Qual a importância dos rios para as civilizações do antigo Oriente?

No mês de novembro, nesta Coluna, apresentamos três artigos sobre o rio Itiberê, sem dúvida este rio é um exemplo bem didático sobre a importância dos rios na história da humanidade. Podem ser citados como fundamentais o rio Ganges para a Índia, o rio Nilo para o Egito, Tigre e Eufrates para a Mesopotâmia (atualmente Kuwait e Iraque). Assim se sucedeu em várias regiões do Planeta, onde os rios tiveram um papel essencial para o estabelecimento dos primeiros povoados.

Os mares, as baías e os rios facilitaram e facilitam até os dias atuais o transporte de bens e pessoas, como também, no caso dos rios de água doce, o abastecimento de água e a fertilidade do solo para as plantações. De itinerantes que eram os povos antigos, tornaram-se fixos em determinadas áreas onde pudessem sobreviver por longo tempo, onde existisse água potável e áreas férteis para plantar.

Rios sempre serviram para a integração de povos e até de nações, por oferecer base alimentar, viabilizar e interligar o comércio.

Além dos exemplos já citados, ao longo do rio Danúbio, na Europa, as monarquias que ao longo dos séculos, alternadamente, dominaram as terras banhadas por este rio, cuidaram, assim, do domínio político das terras por nacionalidades diversas, que hoje em dia representam países de intensa troca de mercadorias entre a Ásia menor e o continente europeu. Desse modo o intercâmbio político-étnico foi gerado.

Rios servem como vias (e veias) de comunicação, de informação, de comércio e da inserção dos países com o mundo. O rio Reno, que nasce nos Alpes suíços e desemboca no Atlântico norte (Holanda), já nos velhos tempos transportou as madeiras da Floresta Negra do interior da Alemanha, França e Suíça até os portos da Holanda, de onde foram levadas para o mundo todo.

No antigo Egito, com validade até hoje, as margens do rio Nilo só têm fertilidade por meio das frequentes enchentes que levam nutrientes do rio à terra firme, altamente importante em um país predominantemente formado por áreas desérticas, garantindo sua produção agrícola.

No Brasil e na América do Sul os rios desde os tempos da descoberta, formam os guias para a ocupação e exploração de terras.

Sob o ponto de vista ambiental alguns usos foram e ainda são inadequados e alteraram em muito as condições naturais dos rios. Vamos cuidar dos nossos rios e, dessa maneira, cuidar do futuro!

Guadalupe Vivekananda Fabry

Civilização Hidráulica

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

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Civilização Hidráulica é um termo que faz referência às civilizações que viveram na Mesopotâmia e no Antigo Egito.

O conceito de modo de produção asiático está inserido na teoria marxista, nele estaria a explicação para sociedades que viviam suas organizações sociais e econômicas baseadas nos benefícios que as margens de grandes rios oferecia. Desta forma, haveria uma grande dependência desses povos em relação à condição dos rios margeados.

O Egito e a Mesopotâmia constituíram-se em duas civilizações que se desenvolveram com relações íntimas com os rios de seus respectivos territórios. Cada qual em sua região, a vida de suas comunidades foi toda planejada e dependente das variações de seus rios. No caso do Egito, o rio que marcou o nascimento e a vida do Império Antigo foi o Nilo, um dos maiores rios do mundo. Já a Mesopotâmia representa através de seu próprio nome, que significa entre rios, a importâncias desses fluxos de água para sua comunidade. Os mesopotâmios residiam e se aproveitavam dos benefícios oferecidos entre os rios Tigre e Eufrates.

As variações dos rios que caracterizavam tais sociedades determinavam o ritmo da economia e de suas produções. Para administrar as cheias sazonais, os habitantes que viviam nas margens desses rios desenvolveram várias técnicas para aprimorar os benefícios. Eram necessários trabalhos de irrigação que permitiam utilizar as terras com mais qualidade para agricultura.

De acordo com a teoria marxista, o domínio dessas técnicas e a importância das cheias dos rios para a economia das comunidades determinavam a estrutura política das mesmas. A complexidade de tal sistema resultaria em um estado de servidão que era baseado em um forte governo centralizado, responsável por administrar todo o povo e distribuir os excedentes da agricultura.

O conceito de Civilização Hidráulica foi expandido e, hoje, não está mais restrito às civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Essa mesma noção de grande dependência dos rios e sua notória influência na vida da comunidade é utilizada também para explicar duas outras grandes sociedades que se organizaram em torno de rios: a China e a Índia. No primeiro caso, os chineses organizaram a vida social e econômica em torno dos rios Amarelo e Yang-Tsé. Já a Índia se estruturou com base nos rios Indo e Ganges.

Atualmente, a teoria marxista que explica o modo de produção asiático vem sendo questionada. Novas descobertas arqueológicas colocam em questão a organização de tais sociedades e suas relações com os rios. A maneira rígida apresentada pelos marxistas de grande dependência dos benefícios dos fluxos de água e a implicância que possuíam na organização social parece que não estava tão correta como se imaginava. É certo que tais sociedades possuíam íntima relação com os rios e deles dependiam para grande parte de sua produção, mas acredita-se que a organização política e social possuía características mais complexas e uma realidade mais dinâmica.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Civilizações_Hidráulicas

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/antiguidade/civilizacao-hidraulica/

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Qual a importância dos rios para a civilização?

Os rios são muito importantes para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para que a sustentabilidade da vegetação natural. Um exemplo na história é o rio Nilo. Localizado em uma região desértica do continente africano, foi graças a ele que se pôde irrigar as terras para a agricultura no Egito Antigo.

Qual a importância dos rios para civilização como a Mesopotâmia e a egípcia?

Os povos mesopotâmicos se desenvolveram às margens dos rios. Além de usarem suas águas para beber, também o faziam para irrigar as plantações. O desenvolvimento de técnicas de irrigação possibilitou a construção de canais que levavam as águas do Tigre e Eufrates para regiões mais distantes das margens deles.

Qual a importância da água para o surgimento das primeiras civilizações?

A importância da água para os primeiros povos consiste no fato de elas terem proporcionado a sedentarização do homem, já que as margens férteis dos rios contribuíram para a agricultura.

Qual foi a importância dos rios para a formação das primeiras aldeias?

Como vimos anteriormente, o acesso à água potável foi essencial na formação das primeiras aldeias e, conseqüentemente, nas primeiras cidades. A proximidade dos rios permitiu o desenvolvimento e o aprimoramento da agricultura que, por sua vez, possibilitou um aumento considerável da produção de alimentos.