Como se deu o processo de inclusão dos surdos na sociedade ao longo da história?

FERREIRA, Juliana; VIEIRA: Rafaella Souza e CAMARGO, Sabrina Vila. Inclusão do Surdo no Ensino Regular e na Sociedade: um resgate histórico. ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-graduação e UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Monografia de curso de Pós- Graduação Lato Sensuem Educação Especial: LIBRAS. Peabiru – Pr. 2012.

RESUMO

A presente pesquisa tem como principal objetivo, relatar os aspectos históricos da surdez, com ênfase nas leis e na inclusão do aluno surdo no ensino regular. É de suma importância conhecer os passos do povo surdo, suas lutas, sua cultura, mostrando suas conquistas ao longo das décadas. Dessa forma, este trabalho é uma obra de resgate histórico do individuo surdo, sendo uma construção teórica da trajetória e dos processos legais da LIBRAS até os dias atuais. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi com a utilização de dados bibliográficos por meio do panorâmico histórico da surdez com pesquisa qualitativa de caráter descritivo.

PALAVRAS-CHAVE: Surdez; LIBRAS; inclusão.

ABSTRATC

This research has as main objective, to report the historical aspects of deafness, with emphasis on the laws and the inclusion of deaf students in regular schools. Is of paramount importance to know the steps of deaf people, their struggles, their culture, showing their achievements over the decades. Thus, this work is a work of historical rescue of the deaf individual, being a theoretical construct and the trajectory of lawsuits POUNDS until today. The methodology used in this research was the use of bibliographic data through the panoramic history of deafness with a descriptive qualitative research.

KEYWORDS: Deafness; POUNDS; inclusion.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

INES – Instituto Nacional de Educação dos Surdos

LDB – Lei de Diretrizes e Bases

LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais

OMS – Organização Mundial de Saúde

SUMÁRIO

Introdução_________________________________________10

Capítulo I - Constituição de 1988________________________11

1.1. Declaração de Salamanca_________________12

1.2. LDB/96 Lei de Diretrizes e Bases ___________13

1.3. Congresso de Milão (1880) ________________14

1.4. LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) ________16

1.5. Histórico da LIBRAS _____________________17

1.6 Oralismo_______________________________ 20

1.7 Bilinguismo_____________________________ 22

Capítulo II – Inclusão ________________________________  23

Conclusão _________________________________________27

Referências Bibliográficas ____________________________29

INTRODUÇÃO

            Despertou-se o interesse por esta pesquisa, devido a dificuldades encontradas no âmbito da realidade escolar, que claramente está presente em sala de aula, onde os alunos surdos estão exclusivamente integrados, ou seja, estão somente presentes sem participar efetivamente das aulas.

Diferentemente da integração, a inclusão ocorre a partir do momento que o aluno interage, participa e trabalha de forma que contribua positivamente para o seu conhecimento.

Destacando assim a importância da inclusão nas escolas regulares, Duboc destaca que:

A inclusão é considerada assim, como modalidade educativa que envolve todos os membros da instituição no processo de atendimento à diversidade de alunos. Como implicação, requer o reconhecimento da igualdade, de valores, de direitos e de atitudes que reflitam coerência entre o que se diz e se faz. Em outras palavras, requer que as escolas se modifiquem para receber os alunos em classes regulares, independentemente das condições intelectuais, físicas, sociais ou culturais. Enfim, de todos que estão em busca de desenvolvimento. (2004, p. 122).

Assim se faz necessário relatar que o professor tem que estar preparado a trabalhar com alunos, seja eles com ou sem necessidades especiais, pois estas crianças têm garantido por lei o direito de estar freqüentando uma escola, e que se esta não estiver apta a receber esse aluno, precisa então se modificar adequadamente para então poder atender as diferentes necessidades apresentadas pelos alunos.

            Com o passar dos anos as temáticas relacionadas com a surdez, vem ganhando espaço dentre os pesquisadores e estudiosos, demonstrando o quanto é importante a questão da inclusão do individuo surdo no ambiente social.

            Devem-se frisar alguns dados históricos que contribuíram para o reconhecimento do surdo enquanto ser social e de que forma isso refletiu nos direitos conquistados pela comunidade surda.

CAPITULO 1

No capítulo 1, serão abordados alguns fatores históricos importantes que contribuíram para a formação da cultura surda, destacando assim, a Constituição Federal de 1988, Declaração de Salamanca (1994), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 96), Congresso de Milão, Histórico das Libras, Oralismo e Bilinguismo.

