Arte, memória afetiva, aventura e suspense dão o tom para obras que serão lançadas na próxima quinta-feira (30), em Belém. Em um caderno de viagens o aquarelista Mario Baratta traça seu roteiro sentimental de impressões, aquarelas e sketches do Parque Estadual de Monte Alegre. O mesmo parque com seus sítios de pintura rupestre são o cenário da história em quadrinhos protagonizada por três jovens visitantes que se transformam em super-heróis para combater o tráfico ilegal de peças arqueológicas por uma corporação internacional. Show Agência Museu Goeldi – O patrimônio natural e de arte rupestre de Monte Alegre, município da região do Baixo Amazonas, Pará, inspirou duas publicações que serão lançadas na Livraria da Fox, em Belém, na próxima quinta-feira (30): Caderno de Viagem – Monte Alegre, de autoria de Mario Baratta; e a história em quadrinhos Espíritos da Lua – Genesis, de autoria de Yan de Maria e André Ciderfao. As obras são os mais recentes resultados do projeto Arte rupestre de Monte Alegre: difusão e memória do patrimônio arqueológico, coordenado por Edithe Pereira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, que estuda a região há quase 30 anos. A paixão da arqueóloga Edithe pelo patrimônio deste município paraense levou-a estudar a fundo o assunto, tornando-a a maior autoridade em pinturas rupestres na Amazônia, resultou em planejamento de instrumentos para garantir a conservação dos sítios e a transformou em uma divulgadora criativa do conhecimento que ela e seus colegas produzem sobre o acervo arqueológico do Norte do Brasil. Seus aliados nesta missão não se restringem ao campo científico, ou a gestores. Ela vem construindo sólidas parcerias no campo da arte, educação e cultura pop. As novas publicações do projeto Arte Rupestre de Monte Alegre demonstram como a pesquisadora aposta na sensibilização do público para a história milenar da região. “Com o Caderno de Viagem – Monte Alegre, a arte rupestre do município chega até o grande público na forma de um pequeno livro de arte e de memórias afetivas. Espíritos da Lua – Genesis é uma história em quadrinhos ambientada nos sítios arqueológicos de Monte Alegre e tem o objetivo de atingir o público jovem e os fãs de quadrinhos. São publicações com linguagens diferentes para alcançar públicos diferentes e que tem em comum a inspiração no patrimônio arqueológico”, resume Edithe. Autores – Arquiteto e aquarelista, Mario Baratta é atualmente professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal do Amapá (UFAP). O livro de memórias Caderno de Viagem – Monte Alegre reúne aquarelas, esboços e anotações feitas pelo artista durante visita aos sítios arqueológicos de Monte Alegre. Os artistas visuais Yan de Maria e André Ciderfao são os autores da história em quadrinhos Espíritos da Lua – Genesis. Uma aventura ambientada nos sítios de Monte Alegre, a ficção aborda o comércio ilegal do patrimônio arqueológico. “Os fãs de quadrinhos vão encontrar muita coisa sobre a história de Monte Alegre e suas pinturas rupestres. É uma aventura empolgante e divertida com personagens poderosos”, destaca Ciderfao. A história em quadrinhos Espíritos da Lua foi selecionada para a CCXP 2017 – Comic Con Experience, evento internacional voltado para a indústria do entretenimento. A quarta edição será realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro, em São Paulo. “Monte Alegre me inspirou a tentar produzir conteúdo de entretenimento com questões regionais e particulares da minha cultura, e não trabalhando apenas com as referências dos quadrinhos norte-americanos. Com o projeto, passei a valorizar mais os sítios arqueológicos e sinto até certo orgulho de saber que aqui, no Pará, temos tão importantes espaços de arte rupestre”, afirma o escritor Yan de Maria. Projeto – O projeto Arte rupestre de Monte Alegre: difusão e memória do patrimônio arqueológico, criado em 2012, dedica-se à ampla divulgação do conhecimento produzido sobre as pinturas rupestres de Monte Alegre, tema de estudos da arqueóloga Edithe Pereira desde 1989. Em síntese, o projeto alia produção acadêmica, formação de recursos humanos, aplicação do conhecimento, divulgação científica, impacto em políticas públicas, interação com o universo escolar, inclusão social e geração de renda. Em 2012, foram lançados os livros A arte rupestre de Monte Alegre, de Edithe Pereira, e Itaí, a carinha pintada, de autoria de Juraci Siqueira com ilustrações de Mario Baratta. Clique aqui para ler online, ou fazer o download destas publicações do projeto Arte Rupestre de Monte Alegre. O vídeo Imagens de Gurupatuba, de Fernando Segtowick, também foi lançado no mesmo ano. Para saber mais sobre o projeto, visite o site. Texto: Phillippe Sendas e Joice Santos. Serviço | Lançamento Caderno de Viagem – Monte Alegre, de Mario Baratta, e Espíritos da Lua – Genesis, de Yan de Maria e André Ciderfao. Local: Livraria da FOX Belém | Travessa Dr. Moraes, 584 – Nazaré. Data e hora: 30 de novembro de 2017, a partir das 17h30. 18h30-19h | Bate-papo com os autores. Exibição do vídeo Imagens de Gurupatuba, de Fernando Segtowick. O que foi encontrado na caverna pedra pintada?Dentro da pedra encontra-se uma caverna na qual foram encontradas pinturas rupestres, pedaços de cerâmicas, machadinhas, contas de colar, entre outros artefatos. Por fora da rocha, há pinturas em cor branca rosada — daí o nome Pedra Pintada.
Qual a importância da Caverna da Pedra Pintada?Caverna da Pedra Pintada é um sítio arqueológico brasileiro localizado no município de Monte Alegre (Pará), sendo conhecido mundialmente pela presença de pinturas rupestres com mais de 11,2 mil anos, retratando plantas, animais e até as cenas de um parto.
O que o sítio arqueológico de pedra Furada nos revela?Não é para menos. O Parque reúne o maior números de sítios pré-históricos e os mais antigos exemplares de arte rupestre de todo o continente americano, além da maior quantidade de pinturas rupestres do mundo.
Qual é o estado de conservação dos objetos encontrados no sitio arqueológico Pedra Pintada?Resposta verificada por especialistas. Levando em consideração o tempo em que está datada as pinturas, datados em cerca de 7.000 anos, encontradas no sítio arqueológico pedra pintada, podemos dizer que está em bom estado de conservação.
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