Quais foram as duas atividades econômicas que mais cresceram no território brasileiro entre os séculos 17 e 18?

A geração de renda no Estado de Minas Gerais tem como uma de suas características centrais o
alto grau de concentração regional. Somente a região Central, a mais próspera e populosa do estado, responde por quase metade (46,6%) do PIB mineiro, ao passo que as regiões historicamente mais deprimidas – Norte, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce – totalizam, juntas, apenas 12,2%.
As acentuadas disparidades regionais da economia mineira são visíveis também quando se considera o PIB per capita de cada uma delas. No Triângulo Mineiro, região que concentra o mais elevado PIB per capita do estado (R$ 21 mil), o indicador é mais de quatro vezes superior ao registrado na área mais pobre, a região do Jequitinhonha/Mucuri (R$ 5,2 mil).

A seguir é apresentada a caracterização sintética de cada uma dessas dez regiões que compõem o espaço mineiro:

CENTRAL

Região mais populosa do estado, reunindo 6,97 milhões de habitantes (35,6% do total estadual) que se concentram, predominantemente, em áreas urbanas (taxa de urbanização de 94%). Os municípios polos7 da região são: Barbacena, Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, São João Del Rei e Sete Lagoas.

Trata-se também da região mais próspera de Minas Gerais, responsável por 46,6% do PIB, 60% das exportações e 52,1% dos empregos formais. A evolução no período recente mostra que a região Central é a que mais cresce em termos de PIB per capita e de participação no PIB e nas exportações. Entre 2001 e 2008, a participação regional no PIB e nas exportações do estado cresceram, respectivamente, 2,4 e 5,4 pontos percentuais. Somente no período 2003-2008, o PIB per capita da região Central acumulou crescimento de 91%.

A composição setorial do PIB regional revela predominância do setor de serviços, responsável por 62,3% da renda gerada, seguido pela indústria (35,9%) e pela agropecuária (1,8%). Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da indústria (53,6%), seguida dos serviços (45,8%) e, por último, da agropecuária (10,5%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região Central, destaque para metalurgia alumínio, automóveis, bebidas, calçados, têxtil, mineração, minerais não metálicos, produtos alimentares, metalurgia-zinco, autopeças, bens de capital, vestuário, siderurgia, refino de petróleo, ferro-gusa, ferro-liga e turismo.

MATA

A região reúne 2,17 milhões de habitantes, 11,1% da população mineira. Cerca de 81% da população regional vive em áreas urbanas, com destaque para os municípios polos: Carangola, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Ponte Nova, Ubá e Viçosa. A Zona da Mata responde por 7,6% do PIB mineiro, mas vem perdendo participação no período recente. Entre 2001 e 2008, a participação regional no PIB mineiro caiu 0,7 pontos percentuais.

A distribuição setorial do PIB da Zona da Mata revela a predominância dos serviços (68,4%) em comparação à participação relativa da indústria (22,6%) e da agropecuária (9,0%). Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado dos serviços (9%) e da agropecuária (8,4%), já que a região contribui com apenas 5,4% da renda gerada na indústria mineira. A região é responsável por 9,5% dos empregos formais e de 3,2% das exportações totais da economia estadual. Tal como ocorre em relação ao PIB, observa-se que também nas exportações a Zona da Mata tem reduzido sua participação no total do estado nos últimos cinco anos.

Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para a produção de suco de fruta natural, café, produtos alimentares, metalurgia-zinco, siderurgia e automóveis.

SUL DE MINAS

Com 81,6% de seus 2,59 milhões de habitantes residindo em áreas urbanas, o Sul de Minas tem como municípios polos Alfenas, Itajubá, Lavras, São Lourenço, Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Três Corações e Varginha. É a segunda região mais populosa de Minas Gerais, reunindo 13,2% da população mineira.

Nos últimos anos, o Sul de Minas foi a região que mais perdeu espaço na geração da renda em Minas Gerais. Em 2001, a região respondia por 13,6% do PIB estadual; sete anos depois esta participação havia se reduzido para 12,2%. Apesar da menor participação no PIB estadual, a região mantém participação relevante no total dos empregos formais gerados no estado (12,5%), em função do perfil trabalho-intensivo das atividades econômicas desenvolvidas na região.

Em termos setoriais, a geração de renda no Sul de Minas se concentra no setor de serviços (58,8%), seguido por indústria (28,0%) e agropecuária (13,2%). Quando considerada apenas a atividade agropecuária, no entanto, este número salta para 21,8%, o que evidencia a relevância deste setor para a dinâmica socioeconômica da região. Ademais, a participação da Região Sul no valor agregado mineiro dos serviços é de 12,3%, enquanto que na indústria é de 10,3%.

