Onde é encontrada a vitamina a

Vitamina A

O termo vitamina A normalmente é usado para representar os compostos com atividade da vitamina na dieta, se aplica para os retinoides com estrutura cíclica da β-ionona como: retinol todo-trans, ácido retinóico, retinal e éster de retinina.

Outra forma de vitamina A pré-formada também conhecida como vitamina A2 é a 3-deidrorretinol, encontrado em anfíbios e peixes de água doce. A vitamina A2 possui cerca de 30 a 40% de atividade biológica do retinol A1.

Os carotenoides são precursoras de vitamina A. São pigmentos naturais responsáveis pelas cores laranja, amarelo e roxa das flores, frutas, raízes e pescados e podem der encontrados em fungos, bactérias, algas e leveduras. A pró vitamina A mais importante e o β-caroteno encontrados em frutos e outros vegetais.

Onde é encontrada a vitamina a

O retinol encontrado em alimentos de origem animal e em algumas bactérias é absorvido pela dieta em torno de 70 a 90%, mesmo em doses altas essa absorção continua elevada. Já os carotenoides a absorção ficam em torno de 10 a 50%. Tanto os carotenoides, quanto a vitamina A pré-formada são lipossolúveis e dependem da ingestão de lipídeos para que sejam bem absorvidas.

Em torno de 50 a 80% da vitamina A é armazenada no fígado e essa reserva geralmente é suficiente para muitos meses. Quando as reservas estão extremamente baixas, isso pode significar baixa ingestão por períodos muito longos.

O organismo tem um mecanismo catabólico para a excreção do excesso de retinol, mas se houver ingestão muito alta o retinol pode intoxicar por não haver mais capacidade de catabolismo e excreção. Isso pode ser muito perigoso e demonstra a toxidade do retino quando em excesso.


Deficiência de vitamina A

A estimativa da organização mundial de saúde (OMS) é que cerca de 250 a 500 mil crianças pré-escolares perdem a visão parcialmente ou totalmente, pela falta da vitamina A e 2/3 morrem alguns meses depois de ficarem cegas.

O único tipo de cegueira que pode ser prevenida em crianças é o combate a deficiência de vitamina A.

Alguns programas para prevenção de cegueira e morte de crianças menores de 5 anos por deficiência de vitamina A são:

1 – Administrar dose única de 60.000 µg de acetato ou palmitato de retinol como comprimidos dissolvíveis em água ou em óleo. Poderia ser administrada via oral ou intravenosa, repetida em intervalos de 4 a 6 meses. Para crianças menores de 1 ano, somente metade da dose é dada.

Isso pode provocar intoxicação em cerca de 0,7 a 2,5% das crianças. Para reduzir a toxidade do retinol, poderia ser incluído 40mg de tocoferol.

2 – Encorajar o consumo de vegetais amarelo-alaranjados, vegetais verdes folhosos e frutos como medida de longa duração. Sabendo que a absorção de caroteno de folhas verdes é relativamente baixa.

3 – O incentivo para a produção doméstica de frutos ricos em carotenos. O encorajamento para a horticultura desses alimentos também aumentará o consumo de outros nutrientes.

4 – Tendo em vista problemas de saúde pública em determinadas situações, para grupos vulneráveis da população, a vitamina A pode ser adicionada para o enriquecimento de vários alimentos.

A fortificação de culturas como arroz, milho, mandioca e batata-doce com pro-vitamina A ou fortificação de alimentos básicos com vitamina A pré-formada (palmitato de retinol) são outros métodos direcionados a população em geral.

A cegueira noturna é um dos primeiros sintomas da deficiência da vitamina A.

Com a dificuldade de adaptação ao escuro, depois a inabilidade de enxergar no escuro, o paciente apresenta a xerose conjuntival onde a superfície conjuntival perde a transparência e brilho ficando mais espessa e endurecida.

Nas áreas da conjuntiva onde a xerose é mais intensa forma-se um material espumoso denominados manchas de Bitot. Devido ao declínio da produção de muco a metaplasia escamosa e queratização das células da conjuntiva, isso provoca o ressecamento, enrugamento e espessamento da córnea ou xeroftalmia. O último estágio é a ulceração da córnea e a cegueira irreversível.

Além de estar diretamente relacionada a visão, a vitamina A está ligada a diferentes processos fisiológicos como o desenvolvimento fetal, resposta imunológica, paladar, audição, apetite, crescimento, proliferação e diferenciação celular e espermatogênese.

A vitamina A também modula uma variedade de genes, entre eles os da queratina, colagenase e colágeno importantes para a matriz extracelular e para o citoesqueleto, além de atuar em genes responsáveis pelo crescimento da epiderme.

Com relação aos carotenoides como o β-caroteno, o mais importante em termos quantitativos, vários estudos demonstraram que alguns carotenoides pró-vitamínicos apresentam atividade anticâncer, além de atuar como precursores da vitamina A.