1.0 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

            Neste momento vale lembrar, que o preconceito é crime decretos em lei, com as pessoas surdas vem diminuído, mas não acabou totalmente ainda ouvimos comentários sobre a discriminação do surdo da sua falta de se comunicar com os ouvintes, algumas pessoas acham que eles não têm raciocínio, mas a também preconceito, com a cor, idade, sexo isso ainda interfere na sociedade. Segundo o Art. 3 enciso IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. BRASIL. Constituição, 1988. Faz com que o homem tenha refletido seus conceitos perante as diferenças, com seus direitos fazendo-o valer na sociedade pessoas com qualquer deficiência tem sido visto com outro olhar, capaz de se desenvolver e constituir família.   

Antes de tudo, vale lembrar que a Constituição Federal de 1988, foi fundamental para as conquistas dos surdos e deficientes, assim se acreditava com este decreto as pessoas pudessem ter os mesmos direitos que as demais segundo o art. 203.

Art. 203. Inciso IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. BRASIL. Constituição, 1988.

            Segundo o artigo a sociedade deve incluir portadores de deficiências de maneira que ele possa se sustentar e tornar independente, mas o mesmo artigo que inclui também exclui se ele não consegue desenvolver uma atividade sustentável, o governo remunera-o, por ser um sujeito incapaz.   

            Em seguida, pode-se descrever que para ocorrer o desenvolvimento do deficiente, deve-se investir em sua capacidade e ofertá-lo uma educação de qualidade com todos os materiais necessários para seu aprendizado isso esta também na constituição descrito no art.205.

1.1 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Para que as crianças estejam inseridas em escolas regulares estas precisam estar amparadas por lei. Com isso, no ano de 1994 é criada a Declaração de Salamanca, a qual é fundada na lógica da igualdade consensual.

Os delegados da Conferência Mundial da Educação Especial reafirmaram um compromisso, em uma assembléia na cidade de Salamanca na Espanha em julho de 1994, nesta conferencia foi defendido:

[...] Um Compromisso pára com a Educação para todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de Educação para as Crianças, Jovens e Adultos com necessidades educacionais especiais, dentro do sistema regular de ensino [...]

Esta Lei ganha força de implantação no ano de 2.000, e entre as suas determinações, duas são essenciais para a educação do surdo, afirma (Monteiro, 2006, p229). As escolas devem ajustar a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas e outras.

Mesmo que existam dificuldades para que o aluno surdo esteja em sala de aula, ele tem garantido por lei, o direito estar na escola independentemente das suas necessidades, pois a inclusão deve estar inserida em todas as instituições. Estes direitos são defendidos:

A partir da Declaração de Salamanca (1994), o movimento de inclusão tem como meta não deixar nenhum aluno fora do ensino regular, desde o início da escolarização, propondo que a escola é quem deve se adaptar ao aluno. Inclusão, nesse contexto, implica o compromisso que a escola deve assumir de educar cada criança. Assim, a proposta de inclusão se propõe a contemplar a pedagogia da diversidade, ou seja, todos os alunos deverão estar dentro da escola regular, independentemente de sua origem social, étnica ou lingüística. (ROSA, 2006, p. 85).

A escola deve incluir as crianças com deficiência/ou superdotada, criança da rua ou crianças que trabalham crianças de população imigradas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.

1.2 LDB/96 – Lei de Diretrizes e Bases

A partir deste decreto, a educação de surdos passou por grandes mudanças, permitindo ao surdo, interagir com a sociedade por meio de sua visão e também pelo uso da Libras, contribuindo para uma melhor integração em sua cultura.

De acordo com (PERLIN & STROBEL, 2006, p 41)

O ultimo decreto governamental 5626 de 22 de dezembro de 2005 trouxe importantes inovações para a fundamentação para a educação de surdos. Inclusive identificam os surdos como aqueles que interagem com o mundo por meio de experiência visuais manifestando sua cultura principalmente pelo uso da língua de sinais.

Com tantos movimentos históricos o surdo vem alcançando maior participação na sociedade. Segundo (QUADROS, 1997 apud STROBEL, 2008 p.34.

É por meio desses movimentos que os sujeitos surdos atuam politicamente para terem seus direitos lingüísticos e de cidadania reconhecidos, resistindo ao ouvintismo, tendo como fator principal de aglutinação à língua de sinais, pois se os surdos têm acesso a ela o mais precocemente possível terão um a integração o bastante satisfatória à comunidade ouvinte.

Assim, o autor relata que o surdo deve estar em contato com língua de sinais desde a sua infância, facilitando a sua integração na sua sociedade e propiciando que esta seja de grande valia.

O sueco lingüista surdo Wallis (1990 apud Strobel, 2008, p62) comenta que as crianças surdas não têm acesso às informações devido à falta de comunicação. Assim ele comenta que é de grande contribuição:

[...] ”se surdos tem contato com a língua de sinais desde cedo; assim a criança surda poderia sentir como as outras crianças, fazer perguntas e obter as respostas, ou seja, a curiosidade das crianças surda será satisfeita muitas vezes e terão acesso as informações”.

