Quais as principais diferenças entre abelhas melíferas e meliponíneos?

Texto originalmente publicado em 8 de novembro de 2017.

Por Programa Nacional Abelhas Nativas

As abelhas nativas ou abelhas sem ferrão (ASF) já viviam no Brasil muito antes das espécies estrangeiras aportarem por aqui. Também conhecida como “melíponas”, elas povoam diversos biomas do território brasileiro com mais de 300 espécies. Elas se alimentam do pólen que tiram das flores e formam seus ninhos em buracos ocos de troncos das árvores.

As abelhas nativas são muito dependentes da preservação da mata em que estão e uma colônia pode até morrer se for retirada da árvore em que está instalada. Por isso, a vida de nossas abelhas está ameaçada pelo desmatamento. Uma das alternativas para a conservação das espécies nativas está na meliponicultura, que garante a criação racional de abelhas sem ferrão. No Brasil, estados como o Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco, entre outros do Nordeste brasileiro, possuem polos bem sucedidos de meliponicultura. Entre as espécies locais exploradas encontramos a tiúba, a jandaíra e a uruçu. A jataí, marmelada, mirim-guaçu, mirim-preguiça, iraí e mandaguari também são comuns em meliponários.

Conheça outros tipos de abelhas nativas e suas especificidades:

Melipona scutellaris – Uruçu, urussu, urussu-boi, irussu, eiruçu, iruçu: são abelhas grandes, famosas por seu porte avantajado. Elas polinizam culturas de abacate, pimentão e pitanga e são encontradas na região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe). Na Bahia é uma espécie bastante explorada devido a facilidade de criação e a excelente produção de mel. Embora seja uma espécie que esteja sendo amplamente distribuída para além de suas áreas limites por meio do tráfego ilegal, é reconhecida como ameaçada de extinção nas suas áreas de distribuição natural (Fragmentos de mata atlântica do Nordeste);

Melipona quadrifasciata – Mandaçaia, mandassaia, mandasái, manassaia, amanassaia: as subespécies se adaptam muito bem às regiões sul e sudeste do país, e têm grande incidência em toda a costa atlântica. É uma abelha robusta e que poliniza culturas de abóbora, pimentão, pimenta-malagueta e tomate;

Melipona fasciculata – Uruçu-cinzenta, tiúba, tiúba-grande, jandaíra-preta-da-Amazônia: São também excelentes produtoras de mel. Há registros de colônias estocarem até 12 litros de mel. Encontrada no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil (Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Tocantins). São importantes na polinização do açaí, berinjela, tomate e urucum;

Melipona rufiventris – Uruçu-Amarela, tujuba, tujuva: é comum nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, São Paulo, Tocantins. Seu mel é muito saboroso, por isso muito procurado. Dependendo do tamanho da colônia, e em uma área de boa florada, conseguem produzir até 10 kg de mel ao ano. É uma espécies reconhecida como ameaçada de extinção porque suas áreas naturais de distribuição (cerradão) estão desaparecendo;

Nannotrigona testaceicornis – Iraí: abelha indígena, pertencente a tribo dos Trigonini, encontrada principalmente em zonas tropicais (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo). Também constrói ninhos em muros de concreto, blocos de cimento e tijolos. Se adaptam bem à áreas urbanas;

Tetragonisca angustula – Maria-seca, virginitas, virgencitas, angelitas, abelhas-ouro, mariita, mariola, jataí, españolita, ingleses, mosquitinha-verdadeira, my-krwàt, jimerito, ramichi-amarilla, moça-branca, jatahy-amarello, trez-portas, jatihy, jatai-piqueno, jatay, jaty, jatahy, mosquito-amarelo: abelha indígena, pertencente a tribo dos Trigonini, amplamente distribuída na América tropical (Brasil, Bolivia, Colombia, Equador, Peru, Venezuela, Guianas, Suriname, Honduras, Nicaragua, Guatemala, Panamá, Costa Rica, México). É uma espécie que se adapta bem a ambientes urbanos. Talvez seja a espécie mais criada racionalmente pela facilidade de adaptação em caixas e porque requer pouco espaço. Seu mel é denso e muito apreciado. A sabedoria popular indica este mel para o tratamento de visão.

A importância de meliponicultura

Por meio da criação de Abelhas Sem Ferrão (ASF) é possível produzir vários tipos de mel e ainda contribuir para a conservação das diferentes espécies. A atividade auxilia no equilíbrio biológico dos biomas brasileiros e na preservação de espécies vegetais. A meliponicultura também é sustentável e altamente adaptável a comunidades tradicionais, assentamentos e cooperativas agrícolas. Quer saber mais sobre as ASF e como conservá-las? Acesse o site do (PNAN) e acompanhe as ações realizadas em prol da conservação das espécies. Acompanhe também nossa página no Facebook.

Qual a diferença entre abelhas Apis mellifera e abelhas melíponas?

As melíponas armazenam seu mel, em potes, diferentemente das Apis, que o armazenam em favos.

Qual a diferença entre as abelhas?

Entre as diferenças, as mais fáceis de serem reconhecidas é pela observação da estrutura interna das colônias. A abelha africanizada (Apis mellifera), que possui ferrão, armazena o pólen e mel em favos, ao passo que as abelhas sem ferrão constroem potes para armazenar o pólen e o mel.

Quem são as abelhas Apis mellifera?

A Abelha-Europeia (Apis mellifera mellifera) é uma abelha social, de origem europeia, pertencente à família Apidae, da ordem Hymenoptera. A Abelha-Europeia (Apis mellifera mellifera) é uma abelha social, de origem europeia, pertencente à família Apidae, da ordem Hymenoptera.

Como as abelhas Apis Melliferas podem ser classificadas?

As abelhas são animais extremamente importantes para o meio ambiente, uma vez que são responsáveis pela polinização de diversas espécies de angiospermas. Fazem parte do grupo dos artrópodes, mais precisamente da classe dos insetos e da ordem Hymenoptera.