Grande produtora de café, a região é responsável por 13,1% das exportações de Minas Gerais. Cabe ressaltar, no entanto, que assim como ocorre com o PIB, também nas exportações a participação da região no total do estado vem se reduzindo nos últimos anos. Dentre as demais atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para a pecuária leiteira, metalurgia-alumínio, mineração, agroindústria, eletroeletrônicos, helicópteros, autopeças, bebidas, têxteis e turismo.

TRIÂNGULO

Reunindo 7,6% da população e 11,2% do PIB estadual, o Triângulo Mineiro apresenta o mais elevado PIB per capita dentre as dez regiões de Minas Gerais – R$ 21 mil. A taxa de urbanização da região é elevada (93,4%) e, dentre seus municípios polos estão Ituiutaba, Uberaba e Uberlândia. A região manteve sua participação no PIB estadual relativamente estável nos anos 2000.

A geração de renda no Triângulo Mineiro concentra-se no setor de serviços (55,3%), seguido por indústria (33,8%) e agropecuária (10,7%). Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (13,9%), cuja relevância para o setor perde apenas para a do Sul de Minas. Na indústria e nos serviços, a contribuição do Triângulo Mineiro para o agregado estadual é de 11,6% e 10,7%, respectivamente.

A região responde ainda por 8,9% dos empregos formais e 5,8% das exportações estaduais. Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para açúcar e álcool, pecuária, produção e processamento de grãos, processamento de carne, cigarros, fertilizantes, processamento de madeira, reflorestamento e comércio atacadista.

ALTO PARANAÍBA

Com 655,3 mil habitantes, o Alto Paranaíba é a segunda região menos populosa de Minas Gerais. A população é predominantemente urbana (taxa de urbanização de 86,8%) e a região tem em Patos de Minas, seu município polo.

A região responde por 4,0% do PIB, 3,0% dos empregos formais e 6,1% das exportações do stado. No que se refere à composição setorial do PIB, evidencia-se maior participação dos serviços (50,2%), com destaque também para a importância relativa da indústria (24,2%) e da agropecuária (25,6%). Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (13,6%), seguida dos serviços (3,4%) e, por último, da indústria (3,1%). As principais atividades econômicas desenvolvidas na região são agricultura, pecuária, cerâmica, produtos alimentares, mineração, metalurgia e turismo. Nos anos 2000, a participação regional no PIB de Minas manteve-se relativamente estável.

CENTRO-OESTE DE MINAS

A região possui 1,12 milhão de habitantes (5,7% do total estadual), dos quais 88,7% residem em áreas urbanas. Divinópolis é considerado o município pólo da região Centro-Oeste de Minas. Responsável por 4,5% do PIB, 2,1% das exportações e 6,1% dos empregos formais, o Centro-Oeste de Minas tem sua geração de renda concentrada no setor de serviços (60,4% ), com destaque também para a importância relativa da indústria (25,1%) e da agropecuária (14,5%).

Nos anos 2000, a participação regional no PIB de Minas manteve-se estável, enquanto que nas exportações totais do estado aumentou em 1,6 pontos percentuais. Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (7,5%), seguida dos serviços (4,6%) e, por último, da indústria (3,9%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para cerâmica, bebidas, calçados minerais não metálicos, fogos de artifício, fundição, têxteis, artigos do vestuário e ferro-gusa.

NOROESTE DE MINAS

Com 366,4 mil habitantes, 1,9% da população estadual, o Noroeste de Minas é a região menos populosa do território mineiro. A região é predominantemente urbana, embora sua taxa de urbanização seja comparativamente mais reduzida – 78,2%.

O Noroeste de Minas responde por 1,8% do PIB mineiro, cuja distribuição setorial revela a predominância dos serviços (48,4%) em comparação à participação relativa da agropecuária (34,8%) e da indústria (16,8%). A região é também responsável por 1,2% dos empregos formais e de 2,5% das exportações totais da economia estadual.

Entre 2001 e 2008, a participação da região no PIB estadual teve leve aumento de 0,3 pontos percentuais, ao passo que nas exportações oscilou negativamente em 0,5 3 pontos percentuais. Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para agricultura, pecuária e mineração. Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (8,2%), seguida dos serviços (1,4%) e, por último, da indústria (1,0%).