Os objetivos dos seguimentos das Leis citadas acima vêm para inserir o surdo na sociedade de maneira que estes tenham os mesmos direitos dos indivíduos ditos normais, assim tendo, o ensino de Língua de Sinais o quanto antes faz com que a criança interaja com os ouvintes, buscando satisfazer suas duvidas e aprimorando seus conhecimentos.

1.3 CONGRESSO DE MILÃO (1880)

Um dos maiores marco da historia dos surdos, que é relembrada, refletida e discutida toda vez que se fala em cultura dos surdos é o Congresso de Milão, foi a partir deste que se houve uma controvérsia entre o oralismo e a língua de sinais.

Aqui no Brasil, a educação dos surdos iniciou por volta do segundo império, onde em 1857, por intermédio de D. Pedro II foi fundada no Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, hoje chamada de Instituto Nacional de educação dos Surdos (INES). (PEREIRA, 2008).

De acordo com (PERLIN E STROBEL, 2006) o ano de 1880 foi o clímax da história de surdos, que adicionou a força de um lado de muitos períodos de duelos polêmicos de opostos educacionais: a língua de sinais e o oralismo.

 Foi neste ano que os professores de surdos se reuniramem um Congresso Internacionalem Milão na Itália, a fim de reorganizar os métodos para serem trabalhados com os surdos, nesta época então, que a língua de sinais foi proibida e os alunos surdos passaram por diversas dificuldades, sofrendo com o oralismo. Este Congresso foi regido por pessoas ouvintes, onde:

 (...) ficou decidido no Congresso Internacional de Professores Surdos, em Milão, que o método oral deveria receber o status de ser o único método de treinamento adequado para pessoas surdas. Ao mesmo tempo, o método de sinais foi rejeitado, porque alegava que ele destruía a capacidade de fala das crianças. O argumento para isso era que ‘todos sabem que as crianças são preguiçosas’, e por isso, sempre que possível, elas mudariam da difícil oral para a língua de sinais. (WIDELL, 1992, p. 26 apud GLADIS PERLIN E KARIN STROBEL, 2006, s/p).

Entende-se assim que o método oral era de importante contribuição para a educação do surdo, pois era considerada de melhor compreensão. Já a LIBRAS era vista como sendo difícil de ser compreendida, pois as pessoas não conseguiam entender, com isso, a língua de sinais era considerada como a responsável pela falta de comunicação do surdo.

Dessa forma, (PERLIN E STROBEL, 2006, P11) contribuem esclarecendo que:

Nenhum outro evento na historia de surdos teve um impacto maior na educação de povos surdos como este que provocou uma turbulência séria na educação que arrasou por mais de cem anos nos quais os sujeitos surdos ficaram subjugados ás práticas ouvintistas, tendo que abandonar sua cultura, a sua identidade surda e se submeteram a uma ‘etnocêntrica ouvintista’, tendo de imitá-los.

Com isso, em geral os surdos vieram enfrentando varias adversidades, pois os professores surdos da época foram afastados de seus cargos e somente os professores ouvintes ministravam as aulas. Nesta perspectiva as autoras citadas acima relatam que:

Em seguida do congresso os professores surdos perderam seus empregos; as línguas dos sinais foram forçadamente substituídas por métodos orais; em conseqüência disto a qualidade da educação dos surdos diminuiu e as crianças surdas saiam de escolas com as qualificações inferiores e as habilidades sociais limitadas.

Assim, após o Congresso de Milão os surdos passaram a serem desvalorizados, a língua de sinais foi substituída pelo oralismo. Na qual, acarretou num mau desempenho escolar dos alunos surdos.

Com isso, PERLIN E STROBEL, 2006, P.12 colaboram afirmando que:

Houve fracassos na educação de surdos devido à predominância do oralismo puro na forma de ouvintismo, entretanto, em últimos 20 anos começaram perceber que os povos surdos poderiam ser educados através da língua dos sinais.

Apesar da proibição da língua de sinais, sempre esteve viva nas memórias dos povos surdos e ate hoje, após mais de 100 anos, é lembrada, pois foi um desafio para esta comunidade surda, que lutam para construir uma nova historia, com reconhecimento das diferenças, valorização de sua língua, a emancipação dos sujeitos surdos de todas as formas de opressão e seu livre desenvolvimento espontâneo de identidade cultural. (Perlin e Strobel, 2006).

