O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

A estrutura das proteínas diferencia-se quanto à quantidade de cadeias peptídicas envolvidas e ao tipo de interação entre elas.

Entre os compostos orgânicos presentes em um organismo vivo, as proteínas são as substâncias encontradas em maior quantidade, representando de 50% a 80% dos tecidos do organismo, por apresentarem uma grande função estrutural.

Na estrutura das proteínas, há apenas quatro elementos químicos: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N) e oxigênio (O). Esses elementos formam unidades moleculares denominadas de aminoácidos.

Assim, na realidade, a estrutura de uma proteína baseia-se na ligação de várias unidades individuais (monômeros) de aminoácidos, os quais são formados por um grupo carboxila e um grupo amino. Essa ligação gera uma grande estrutura, ou seja, uma macromolécula.

A união entre os aminoácidos dá-se por meio de uma ligação peptídica, na qual a carboxila de um aminoácido perde sua hidroxila (grupo OH) e o grupo amino de outro aminoácido perde um hidrogênio, formando uma molécula de água. Em seguida, o carbono da carboxila (ácido carboxílico) une-se ao nitrogênio do grupo amino (amina) do outro aminoácido.

Estrutura primária

A estrutura primária de uma proteína nada mais é que uma sequência de aminoácidos. Essa sequência, como podemos observar na estrutura a seguir, inicia-se no grupo amino (à esquerda) e prossegue até o grupo carboxila (à direita).

O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

Estrutura primária de uma proteína

Nesse tipo de estrutura, temos uma sequência linear de aminoácidos, não havendo nenhuma ramificação.

Estrutura secundária

A estrutura secundária de uma proteína é o resultado da extensão ou do prolongamento de uma estrutura primária. Assim, à medida que a cadeia peptídica (de aminoácidos) aumenta, uma parte de um aminoácido interage com a de outro, em pontos centrais da estrutura, o que pode acontecer de duas formas:

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  • Em forma de folha:

O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

Representação da estrutura secundária de uma proteína

Nesse tipo de forma, as cadeias laterais da proteína interagem entre si, em um mesmo plano.

  • Em forma de hélice:

O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

Representação da estrutura secundária de uma proteína

Nesse caso, os resíduos das cadeias de aminoácidos interagem entre si, de forma que a resultante é uma estrutura helicoidal (formato cilíndrico).

Em ambos os casos, as interações entre os aminoácidos podem ocorrer por meio de ligações de hidrogênio ou por pontes de enxofre.

Estrutura terciária

O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

Representação da estrutura terciária de uma proteína

A proteína de estrutura terciária é formada quando duas estruturas secundárias interagem por meio de seus resíduos (átomos de enxofre, de oxigênio ou de hidrogênio, por exemplo), a partir de:

  • Forças de atração ou repulsão eletrostática;

  • Pontes de hidrogênio;

  • Forças de Van der Waals;

  • Pontes de dissulfeto.

Estrutura quaternária

O que você entende por estrutura terciária? em que ela difere da secundária?

Representação da estrutura quaternária de uma proteína

Na estrutura quaternária da proteína, há a presença de duas ou mais cadeias peptídicas separadas, formando um arranjo oligomérico que se relaciona por meio de diversas interações, como na estrutura terciária:

  • Pontes de hidrogênio;

  • Atrações eletrostáticas;

  • Interações hidrofóbicas;

  • Pontes dissulfeto.

