Na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva


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Título:  Colóquio: Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
Autor(es): 
Mantoan, Maria Teresa Eglér
Baptista, Claudio Roberto
Almeida, Maria Amélia
Quadros, Ronice Müller de
Freitas, Soraia Napoleão
Dutra, Claudia Pereira
Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Manzini, Eduardo José
Fleith, Denise de Souza
Palavras-chave:  Educação Especial
Educação Inclusiva
Crianças com deficiência
Atendimento Educacional Especializado
Data do documento:  2008
Editor:  Inclusão: Revista de Educação Especial
Citação:  BAPTISTA, Claudio Roberto; MANTOAN, Maria Teresa Eglér; ALMEIDA, Maria Amélia; FIGUEIREDO, Rita Vieira de; QUADROS, Ronice Müller de; FREITAS, Soraia Napoleão; DUTRA, Claudia Pereira; OSÓRIO, Antônio Carlos do Nascimento; MANZINI, Eduardo José; FLEITH, Denise de Souza. Colóquio: Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: Revista de Educação Especial, Brasília (DF), edição especial, v. 4, n. 1, p. 18-32, jan./jun. 2008.
Resumo:  A proposição da nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 reflete a ampla discussão realizada nos diversos fóruns educacionais sobre inclusão no País, as conquistas do movimento das pessoas com deficiência, bem como os avanços dos marcos legais e educacionais. O Documento configura a educação inclusiva como uma ação política, cultural, social e pedagógica em defesa do direito de todos a uma educação de qualidade e da organização de um sistema educacional inclusivo. Neste colóquio dialogam os professores pesquisadores da área de educação especial, que integraram o Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555/2007, que teve a incumbência de elaborar a nova Política. A fim de dar conseqüência a esta elaboração, esses professores, juntamente com a equipe gestora da Secretaria de Educação Especial, desencadearam um amplo debate sobre a educação especial em nosso País. [...]
URI:  http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52471
Tipo:  Artigo de Periódico
ISSN:  1808-8899
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Data de publicação: 31 de agosto de 2018. Categoria: Você Sabia?

Você sabia, que a educação Inclusiva é uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças? Sim. Valorizar as diferenças é a chave. As diferenças sempre existiram e na educação inclusiva elas precisam ser reconhecidas e valorizadas, sem preconceito. Essa educação aponta para a transformação de uma sociedade mais igualitária e é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas atualmente nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel das Instituições de ensino na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.

Para o alcance das metas de educação para todos, a Conferência Mundial de Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO em 1994, propõe aprofundar a discussão, problematizando as causas da exclusão escolar. Ressaltando que:

O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados. (Brasil, 1997, p. 17 e 18).

No ano de 2001, também se têm as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, com a proposta de trabalhar nas escolas a valorização das diferenças:

A adoção do conceito de necessidades educacionais especiais e do horizonte da educação inclusiva implica mudanças significativas. Em vez de se pensar no aluno como a origem de um problema, exigindo-se dele um ajustamento a padrões de normalidade para aprender com os demais, coloca-se para os sistemas de ensino e para as escolas o desafio de construir coletivamente as condições para atender bem à diversidade de seus alunos. (MEC, 2001:6).

O Documento se refere às mudanças que devem ser construídas por um caminho inclusivo tanto nas esferas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, como também em outros segmentos da sociedade. Dessa forma, os sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a promoção da aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades educacionais de todos os estudantes.

No ano de 2005 através do programa INCLUIR ­– Programa de Acessibilidade na Educação Superior que propõe ações que garantem o acesso pleno de pessoas com deficiência às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) – Foram impulsionadas ações inclusivas no Ensino Superior, que embora não configurassem como uma realidade nova, ainda necessitavam de “amadurecimento” e consolidação  –. O Incluir tinha como principal objetivo fomentar a criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nas Ifes, as quais respondiam pela organização de ações institucionais que garantiriam a inclusão de pessoas com deficiência à vida acadêmica e este novo panorama exigiu das instituições o desenvolvimento de políticas de apoio e acompanhamento.

Especificamente com relação à UFC, a criação da Secretaria de Acessibilidade em 2010, é resultado direto deste programa. Com três eixos de atuação, tecnológico, atitudinal e pedagógico, a Secretaria trabalha na formulação de uma política central de acessibilidade na UFC, agindo para que esta seja respeitada e implementada nos diversos espaços da Universidade. Somado a isto, os requisitos legais de avaliação e reconhecimento de cursos também exigem as evidências de práticas inclusivas no ambiente universitário. Recentemente, tem-se a lei de cotas para pessoas com deficiência, que amplia a necessidade de pensar estratégias que promovam a inclusão destes estudantes.

Sobretudo, vários são os desafios a serem enfrentados de maneira a possibilitar não apenas o acesso e o ingresso de educandos com necessidades educacionais especiais às instituições de ensino, mas também a sua permanência nesses ambientes, com sucesso na aprendizagem, participando ativamente, sendo parte do grupo em que estão sendo inseridos. A acessibilidade deve ser assim assegurada mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas, urbanísticas, incluindo instalações, equipamentos e mobiliários, além da eliminação das barreiras atitudinais – atitudes que se fundam em preconceitos e estereótipos que produzem a discriminação – e nos transportes escolares, bem como as barreiras nas comunicações e informações. Necessário se faz, portanto, que as instituições de Ensino sejam renovadas, para que ocorram de fato transformações efetivas.

O que diz a política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva?

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

São objetivos da política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva exceto?

(REIS & REIS) São objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Pers- pectiva da Educação Inclusiva, exceto: a) Segregação social. b) Atendimento educacional especializado. c) Participação da família e da comunidade. d) Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

Quais são os princípios da política Nacional de Educação Especial?

Em resposta a esse clamor, nasce a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida, voltada para os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Qual a perspectiva da educação inclusiva?

+ O que muda na educação especial com a perspectiva inclusiva? O propósito atual da educação especial é alinhar-se ao que preceitua a nossa Constituição, ao estender e aprofundar a compreensão do direito à educação pela internalização desses e de outros documentos internacionais dos que o Brasil é signatário.