1.4 LIBRAS

 A LIBRAS é uma língua pela qual o surdo pode se comunicar. De acordo com Veloso; Maia, 2009, p.13 aLIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), não é universal, pois em cada país existem sinais diferentes. Destaca-se também que ela é regional, pois em cada região a mesma palavra pode ser representada por um sinal diferente, ou seja, de região para região ocorre mudanças.

A língua de sinais é o canal que os surdos dispõem para receber a herança cultural, e a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é utilizada pela comunidade surda brasileira que se torna diferente das línguas orais.

Assim, de acordo com (VELOSO; MAIA, 2009, p. 13).

A LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade gestual-visual porque utiliza como canal ou meio de comunicação movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão. Por tanto, diferencia-se da Língua Portuguesa, que é uma língua de modalidade oral auditiva, por utilizar como canal ou meio de comunicação sons articulados que são percebidos pelo ouvido...

               Para os surdos a língua de sinais é sua primeira língua e o português como uma segunda língua, por isso a necessidade de se comunicar em LIBRAS, onde os gestos e expressões relatam o que estão sentindo de fato. Cada região possui sua cultura e costumes assim também ocorre com a comunidade surda.

Muitas pessoas leigas ainda não diferenciam a LIBRAS de mímica, existe uma confusão entre esses termos. Gesser (2009, p. 21) ressalta que:

Quando me perguntam, entretanto, se a língua de sinais é mímica, entendo que está implícito nessa pergunta um preconceito muito grave, que vai além da discussão sobre a legitimidade linguística ou mesmo sobre quaisquer relações que ela possa ter (ou não) com a língua de sinais. Está associada a esta pergunta a ideia que muitos ouvintes têm sobre os surdos: uma visão embasada na anormalidade, segundo a qual o máximo que o surdo consegue expressar é uma forma pantomímica indecifrável e somente compreensível entre eles. Não à toa, as nomeações pejorativas anormal, deficiente, débil mental, mudo, surdo-mudo, mudinho tem sido equivocadamente atribuídas a esses indivíduos.

Como remate é importante frisar que a Libras (Língua Brasileira de Sinais) assim como o português que se expressa à cultura em cada região, um sinal utilizado pode mudar de Estado para Estado.

Em função disso, vale ressaltar que, (STROBEL, 2008, p.42 e 43) destaca que:

A língua de sinais é uma das principais marcas da identidade de um povo surdo, pois é uma das peculiaridades da cultura surda, é uma forma de comunicação que capta as experiências visuais do sujeito surdos, sendo que é esta língua que vai levar o surdo a transmitir e proporcionar-lhe a aquisição de conhecimento universal.

É por meio da língua de sinais que o sujeito surdo terá a comunicação com a sociedade em que ele esta inserido, de acordo com o meio em que este vive, e a partir disso desenvolverá sua identidade surda. Portanto, é de suma importância relatar a historia da Libras fazendo uma síntese ate os dias atuais, que será explanada no capitulo a seguir.

1.5 HISTÓRICO DA LIBRAS

Percebe-se que nos dias atuais a educação do surdo vem avançando, tendo assim um maior reconhecimento pela sociedade, mas vale ressaltar que nem sempre foi assim. Para entendermos melhor este assunto, é de grande importância relatar o histórico da surdez. Primeiramente destacaremos o conceito de surdez, onde Nogueira, (2012, p. 20) comenta que:

De acordo com OMS - Organização Mundial de Saúde – Deficiência Auditiva ou Surdez é a incapacidade parcial ou total da audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. Há rigor, do ponto de vista médico, diferencia-se entre deficiência auditiva parcial (quando há bons resíduos auditivos) e surdez (quando há deficiência auditiva severa ou total).

            Existem duas formas de surdez, a congênita, que é quando o individuo é diagnosticado surdo assim que nasce. Já a surdez adquirida pode ocorrer ao longo da vida por meio de doenças, como por exemplo, a rubéola, meningite, tuberculose, entre outras.           

O surdo sempre esteve presente na sociedade humana. Sendo assim Pereira, (2008, p. 3) ressalta que:

Na antiguidade, o Surdo era tido como um ser incompetente, incapaz para desenvolver atividades intelectuais. Assim sendo, o surdo não tinham direito legal, logo, as heranças dos pais não podiam ser passadas para os mesmos.

Reforçando a frase acima, segundo STROBEL, 2006, na antiguidade os surdos eram vistos como anormais e como atraso de inteligência. Frente à sociedade, o sujeito era considerado normal, quando este fala e ouve para assim poder ter aceitação pela sociedade. Os surdos eram excluídos da vida social e educacional.

Segundo o autor citado acima, no século XIX, as famílias que tinham um sujeito surdo, o entregava em instituições e asilos, os quais funcionavam em regime de internato e estes surdos só retornavam para o convívio familiar no inicio da idade adulta.

