Porque a Alemanha invadiu a União Soviética?

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Porque a Alemanha invadiu a União Soviética?

Soldados soviéticos da Frente de Leningrado puxando artilharia camuflada em estradas lamacentas (Foto: Wikimedia Commons)

No dia 1º de setembro de 1939, o exército da Alemanha nazista invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. A invasão ocorreu simultaneamente em territórios ao oeste, norte e sul da fronteira polonesa, principalmente por terra, pela infantaria, artilharia e os tanques de guerra. A essa tática de ataque intenso, inesperado, simultâneo e apoiado por veículos motorizados se deu o nome de blitzkrieg, ou guerra-relâmpago.

A invasão à Polônia foi fruto de um ressentimento alemão desde a perda de territórios por causa do Pacto de Varsóvia, em 1918. Ocorreu uma semana após a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop e um dia após a sua aprovação pela Suprema Corte soviética. O pacto propunha uma política de não-agressão entre Alemanha e União Soviética, bem como a partilha dos territórios poloneses a serem conquistados. Tanto que, no dia 17 de setembro, foi a vez das tropas soviéticas invadirem a Polônia, desta vez pelo leste.

O pacto foi encerrado em 22 de junho de 1941, quando a Alemanha iniciou a Operação Barbarossa, uma ofensiva ao leste para invadir os territórios da União Soviética. A estratégia foi um dos principais erros de Hitler, que lhe custaram a soberania do Terceiro Reich e a sobrevivência da Alemanha nazista. Os antigos aliados fizeram o exército alemão recuar até chegarem em Berlim, forçando Hitler a se suicidar e a Alemanha a assinar a rendição em 9 de maio de 1945, pondo fim à guerra na Europa. Entenda melhor por que a União Soviética foi essencial para a derrota de Hitler:

Território e clima
Pela experiência com a blitzkrieg na Polônia e na França, Hitler acreditava que a conquista do território russo levaria semanas, e não meses. Por isso, repetiu a estratégia dividindo a frente em três: ao norte, o objetivo era dominar Leningrado, um importante porto soviético; ao centro, chegar a Moscou, a capital; e, ao sul, conquistar a Ucrânia e o Cáucaso, importantes regiões agrícolas e de petróleo. Mas a divisão das forças retardou a operação, atrasando a passagem das tropas conforme o outono e o inverno chegavam, trazendo umidade ao solo e um frio congelante.

Vantagem numérica
Outro fator que atrasou o progresso das tropas nazistas foi a política de não rendição do Exército Vermelho. Desertores que recuavam frente ao avanço alemão eram imediatamente mortos. Essa tática só foi possível pela vantagem populacional da União Soviética que, com um contingente estimado em 14 milhões de reservistas, conseguia recrutar civis rapidamente para, mesmo despreparados, fazerem frente ao avanço dos tanques. Para se ter uma ideia, no início da operação, em 22 de junho de 1941, a Alemanha dispunha de uma tropa de 3,8 milhões de soldados, contra 2,9 milhões de militares soviéticos no front. Ao final, estimam-se que cerca de 1 milhão de militares alemães morreram, contra quase 5 milhões de soviéticos.

Porque a Alemanha invadiu a União Soviética?

Soldados do Exército Vermelho atacando em 1941 (Foto: Wikimedia Commons)

Terra arrasada
Outra política de Stalin foi a de “terra arrasada”. Em pronunciamento aos cidadãos soviéticos, ele ordenou que todos deveriam resistir a qualquer custo e, em caso de derrota iminente, destruir todos os meios de subsistência que poderiam servir aos nazistas, como casas, armazéns, plantações, etc.

Batalha de Moscou
Mesmo com as dificuldades, os alemães chegaram a 600 quilômetros de Moscou em outubro de 1941. Para se defender, a União Soviética adotou uma estratégia de cinturões defensivos, cavando trincheiras e promovendo alagamentos artificiais ao redor da cidade que dificultavam o avanço dos tanques. Também utilizaram um largo contingente de tropas reservistas que, junto com as unidades principais, conseguiram conter as tropas alemãs até o rigoroso inverno em dezembro. Em 5 de dezembro, sem ter condições de continuar sob o frio intenso, a ofensiva alemã recuou, dando início à contra-ofensiva soviética e encerrando a Operação Barbarossa.

Batalha de Stalingrado
A ofensiva central a Moscou havia falhado. Ao norte, as tropas alemãs cercavam Leningrado, sem conseguir entrar. Sobrou a Hitler concentrar seus esforços ao sul, em busca do petróleo do Cáucaso. No caminho, havia uma importante cidade soviética às margens do Volga, principalmente pelo simbolismo de seu nome: Stalingrado. A tentativa de conquistá-la começou em 23 de agosto de 1942. Foram 5 meses, 1 semana e 3 dias na mais sangrenta batalha da história. Homem a homem, as tropas combatiam dentro da cidade. Ao todo, 2 milhões de militares foram mortos — cerca de 650 mil pelo lado alemão e 1,350 milhões pelo lado soviético. Em 2 de fevereiro de 1943, contrariando as ordens de Hitler, o general Friedrich Paulus decidiu se render. A escolha marcou a mais vergonhosa derrota alemã na Segunda Guerra, a extinção do 6º Exército da Wehrmacht e abriu caminho para a libertação do Cáucaso e o avanço soviético rumo a Berlim.

Qual o interesse da Alemanha ao atacar a União Soviética?

O ataque dos alemães à União Soviética no dia 22 de junho de 1941 ficou conhecido como Operação Barbarossa. Nas palavras da propaganda alemã, o objetivo da campanha de invasão da União Soviética era uma "ampliação do espaço vital no Oriente".

Por que a Alemanha se envolveu na Segunda Guerra Mundial?

A maioria dos historiadores, considera que a invasão da Polônia, pelos nazistas, foi o marco principal para a entrada dos alemães na Segunda Mundial. Mas por quê? A Alemanha queria expandir seus domínios, e com isso se os países não fizessem o que Hitler quisesse, ele tomaria o poder na base da força.

Como os russos derrotaram a Alemanha?

Ao final de novembro de 1942, os soviéticos lançaram uma enorme contra-ofensiva, a Operação Urano. Foi um grande ataque em pinça, movendo-se pelos enfraquecidos flancos das tropas do Eixo, formados principalmente por soldados romenos e húngaros, que eram as tropas mais fracas da coalizão liderada pelos alemães.