Transcrição de vídeo

RKA4G Já passamos muito tempo falando sobre proteínas e sobre como elas resultam em uma enorme diversidade de sistemas biológicos, atuando como hormônios, como anticorpos, fornecendo estrutura a células, mecanismos de sinalização, toda uma série de coisas. E sua capacidade de fazer todas essas coisas em sistemas vivos se dá devido à sua estrutura. Então, neste vídeo, nós vamos falar sobre a estrutura das proteínas. Para podermos apreciar em alto nível as estruturas proteicas, temos aqui uma molécula de hemoglobina. Esta molécula é composta por quatro cadeias polipeptídicas. Duas dessas cadeias são compostas por 141 aminoácidos cada, ao passo que as outras duas são compostas por 146 aminoácidos, totalizando 574 aminoácidos. Note que os aminoácidos não se dispõem em uma ordem aleatória, mas sim em uma configuração específica que a torna apropriada para desempenhar sua função, isto é, transportar o oxigênio no interior das hemácias. Então, assim como a hemoglobina, há muitos outros tipos de proteínas que assumem diferentes funções conforme a sua estrutura. Como elas obtêm sua estrutura? Uma maneira de se pensar é que há diferentes níveis estruturais. O primeiro nível estrutural podemos chamar de estrutura primária. A estrutura primária consiste, simplesmente, na sequência de aminoácidos determinada pela ordem de ligação dos aminoácidos transportados pelo RNA transportador até os ribossomos, após este ler o RNA mensageiro, que carrega informação traduzida do DNA. Assim, a informação contida no DNA é o que, essencialmente, codifica a estrutura primária, pois é ela que determina a ordem dos aminoácidos, ou seja, a estrutura primária é dada em função da sequência de aminoácidos. O segundo nível estrutural, isto é, a estrutura secundária, ocorre devido a interações entre segmentos dessa cadeia polipeptídica, segmentos que são próximos entre si. Isto é, eles são adjacentes. Tenho alguns exemplos, bem aqui, onde podemos observar um fragmento de cadeia polipeptídica à esquerda. Temos um grupo de aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas, isto é, entre a carbonila e o nitrogênio, entre o ácido carboxílico e o agrupamento amina. Como aqui, por exemplo, aqui e aqui, também. De modo semelhante, temos um outro fragmento de cadeia polipeptídica ao lado, também com ligações peptídicas, como aqui, aqui e aqui, também. Note que, entre esses dois fragmentos de cadeia, ocorre a aproximação de um hidrogênio pertencente a uma cadeia, ao oxigênio pertencente a outra cadeia. Uma vez que o hidrogênio apresenta uma densidade eletrônica positiva em relação à densidade eletrônica do oxigênio, formam-se forças de atração intermoleculares conhecidas por ligações de hidrogênio isto é, ligações formadas entre oxigênio e o nitrogênio, que compartilham entre si um hidrogênio. Assim, temos uma ligação de hidrogênio aqui, temos outra ligação aqui, temos outra ligação de hidrogênio aqui. Desta forma, os dois fragmentos de cadeias, ligados um ao outro por ligações de hidrogênio, podem assumir também um formato mais plano, conhecido como lâmina β-pregueada (beta). Agora, note que na dupla de fragmentos desenhados à esquerda, em uma das cadeias, temos a seguinte sequência, de cima para baixo: um carbono alfa, uma carbonila e um nitrogênio. Novamente, um carbono alfa, uma carbonila e um nitrogênio; carbono alfa, carbonila e nitrogênio e assim sucessivamente. E o mesmo acontece na outra cadeia: carbono alfa, carbonila, nitrogênio, carbono alfa, carbonila, nitrogênio, carbono alfa, carbonila, nitrogênio. Chamamos essa configuração de sequência paralela, porque o carbono alfa, carbonila e nitrogênio ocorrem na mesma ordem, em ambas as cadeias. Note, agora, que na dupla de fragmentos ao lado temos, no primeiro fragmento, a mesma sequência anterior, de cima para baixo: carbono alfa, carbonila e nitrogênio, carbono alfa, carbonila e nitrogênio, carbono alfa, carbonila e nitrogênio. Porém, se observamos o fragmento ligante ao lado, vemos que, de cima para baixo, a sequência é invertida. Temos, aqui, o carbono alfa, nitrogênio, carbonila carbono alfa, nitrogênio, carbonila, carbono alfa, nitrogênio, carbonila. Uma vez que um fragmento apresenta sequência oposta ao outro fragmento, chamamos essa configuração de sequência antiparalela. Perceba que ambas as duplas de fragmentos são semelhantes. No caso aqui representado, ambas interagem por ligações de hidrogênio, são compostos pelas mesmas moléculas, mas diferem em sua sequência, sendo um par de fragmentos paralelo e outro par de fragmentos antiparalelo. O primeiro, como já vimos, configura a forma de lâmina β-pregueada; o segundo, por sua vez, apresenta relações e densidades eletrônicas entre as ligações