Com isso, este autor complementa dizendo que, por volta de XX, começa a ter uma maior preocupação em resgatar o surdo do anonimato, trazendo-o assim para o convívio na sociedade e tendo direitos de despertar a atenção das instituições educacionais.

O surdo era impedido de participar de tudo que estava relacionado à família como também ao que estava relacionado a religião, pois naquela época a igreja detinha todo o poder e consequentemente os proibiam de participar dos sacramentos como também de serem batizados. 

 Para que pudessem ter participação na herança familiar, os filhos de pais que tinham uma condição financeira mais aquisitiva pagavam um professor particular para poderem ensinar os seus filhos a falar, ler e escrever. Assim, começou a ser percebido que o surdo tinha uma capacidade de aprendizagem por meio da fala e dos sinais. Por meio desta foi criado o código manual, o qual se tornou o principal meio de comunicação da comunidade surda.

Segundo Pereira (2008, p. 4) ninguém estava preocupado em inserir o surdo na sociedade, mas sim em ensiná-lo a ler e escrever para que assim este pudesse assinar sua herança, ou seja, o interesse era econômico e político. 

Com (o passar dos anos houve uma mudança, na qual nos séculos XVIII é encontrado, PEREIRA, 2008, P. 4):

...na França 2 eminentes professores de surdos: Jacob Rodrigues Pereira e o abade Charles Michel de l’Epee. De l’Epee, trabalhava ministrando educação religiosa a 2 irmãs surdas, utilizando a língua de sinais usada pelos surdosem Paris. Acreditavaque este instrumento lingüístico fosse o veículo natural de aquisição de conhecimentos e de comunicação pela pessoa surda. Seu trabalho, no entanto, sofreu severas criticas dos educadores oralistas alemães...

Foi neste período dentre o século XVIII, que foi criada a primeira escola para surdos, o então conhecido, Instituto de Paris, por meio deste o sinal começou receber uma maior importância, pois para que a comunicação acontecesse, eles utilizavam os sinais metódicos, conhecido como Francês sinalizado, o qual era realizado por meio de gestos. Nesta época eles utilizavam a oralização apenas em momento de aula e em outros momentos se comunicavam por meio de sinais.

Com isso o surdo ficou proibido de se comunicar por meio da língua de sinais, passando a usar apenas o oralismo, o qual era a única forma do surdo estar inserido na sociedade, pois por mais fácil que a língua de sinais fosse não acreditavam que sem o oralismo o surdo pudesse se comunicar.

  De acordo com Veloso; Maia (2009, p.46) os participantes do Congresso de Milão era a maioria defensores do oralismo, pois queriam que o método oral puro prevalecesse na educação dos surdos.

Ainda de acordo com Pereira, (2008, p. 13) o método do oralismo tem algumas vantagens, as quais possibilitam o surdo ter uma melhor integração na comunidade ouvinte e interação com os pais ouvintes. O surdo também consegue ter uma melhor participação nas escolas de ensino regular. 

  Mesmo que estes freqüentem as escolas, o seu processo de aprendizagem é mais longo, há uma exclusão da comunidade dos Surdos e também uma falta de preparo por parte dos profissionais da área da educação do ensino regular.

1.7 ORALISMO

Sendo considerado um método oral pelo qual o surdo pode se comunicar, vale ressaltar que o surdo por meio desta aprendizagem pode assim integrar-se aos ouvintes, tendo assim uma maior participação no meio em que vive.

  Conforme (PEREIRA, 2008, p.12) sabe-se que:

O oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Esta estimulação possibilita a aprendizagem da língua oral, proporcionado a integração do Surdo na comunidade ouvinte.

Por meio desta linguagem acredita-se que o surdo pode estar se comunicando e que por meio da estimulação auditiva o grau de surdez venha a diminuir com o passar do tempo e com isso este indivíduo passa a ter uma participação juntamente aos ouvintes.

Dessa forma, (POKER, s/a, p.3) comenta:

No início do século vinte a maior parte das escolas em todo deixa de usar a língua de sinais a oralização passa ser o principal objetivo da educação das crianças surdas e, para aprenderem a falar passavam a maior parte de seu tempo nas escolas recebendo treinamento oral [...]

Entende-se que as crianças eram oralizadas, ou seja, aprendiam a falar como objetivo principal da educação da época. O oralismo não faz uso da língua de sinais, por tanto este método proporciona uma melhor interação com pais ouvintes, onde a família tem uma maior participação na vida do surdo. Este também aumenta a freqüência destes alunos em escola de ensino regular. De acordo Pereira o oralismo causa uma exclusão da comunidade dos surdos onde estes têm um longo processo para aquisição de linguagem.

