Quais as novidades evolutivas que surgiram no grupo dos vegetais das pteridófitas que as diferenciam das briófitas?

A Botânica compreende a parte da Biologia que estuda os integrantes do Reino Plantae, ou seja, todos os vegetais do nosso planeta.

A Botânica é a área da biologia que estuda o Reino Plantae, onde estão incluídos todos os vegetais. Nesse grupo encontramos seres autotróficos, eucariontes e multicelulares, ou seja, seres que produzem seu próprio alimento, apresentam células com núcleo delimitado pela carioteca e possuem mais de uma célula.

O Reino Plantae é extremamente variado, com espécies simples que não apresentam folhas, caule e raízes verdadeiras até espécies com frutos carnosos e flores deslumbrantes. Didaticamente, as plantas são divididas em quatro grupos principais, tomando como base características como a presença ou ausência de vasos condutores, sementes, flores e frutos. Esses grupos são as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

As briófitas denominam o grupo de plantas mais simples. Elas são pequenas, avasculares e não possuem caule, folhas, nem raízes. Gostam de viver preferencialmente em locais úmidos e necessitam de água para reprodução. Como principais representantes desse grupo, podemos citar os musgos e hepáticas.

As pteridófitas, diferentemente das briófitas, são plantas que possuem vasos condutores de seiva, bem como folhas, caule e raiz. Essas plantas também estabelecem forte dependência com a água no que diz respeito à reprodução. Como representantes, podemos citar as samambaias e avencas.

As gimnospermas são plantas mais complexas, quando comparadas às briófitas e pteridófitas, e surgiram com uma importante novidade evolutiva: as sementes. Estas são extremamente importantes porque garantem a proteção do embrião e fornecem-lhe alimento. Nesse grupo de plantas, a característica mais marcante é a semente nua, ou seja, a semente sem estar envolvida por um fruto. Como exemplo de gimnospermas, podemos citar os pinheiros e araucárias.

Por fim, temos o grupo mais diversificado e dominante de plantas: as angiospermas. Essas plantas apresentam flores e frutos que atuam, respectivamente, atraindo polinizadores e dispersores. Sem dúvidas, essa característica favoreceu a grande quantidade de espécies desse grupo. Como exemplo, podemos citar as roseiras, os coqueiros e os cactos.

Além de estudar mais profundamente esses quatro grupos de planta, daremos ênfase também à ecologia, à anatomia e a fisiologia vegetal. Sendo assim, nesta seção vocês encontrarão uma ampla variedade de temas que suprirão todas as dúvidas a respeito das plantas.

Boa leitura e divirta-se conhecendo um pouco mais sobre os vegetais!

Atenção: Alguns organismos autotróficos, tais como algas e cianobactérias, são retratados na Botânica juntamente às plantas. Apesar de serem seres completamente diferentes, esses grupos estão tradicionalmente incluídos aqui.


Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:

As pteridófitas são um grupo de plantas vasculares e sem sementes que possuem como representantes principais as samambaias e avencas.

Quais as novidades evolutivas que surgiram no grupo dos vegetais das pteridófitas que as diferenciam das briófitas?
A avenca é um exemplo de pteridófita

As pteridófitas são um grupo de plantas que apresentam vasos condutores e não possuem sementes. Nesses vegetais, portanto, já é possível observar a presença de xilema e floema, duas estruturas responsáveis pelo transporte de substâncias no interior da planta. Graças a essa característica, as pteridófitas possuem um porte superior ao das briófitas.

As pteridófitas possuem tecidos especializados, apresentando sistema dérmico, vascular e o fundamental. Diferentemente das briófitas, as pteridófitas apresentam estruturas como raízes, caules e folhas.

As raízes são responsáveis pela absorção de água e sais minerais, além de promoverem a fixação da planta ao substrato. O caule é o órgão vegetal responsável pela sustentação das folhas e, nesse grupo de plantas, pode crescer no sentido oposto ao da raiz ou então paralelo à superfície do solo. As folhas, por sua vez, estão relacionadas principalmente com a fotossíntese.

