicas com prata, o complexo de Golgi é tão bem desenvolvido em suas células secretoras que se mostra em evidência no citoplasma pela ausência de afinidade com as colorações de rotina (seta). Membrana basal (MB), núcleos (N),
estereocílios de sua superfície (E) e gametas em trânsito na luz do túbulo (G) estão indicados. (HE, rato)
Fotomicrografia do tecido conjuntivo frouxo. Dois
plasmócitos podem ser identificados no campo por sua morfologia ovóide e seus núcleos excêntricos (seta fina). Seu complexo de Golgi é bem desenvolvido e ocupa posição justanuclear (seta vazada), sendo fracamente corado na técnica empregada e mais evidente na célula à esquerda. (HE, cão)
Fotomicrografia do tecido nervoso. Neurônios fusiformes, revelados pela reação histoquímica para a enzima tiaminopirofosfatase (TPPase), marcadora das cisternas medianas do complexo de Golgi, evidenciam no citoplasma uma morfologia peculiar para a organela, típica das células nervosas. Nestas células o complexo de Golgi se
mostra em fina rede de túbulos e vesículas (seta) que contornam o núcleo e projeta-se para o interior das projeções celulares visíveis (seta dupla). A reação que permite visualizar fracamente o núcleo e alguns nucléolos é inespecífica para a técnica. (TPPase, rato).
Eletromicrografia do complexo de Golgi exibindo suas relações com as demais estruturas celulares. Sua face CIS (campo demarcado em vermelho) encontra-se voltada para o núcleo (N), delimitado pela
carioteca, e em continuidade com o RER (R), dos quais recebe membrana e substâncias por intermédio de vesículas de transferência (VT2). Também permuta vesículas (VT1) com os endossomos tardios ou corpos multivesiculares (ET), Sua face
TRANS (campo demarcado em azul) apresenta cisternas interligadas ao REL (L) na formação da rede transGolgi (TGN), além de ser formadora de vesículas de secreção (VS1). Há destacamento contínuo de vesículas nas margens de seus sáculos, servindo à transferência de conteúdo entre as cisternas ou à liberação de vesículas
de secreção (VS2). (MET, planária terrestre)
Eletromicrografia de célula secretora, revelando a interrelação entre suas organelas. A face TRANS (FT) do complexo de Golgi libera
vesículas secretórias (VS) que após a condensação de seu conteúdo transformam-se em grânulos secretórios (GS), e está interligada aos túbulos do retículo endoplasmático liso formando a rede transGolgi (TGN). Sua face CIS (FC) está associada ao
retículo endoplasmático rugoso (R), do qual recebe vesículas de transferência (VT). Sua proximidade com um endossomo tardio ou corpo multivesicular (ET) e mitocôndria (M) sugere troca de substâncias. Núcleo
(N) está indicado. (MET, planária terrestre)
Eletromicrografia do complexo de Golgi. Suas cisternas medianas apresentam-se intensamente osmiofílicas (estrela). A face CIS está voltada para o RER
(R) do qual recebe vesículas de transferência (VT) revestidas por COP II, enquanto sua face TRANS (FT) mostra-se em continuidade com o REL (L) formando a rede transGolgi (TGN) e liberando abundantes vesículas secretoras
(VS). Núcleo (N) e mitocôndrias (M) estão indicados. (MET, planária terrestre)
Eletromicrografia do complexo de Golgi. Vesículas de transferência
(VT) podem ser observadas nas margens de suas várias cisternas, enquanto sua face TRANS (FT) mostra-se em continuidade com o RE formando a rede transGolgi (TGN) e liberando abundantes vesículas secretoras (VS). RER (R), mitocôndrias
(M) e face CIS (FC) estão indicados. (MET, planária terrestre)
Eletromicrografia de endossomo tardio ou corpo multivesicular (ET) que realiza permuta de substâncias e biomembranas com as organelas celulares antes de associar-se a lisossomos primários oriundos do complexo de Golgi (CG) e rede transGolgi, transformando-se em um lisossomo secundário para o início do processo digestivo de seu conteúdo. Etapas do trânsito vesicular podem ser observadas na superfície do endossomo tardio: concentração de proteína COP I para a deformação da membrana (setas duplas), invaginação ou adição de membrana (seta larga), destacamento de membrana com formação de vesícula ainda unida por pedúnculo (seta fina). Vesículas secretórias (VS) na face TRANS do complexo de Golgi e vesículas de transferência (VT) na face CIS estão indicadas. (MET, planária)