Por meio da estimulação auditiva, acredita-se que a surdez pode ser diminuída, para complementar esta afirmação (Goldfeld, 1997, p. 30 e 31 apud Strobel, 2006, p.16) relata que:

O oralismo, ou filosofia oralista usa a integração da criança surda, à comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o português). O oralismo percebe- a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada através da estimulação auditiva.

A partir de então o oralismo dominou ate por volta da década de 60, onde em 1968, surge a filosofia da comunicação total, a qual se utiliza de possíveis formas de comunicação na educação dos surdos (Poker, s/a).

De acordo com (SOARES, 1999, p. 01 apud ALBRES, 2005, p. 31):

O oralismo é o “processo educacional pelo qual se pretende capacitar o surdo a compreensão e na produção da linguagem oral e que parte do princípio de que o indivíduo surdo, mesmo não possuindo o nível de audição para receber os sons da fala, pode se constituir como interlocutor por meio da linguagem oral”

Com isso, (Perlin e Strobel, 2006) descreve que em meados de1960 aComunicação Total surgiu após o fracasso do Oralismo puro em muitos sujeitos surdos, começaram a ponderar em juntar o oralismo com a língua de sinais, como forma de alternativa a comunicação.

Esta filosofia se preocupa também com a aprendizagem da língua oral pela criança surda, mas acredita que os aspectos cognitivos, emocionais e sócias, não devem ser deixados de lado só por causa da aprendizagem da língua oral.

            Essa abordagem também tem como objetivo respeitar a família da criança surda, pois se acredita que a família tem importante papel de compartilhar valores e significados juntamente com a criança surda, contribuindo assim em uma melhor aprendizagem e consequentemente maior participação no âmbito social.

1.6 BILINGUISMO

O surdo forma uma comunidade com cultura e língua própria, sendo a LIBRAS sua língua materna e a língua oral como sua segunda língua, tendo um domínio da língua de sinais e da língua portuguesa, o sujeito pode ser considerado bilíngue.

Essa proposta bilíngüe advoga que não privilegia uma língua, mas busca dar condições às crianças surdas de desenvolverem-se em língua de sinais e, posteriormente, na língua oficial do país, podendo usar a modalidade oral-auditiva e ou escrita. (ALBRES, 2007, p. 38).

De acordo com Britto 1993 apud Poker s/a, no bilingüismo a língua de sinais é uma importante via que auxilia no desenvolvimento do surdo, em todas as esferas do conhecimento, e propicia não apenas a comunicação surdo – surdo, mas também em relação surdo-ouvinte, além de desempenhar o importante papel de suporte do pensamento e de estimulador do desenvolvimento cognitivo social.

O Bilingüismo caracteriza-se da seguinte forma, (Goldfeld 1997, p. 38 apud Perlin e Strobel, 2006, p.)

O Bilinguismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser Bilíngüe, ou seja, deve adquirir como língua materna à língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e, como Segunda língua, a língua oficial de seu país (...) os autores ligados ao Bilingüismo percebem o surdo de forma bastante diferente dos autores oralistas e da Comunicação Total. Para os bilinguistas, o surdo não precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo assumir sua surdez.

Entretanto pode-se considerar que a língua de sinais e a língua oral precisam ser trabalhadas juntas, para que haja um melhor desenvolvimento por parte da comunidade surda, contribuindo na facilidade comunicação com os ouvintes.

Segundo Pereira, (2008, p.9) o bilinguismo tem a vantagem de não privilegiar apenas uma língua e o surdo tem a capacidade de expressar e compreender por meio de língua de sinais e também ter conhecimento de duas culturas tendo assim uma maior independência.  No bilingüismo existem algumas limitações, dentre elas pode se destacar que por meio da língua de sinais a criança surda pode aprender sem nenhum atraso no seu desenvolvimento.

De acordo com (Quadros, 1997 apud Poker s/a p, 9) afirma que:

[...] o bilingüismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõe a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escola. Os estudos têm apontado para esta proposta como sendo a mais adequada para o ensino das crianças surdas, tendo em vista que considera a língua de sinais com língua natural e parte deste pressuposto para o ensino da língua escrita.

            Desta forma, compreende-se que o bilingüismo é aceito na maioria das escolas, sendo considerada a forma mais apta de estar trabalhando com os alunos surdos, contribuindo diretamente para o ensino da língua escrita e propiciando ao aluno surdo uma melhor aprendizagem.

CAPITULO 2

2.0 INCLUSÃO

Existe uma diferença básica em integrar e incluir, por isso não se deve confundir esses termos e simplesmente ao inserir o aluno surdo na sala de aula, acreditar que a inclusão esta acontecendo. É necessário que o aluno dentro do âmbito escolar, sinta-se participante, interagindo com o grupo e aprendendo. Diferente de integrar, que seria apenas “estar presente”, como um objeto.