Variações de pró-vitamina A são encontradas em amostras de um mesmo alimento. As diferenças entre cultivares, o efeito do clima, a geografia, estágio de maturação do alimento, pós-colheita, armazenamento, entre outros influenciam sua biodisponibilidade. Além da quantidade a forma e tipo de carotenoides devem ser considerados na dieta.

Muitos estudos já realizados demonstraram que existe uma variação muito grande em diferentes tipos de espécies. A biodisponibilidade de β-caroteno purificados comparados com β-caroteno de vegetais verde escuros folhosos variou de 19 a 34% para a cenoura e 22 a 24% para o brócolis.

De acordo com os estudos a concentração de β-caroteno e retino foi maior em 2,6 a 6 vezes para frutos em comparação a vegetais verdes escuros.

O preparo a vapor se mostrou eficiente para aumentar a concentração de carotenoides na cenoura e no espinafre. Importante ressaltar que o processamento dos alimentos interfere negativamente na absorção de carotenoides.

Para melhorar a absorção da vitamina 5g de óleo em uma refeição pode influenciar positivamente na absorção da vitamina A.

Algumas drogas inibem a absorção de vitamina A, a ingestão de etanol ocasiona a depredação da vitamina A hepática.

Pode ocorrer em casos de infestação de parasitas, diarreia e infecções intestinais a má absorção da vitamina A.


Interações

Estudos indicam que a deficiência de ferro interfere na distribuição da vitamina A no fígado e plasma. O zinco é essencial para o transporte da vitamina A do fígado para a circulação. Ajuda na conversão do β-caroteno em vitamina A.

Nas aves, ovos e leites cerca de 30% da vitamina A se encontram como carotenoides e em carnes e peixes, cerca de 10% e o restante na forma de retinol.

Entre outros alimentos, o leite se destaca como um alimento onde o β-caroteno é muito bem absorvido.


Toxidade

Doses extremamente altas de vitamina A podem ser fatais.

Em alguns países em desenvolvimento doses únicas de retinol são administradas a crianças como medida profilática. Em torno de 1% dessas crianças apresentam sinais de toxidade.

O tipo de toxidade que mais preocupa é o tipo crónico, ingestões que se prolongam em adultos que ingerem doses acima de 7,5 mg/dia habitualmente.

Os efeitos do excesso são:

Ossos: hipercalcemia e calcificação dos tecidos moles, espaçamento dos ossos, dores nas articulações.

Fígado: hiperlipidemia, hepatomegalia, alterações histológicas.

Sistema nervoso central: problemas associados com o aumento da pressão do fluido cerebrospinal, anorexia e ataxia, dor de cabeça e náusea.

Pele: escamação, rachadura, secura em excesso, descamação, alopecia.

Durante a gestação, devido a ação teratogênica de alguns retinoides usados em tratamentos dermatológicos, existe a possibilidade de intoxicação fetal. Se a ingestão ultrapassar 3.300 µg/dia no período de gestação, existe a associação com defeitos no nascimento.

O primeiro mês é o período mais crítico, pode haver captação descontrolada e desconhecida pelo feto.

A sociedade de teratologia recomenda que na gestação não se exceda 2.400µg/dia, mas no Reino Unido a Chief Medical Officer se posiciona contra qualquer suplemento de vitamina A sem controle e supervisão médica.


Fontes de vitamina A

Principais fontes (Origem animal)

Alimentos de origem animal como fígado, ovos, leite e derivados.

Principais fontes (Origem vegetal)

Alimentos de origem vegetal contém carotenoides principalmente β-caroteno com atividade pró-vitamínica de 100%.

Frutos e vegetais amarelos, roxos e verde escuros.

Qual a fruta mais rica em vitamina A?

Em quais frutas encontrar vitamina A? As frutas ricas em vitamina A são: manga, acerola, caju, melancia, goiaba vermelha, mamão, cajá, melão, damasco, tangerina e maracujá.

Qual é a doença causada pela falta de vitamina A?

6 consequências da falta de vitamina A para a saúde.
Xeroftalmia. ... .
Cegueira noturna. ... .
Pele grossa e seca. ... .
Atraso no crescimento. ... .
Problemas de fertilidade. ... .
Enfraquecimento do sistema imune..

Qual é a função da vitamina A?

Vitamina A: para que serve?.
Ação antioxidante. ... .
Ação anti-inflamatória. ... .
Manutenção do sistema imunológico. ... .
Renovação celular e desenvolvimento de tecidos. ... .
Cuidados com a visão e tecidos oculares. ... .
Formação de colágeno. ... .
Regulagem da gordura corporal. ... .
Desenvolvimento embrionário e infantil..

Como aumentar a vitamina A?

Alimentos ricos em vitamina A Os vegetais e frutas de cor laranja e amarela, como cenoura, pimentão vermelho, manga e mamão, e os de cor verde-escura, como espinafre, couve e brócolis, também são boas fontes dessa vitamina porque contêm carotenoides, compostos que se transformam em vitamina A no organismo.