Podemos classificar esse grupo de plantas em quatro filos com representantes vivos atualmente: Lycophyta, Psilotophyta, Sphenophyta e Pterophyta. Esse último grupo é o mais conhecido e usado para representar as pteridófitas. Nele estão incluídas as samambaias e avencas.

A reprodução nas pteridófitas pode ser tanto assexuada como sexuada. No primeiro caso, ela acontece normalmente por brotamento. Na reprodução sexuada, por sua vez, é possível observar alternância de gerações, com um esporófito diploide (2n) dominante e um gametófito haploide (n). Assim como as briófitas, as pteridófitas necessitam da água para que ocorra a reprodução.

Todas as plantas vasculares são oogâmicas, isto é, todas possuem oosferas imóveis e anterozoides que devem ser levados até ela. Existem espécies de pteridófitas que são homosporadas e aquelas que são heterosporadas. A grande maioria das espécies é homosporada, ou seja, produz apenas um tipo de esporo que pode originar um gametófito bissexuado. Já as heterosporadas produzem micrósporos e megásporos que são responsáveis por dar origem, respectivamente, aos gametófitos masculinos e femininos.

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A seguir explicaremos resumidamente o ciclo de vida de uma samambaia, um dos principais representantes das pteridófitas.

Quais as novidades evolutivas que surgiram no grupo dos vegetais das pteridófitas que as diferenciam das briófitas?

Observe o soro na face inferior de uma folha de samambaia

Na superfície abaxial (inferior) das folhas de samambaias, é possível observar pequenos pontos marrons (ver figura acima). Essas estruturas são chamadas de soros, local onde são produzidos os esporos (n). Esses esporos, quando maduros, são liberados e caem no solo.

No solo, se encontrar condições adequadas, o esporo germina e dá origem ao gametófito conhecido como prótalo (n). Este possui formato de coração e é monoico nas espécies homosporadas, sendo responsável, portanto, pela produção dos gametas femininos e masculinos.

Quais as novidades evolutivas que surgiram no grupo dos vegetais das pteridófitas que as diferenciam das briófitas?

Observe que o esporófito está ligado ao prótalo no início de seu desenvolvimento

Os anterozoides, quando liberados em água, nadam com a ajuda de seus flagelos até a entrada do arquegônio, local onde se encontra a oosfera. Há, então, a fecundação e o surgimento do zigoto, que sofrerá divisões e dará origem ao embrião.

Inicialmente o embrião será dependente do gametófito, porém rapidamente crescerão suas raízes, caules e folhas. Quando o esporófito (2n) jovem for capaz de nutrir-se sozinho, o gametófito degenerar-se-á. Esse esporófito crescerá e o ciclo terá início novamente.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Por Vanessa Sardinha dos Santos

Qual é a diferença evolutiva entre as briófitas e as pteridófitas?

No caso das briófitas, a fase que predomina, tendo maior relevância e duração, é a gametofítica (produtora de gametas); já nas pteridófitas, quem predomina é a fase esporofítica (produtora de esporos). A outra grande diferença entre os grupos se refere aos vasos condutores de seiva.

Qual a conquista evolutiva que ocorreu entre as briófitas e as pteridófitas?

Pteridófitas. As pteridófitas formam o grupo de vegetais que evoluíram a partir das briófitas. São criptógamas, não possuindo sementes, e formam o primeiro grupo contendo vasos condutores de seiva, conhecidos como xilema e floema.

Qual característica evolutiva surgida nas pteridófitas diferencia esse grupo das briófitas?

Diferem-se pelo fato de as briófitas não possuírem vasos condutores, folhas, caules ou raízes verdadeiros. Além disso, nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura do ciclo de vida, enquanto, nas pteridófitas, a fase duradoura é a de esporófito.

Qual foi a novidade evolutiva que surgiu no grupo das pteridófitas?

As pteridófitas (do grego pteridon = feto e phyton = planta), também chamadas de plantas vasculares sem sementes, são um grupo vegetal que se destaca pelo surgimento de uma importante novidade evolutiva: os vasos condutores de seiva (xilema e floema).