Pensando nisso,“ incluir seria conter em si, compreender, fazer parte” (FERREIRA, 1993, p.310 apud PERLIN E STROBEL , 2006)

De acordo com Nogueira, 2012, p.16

Dentre os alunos com necessidades Educativas especiais que encontram maiores dificuldades nesse processo de inclusão estão os surdos, pois os processos de ensinar e apreender ainda se sustentam quase que exclusivamente na comunicação oral, que é sensivelmente prejudicada nesses educando.

Ainda de acordo com este autor, pode se afirmar que se preconiza é a sociedade e escola de maneira particular, necessita-se adaptar para receber a criança especial em seu meio.

Conforme Lowenthal & Filho 2010, p. 48.

Promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura de olhar acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em formulação de nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades.

A inclusão do aluno surdo no ensino deve relacionar o papel a ser desenvolvido, favorecendo as interações em educação que valorize a diversidade principalmente nas formas de comunicação. (LORENZZETTI, 2003).
            Assim, espera-se que ocorra efetivamente a inclusão do aluno, quando este absorva boa parte das informações passadas. Esta Inclusão escolar no ensino regular se deu a partir da Declaração de Salamanca que decorre a política educacional ‘inclusiva’ que, trouxe para os surdos a inversão da vida comunicativa: incluir para excluir o processo educacional. (STROBEL, 2006)

Porém na realidade este contexto não se desenvolve como deveria. Conforme (STROBEL, 2006, p 247):

A realidade brasileira é uma coisa deprimente, pois sabemos que a proposta governamental é colocar o sujeito surdo na sala de aula com professores sem capacitação, para trabalhar com os surdos, vemos muitos sujeitos surdos concluírem o Ensino Médio sem saber sequer escrever um bilhete.

            Existe a necessidade de se capacitar, incentivar o professor para que ele procure se aperfeiçoar para realizar esta comunicação com o aluno surdo, e isto é um direito do surdo, previsto por Lei, todavia não se vê movimentos para a capacitação destes professores, cujo, muitas vezes cabe a este ter discernimento para ir atrás para se especializar e procurar entrar, estudar e compreender o universo da comunidade surda, que após muitas lutas vem conseguindo ganhar um pouco de espaço tendo reconhecimento da sua própria cultura.

São grandes as expectativas geradas na sociedade, na família, e por vezes ate no próprio surdo sobre as condições da escola em relação a esse processo, e exige que ela extrapole seus limites sem ter estrutura para tanto. (SKLIAR, 1996 apud MACHADO, 2006, p. 40).

 A experiência a do surdo no cotidiano escolar ao lado dos colegas ouvintes, seria assim, vista como elemento integrador (MACHADO, 2006, P. 42).Ou seja, é como se o aluno apenas estivesse presente na sala de aula, e isso seria suficiente para que a inclusão seja feita.

Por isso a ideia diferenciada entre integração e inclusão, pois os alunos podem estar integrados, mas o objetivo de acordo com a Lei é que estejam incluídos. Segundo o Decreto 5626/2005, (apud Teixeira (ano, P.8) o artigo 13 afirma que:

II – ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino de Libras e também da Língua Portuguesa, como segunda Língua para os surdos. III – Prover as escolas com: Professor de Libras ou instrutor de Libras; a) Tradutor interprete de Libras – Língua Portuguesa; b) Professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e c) Professor regente de classe com conhecimentos acerca da singularidade lingüística manifestada pelos alunos surdos.

Vale lembrar que é necessário que as escolas que irão receber os alunos especiais, tenham suporte, tanto na questão pedagógica quanto em relação à infra-estrutura da instituição.

Perlin e Strobel, 2006, p.41 e 42 comenta que:

O ultimo decreto governamental 5.626 de 22 de dezembro de 2005 trouxe importantes inovações para a fundamentação da educação de surdos. Inclusive identificam os surdos como aqueles que interagem com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da língua de sinais.

A partir deste decreto, a educação de surdos passou por grandes modificações, permitindo ao surdo interagir com a sociedade por meio de sua visão e também pelo uso da LIBRAS, auxiliando o surdo na integração da sua própria cultura.

 Com isso, Machado (2006, p. 42) a experiência do surdo no cotidiano escolar, ao lado dos colegas ouvintes, seria assim vista como elemento integrador.

É como se, para o aluno surdo, fosse mais importante a convivência com os colegas “normais” do que a própria aquisição de conhecimento mínimo necessário para a sua, ai sim, possibilidade de integração social. (Souza & Goes, 1999 apud Machado, 2006, p. 42)

Honora ressalta que:

[...] o Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. [...] (2008, p. 24).