de hidrogênio e os átomos adjacentes que se alternam ao longo da cadeia. Veja, bem aqui, essa alternância, diferente do par de fragmentos que configura uma lâmina β-pregueada. Observe, aqui, o nitrogênio; ligação de hidrogênio, nitrogênio, novamente, nitrogênio, ligação de hidrogênio, nitrogênio. Note que a alternância observada no segundo par de fragmentos ocorre pois, nesse fragmento, o primeiro carbono alfa é anterior ao lado de densidade eletrônica positiva em relação à ligação de hidrogênio subsequente, relação que, por sua vez, é oposta à do carbono alfa seguinte, mais próximo da densidade eletrônica negativa da ligação de hidrogênio subsequente. Portanto, os fragmentos antiparalelos acabam por assumir uma forma semelhante a esta à direita, em espiral, conhecida como forma de α-hélice (alfa). Esse arranjo em espiral, representado na figura à direita, configura ligações de hidrogênio em direção perpendicular à extensão da cadeia, diferente do que ocorre no arranjo de lâmina β-pregueada, no qual as ligações de hidrogênio são coplanares às extensões das cadeias envolvidas. Mas nós ainda não estamos satisfeitos, porque você poderia imaginar que essas cadeias laterais têm algo a dizer. Tais cadeias podem ser hidrofóbicas, interagindo entre si de formas diferentes quando imersas em água. Elas também poderiam interagir com outras cadeias ou poderiam, ainda, formar ligações de sulfeto. Enfim, tais fenômenos nós veremos com mais detalhes em um vídeo futuro. Agora, voltando. O terceiro nível estrutural, ou estrutura terciária ocorre devido a interações entre diferentes fragmentos ou segmentos, desde que a estrutura secundária já esteja conformada que sejam distantes entre si. Tomemos, por exemplo, esse fragmento de estrutura secundária. Vamos supor que nosso polipeptídeo está imerso em água e, esse trecho contém várias partes que são hidrofóbicas, aqui representadas por esses radicais "R". Assim, as interações hidrofóbicas farão com que a cadeia se deforme de uma determinada maneira específica, conforme os elementos que a compõem. Ou podemos supor, também, que há ligantes diferentes ao longo da extensão dessa cadeia, que podem formar entre si ligações de hidrogênio ou até mesmo ligações iônicas, moldando esse complexo polipeptídeo de uma forma diferente. Desta forma, um único polipeptídeo é constituído apenas por sua estrutura primária, sua estrutura secundária, sua estrutura terciária. Uma determinando a outra subsequentemente. Porém, se estamos lidando com uma proteína mais complexa como a hemoglobina, que é constituída por mais um polipeptídeo, então temos de falar no quarto nível estrutural ou na estrutura quaternária, por sua vez, determinada pela interação entre duas ou mais cadeias polipeptídicas. Isto é, a estrutura quaternária ocorre quando duas ou mais cadeias peptídicas interagem entre si, formando um complexo polipeptídico maior. No caso da hemoglobina, por exemplo, temos quatro subunidades, isto é, quatro cadeias peptídicas interagindo entre si. Assim, esperamos que isso lhe interesse, porque é algo fascinante. Há tantas permutações possíveis entre os quatro níveis de formação proteica, que podemos até construir proteínas. Podemos, se entendermos melhor, ser capazes de traduzir as estruturas primárias e descobrir como as proteínas realmente funcionam, o que elas fazem, como podem ser corrigidas, como podem oferecer outras funções, entre diversas outras coisas. Por isso, esse é um campo fascinante de estudo.

O que você entende por estrutura terciária?

A estrutura terciária corresponde ao dobramento da cadeia polipeptídica sobre si mesma. Na estrutura terciária, a proteína assume uma forma tridimensional específica devido o enovelamento global de toda a cadeia polipeptídica.

O que é estrutura primária secundária é Terciaria?

Estrutura primária das proteínas A cadeia principal da proteína formada pela ligação dos aminoácidos e que mostra a sequência em que eles aparecem é chamada de estrutura primária da proteína. No entanto, uma mesma proteína pode adquirir também estruturas secundárias, terciárias e até quaternárias.

Qual é a diferença entre a estrutura primária é secundária?

Estrutura primária Sequência de aminoácidos da cadeia polipeptídica, indicada do terminal amino (N-terminus) para o terminal carboxílico (C-terminus). Estrutura secundária Motivos tridimensionais de fragmentos da cadeia principal determinados por ligações de hidrogénio entre grupos da cadeia principal.

O que você entende por estrutura secundária?

Estrutura secundaria de uma proteína se refere á forma como ela se comporta espacialmente. seria, por exemplo, um fio de cabelo que se enrola uma vez sobre si mesmo, dai vc teria uma primaria virando secundaria.