NORTE DE MINAS

A região reúne 1,61 milhões de habitantes, 8,2% da população mineira. A região é predominantemente urbana, embora sua taxa de urbanização seja relativamente reduzida – 69,4%. A cidade de Montes Claros é principal polo da região.

Responsável por 4,0% do PIB, 2,4% das exportações e 3,6% dos empregos formais, o Norte de Minas tem sua geração de renda concentrada no setor de serviços (61,8%), seguida pela indústria (24,9%) e pela agropecuária (13,2%). O Norte de Minas manteve sua participação no PIB e nas exportações relativamente estável nos anos 2000.

Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (7,0%), seguida dos serviços (4,4%) e, por último, da indústria (3,0%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para agricultura, pecuária, ferro-liga, metalurgia, reflorestamento, têxteis, frutas e minerais não metálicos.

JEQUITINHONHA/MUCURI

Reunindo 5,1% da população e 1,9% do PIB estadual, o Jequitinhonha/Mucuri apresenta o mais baixo PIB per capita dentre as dez regiões de Minas Gerais – R$ 5,2 mil. Comparativamente às demais regiões de Minas Gerais, a taxa de urbanização do Jequitinhonha/Mucuri é baixa (63,2%) e tem em Teófilo Otoni o município polo da região.

A distribuição setorial do PIB do Jequitinhonha/Mucuri revela ampla predominância dos serviços (69,0%) em comparação à participação relativa da agropecuária (16,5%) e da indústria (14,5%). A região é também responsável por 1,5% dos empregos formais e por apenas 0,3% das exportações totais da economia estadual.

Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (4,1%), seguida dos serviços (2,4%) e, por último, da indústria (0,9%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para agricultura, pecuária, mineração, pedras ornamentais, pedras preciosas e reflorestamento.

Nos últimos anos, a participação regional no total das exportações do estado oscilou negativamente em 0,53 pontos percentuais, enquanto que no PIB manteve-se estável.

RIO DOCE

A região reúne 1,62 milhões de habitantes, 8,3% da população mineira. Cerca de 80% da população regional vive em áreas urbanas, com destaque para os municípios de Caratinga e Governador Valadares polos da região.

A região do Rio Doce responde por 6,3% do PIB mineiro, cuja distribuição setorial revela a predominância dos serviços (56,2%) em comparação à participação relativa da indústria (37,5%) e da agropecuária (6,3%). É a região que apresentou menor crescimento do PIB per capita entre 2005 e 2008.

A região é também responsável por 5,8% dos empregos formais e 4,8% das exportações totais da economia estadual. Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da indústria (7,2%), seguida dos serviços (6,2%) e, por último, da agropecuária (5,2%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para a produção de autopeças, têxteis, agricultura, pecuária, celulose, siderurgia, mecânica pesada, produtos alimentares e reflorestamento. Nos últimos anos, a participação regional no total do PIB do estado oscilou negativamente em 0,4 pontos percentuais, enquanto que nas exportações teve queda acentuada de 6,7 pontos percentuais, a maior perda dentre as dez regiões de Minas.

Quais foram as duas atividades econômicas que mais cresceram no território brasileiro entre o século 17 e 18?

A produção de açúcar foi a principal atividade econômica da colônia portuguesa na América até o século XVIII. O sistema de plantation concentrou-se no litoral. Mas, durante o período colonial, outras atividades se destacaram. Vamos tratar de duas delas: a pecuária e a mineração do ouro.

Qual foi a principal atividade econômica no século 18?

A produção açucareira foi o principal produto da economia até meados do século XVIII. O cultivo da cana-de-açúcar tinha como finalidade abastecer também o mercado europeu. Assim como o pau-brasil, sua mão de obra era executada principalmente pelos nativos indígenas e pelos negros trazidos do continente africano.

Quais as principais atividades econômicas que levaram a ocupação do território brasileiro no século 18?

A exploração do pau-brasil e das drogas do sertão, o cultivo da cana-de-açúcar, a extração do ouro e o plantio do café são exemplos da evolução da economia brasileira, cuja distribuição espacial era, até século XIX, em formato de arquipélago.

Quais foram as principais atividades econômicas desenvolvidas no Brasil no século XIX?

Já no século XIX, a atividade econômica predominante era a plantação e produção de café. Essa planta asiática foi a locomotiva da economia brasileira nos tempos imperiais, sendo fundamental para o surgimento do setor econômico que se desenvolveria no século passado: o industrial.