Os que defendem a integração/inclusão baseiam-se nas idéias de igualdade de direitos e de oportunidades e nos supostos benefícios que emergem no contato com os demais alunos. (MACHADO, 2006, p.47)

Existem vários viés e pensamentos divergentes que acreditam que o ensino regular, acabe limitando o conhecimento propriamente dito, pois não permite a interação com os outros surdos deixando a cultura surda um pouco defasada.

Marchesi, 1995 apud Machado Ano p. 49 diz que:

A escola regular a acaba privando o surdo do importante contato com outros surdos, o surdo, pois é nesse contato que o surdo aprende a ser surdo, ou seja, se identificar com seus iguais, a se apropriar de sua língua e ingressar na sua cultura, construindo a sua identidade a se organizando enquanto grupo social. Também na sua escola regular, que geralmente não reconhece a diferença cultural, o surdo não tem espaço para se manifestar-se culturalmente, nas formas particulares de Expressão. Nessa escola, o surdo é o participante de programas educacionais voltados para ouvintes e elaborados para ouvintes.

Em linhas /gerais, o aluno surdo esta inserido numa aula preparada e objetivada para ouvintes, ou seja, sua cultura e seus ideias deixam de ser prioridade e estes passam a acompanhar manifestações culturais.

Vale ressaltar que nem sempre os objetivos esperados para a inclusão são atingidos, pois não se é levado em conta à realidade escolar no Brasil. Neste contexto Machado 2006, p.49 comenta que:

 As necessidades do aluno surdo frente ao processo educacional não são observadas e, conseqüentemente, tampouco supridas. Assim, sendo, não lhes são viabilizadas condições capazes de possibilitar ao seu pleno desenvolvimento, como acontece com os alunos em geral.

É uma situação complicada de se analisar, pois existem os dois lados da moeda, os prós e os contras, uns acreditam na democracia frente sociedade dita normal, outros acreditam na dimensificação da cultura surda.

Conclusão

            O estudo aqui relatado buscou contribuir para pesquisas futuras sem resultados definitivos, que se propõe a ampliar o leque de discussões em relação ao aluno surdo, reunindo aspectos históricos da comunidade surda no Brasil.

            Finalmente espera-se que o educador que for trabalhar na educação especial tenha consciência das dificuldades, pois cada aluno tem uma necessidade educacional, na qual ninguém é igual a ninguém, assim este educador terá que ter discernimento ao ministrar o conteúdo, utilizando uma metodologia diferenciada, pois cabe a este transmitir o conhecimento para o aluno surdo de forma que este absorva de maneira mais completa possível, independentemente das condições sociais do ambiente.

No decorrer do trabalho podemos perceber a importância da  LIBRAS na vida do aluno surdo, a qual tem grande contribuição para a sua vida pessoal e também profissional, pois se o aluno surdo tiver acesso a LIBRAS desde a infância, este terá mais facilidade de compreender a comunicação e assim fazer parte de forma ativa na sociedade em que está inserida.

Também é de suma importância destacar a importância do bilingüismo, o qual é um método que permite ao aluno surdo aprender tanto a sua língua materna que é a LIBRAS, como também aprender a Língua Portuguesa que é considerada a sua segunda língua, e que ambas são importantes para um melhor aprendizado por parte do aluno surdo.

É necessário que haja a conscientização por parte dos professores. Assim, é valido frisar a grande importância de incentivo ao aluno surdo, pois isso despertará no individuo a sensação de liberdade de expressão e de sua limitação, principalmente ao que se refere ao conhecimento aprendido, fazendo jus a tão sonhada e buscada inclusão.

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Como é a inclusão dos surdos na sociedade?

A inclusão de surdos na sociedade brasileira está longe do cenário ideal. Empresas que não dão chances para funcionários com essa deficiência, escolas que acabam afastando os alunos com necessidades especiais do restante dos estudantes.

Qual foi o tratamento dado ao surdo ao longo da história?

Strobel mostra que na Idade Antiga os surdos eram adorados no Egito e na Pérsia, pois se acreditava que eles se comunicavam com os deuses, mas na Grécia e em Roma, eles eram assassinados e os que escapavam eram escravizados. Na Idade Média, eram tidos como objeto de curiosidade, como seres estranhos.

Como foi a evolução da vida social e educacional dos surdos ao longo dos anos no Brasil?

No Brasil, em 1951, foi criado o primeiro curso normal para professores (área de surdez) e no ano seguinte, a fundação do Jardim de Infância para crianças surdas no INES. Em 1972, a educação especial passou a ser uma área prioritária para o governo brasileiro.

Como foi a história dos surdos no Brasil?

Teve início a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um surdo francês, chamado Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos.