Como lidar com o preconceito na escola?

O preconceito em sala de aula é apenas um reflexo da sociedade. Somos um povo inclusivo, mas ainda assim sofremos com ideias preconceituosas enraizadas em nossa criação. A única forma de combater o preconceito é estimular o raciocínio sob uma nova ótica.

Vivemos a busca pela aceitação da diversidade e do empoderamento das minorias. No entanto, apesar desse cenário de mudança, o preconceito ainda está presente em todo lugar e na sala de aula não é diferente.

Isso acontece porque a escola é um ambiente em que crianças e adolescentes exercem e sofrem uma enorme pressão dos pares por aceitação e popularidade, tornando-se um ambiente propício para o preconceito e a discriminação.

Como educadores sabemos que esse comportamento surge da insegurança e da pressão por se despontar da maioria.

Nesse sentido, quando falamos de inclusão, precisamos deixar claro para nossas crianças que existem outras maneiras de se destacar que não inclua diminuir o coleguinha.

Como acontece a discriminação em sala de aula

A discriminação vem do desejo de valorizar a si próprio pela diminuição dos demais, ainda que seja “na brincadeira”. Essa prática pode ser observada nos apelidos, que felizmente perderam força na última década.

Dificilmente você encontra um apelido realçando um aspecto positivo sobre alguém!

Desde que a palavra “Bullying” surgiu e se popularizou, muitos de nós tivemos a oportunidade de perceber que estávamos vivendo em um sistema injusto onde “zoar” alguém era divertido, quando na verdade não tem nada de produtivo nisso.

Portanto a melhor forma de combater a discriminação é promover o debate, afinal de contas, a escola é um lugar de formação e aprendizado e isso não se restringe aos educandos.

O “diferente” também é bom!

Quando percebemos que podemos nos ajustar e aprender uma maneira diferente de pensar, descobrimos que o diferente também é bom, pois nos ajuda a olhar por outra perspectiva.

Uma excelente maneira de exercitar esse raciocínio para evitar o preconceito em sala de aula é estimular o debate sobre coisas corriqueiras como por exemplo: a lata de lixo, a carteira ou a lousa.

Propor aos alunos que repensem a utilização e forma de objetos do dia a dia, faz com que eles ativem o senso crítico na busca da melhoria.

Buscar apoio na literatura e nos filmes

A literatura tem excelentes exemplos, mas além dos livros, os filmes e séries com temas raciais e preconceituosos podem produzir excelentes debates, inclusive transcendendo os muros da escola.

Ao propor que seus alunos assistam um filme em família para depois discutir em sala de aula, já propõe que o pensamento familiar entre claramente no ambiente escolar.

Se o preconceito é construído pela sociedade, para erradicá-lo é preciso contar com a desconstrução, percorrendo o caminho inverso.

Isso pode ser feito em sala, ensinando o estudante a se colocar no lugar do outro e enxergar que são as diferenças que nos constroem por isso devemos acolher e respeitar.

Os adultos em relação a discriminação

É fato de que o preconceito dos jovens pode ser entendido como um reflexo das atitudes dos adultos. Dessa forma, podemos dizer que o combate à discriminação também deve chegar aos professores e demais profissionais, direta e indiretamente envolvidos no processo educativo.

Esse movimento de combate ao preconceito em sala de aula acaba por promover a conscientização sobre nossos próprios preconceitos e a abertura para aprender com os alunos.

Além disso, como educadores poderemos impactar a relação com as famílias, permitindo que os alunos levem para casa essas novas formas de pensamento, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.

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Como a própria definição expõe, “preconceito” é uma idéia preconcebida, “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição” (Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais, 1995).

É impossível um ambiente de paz e união na sala de aula quando existe o preconceito, pois este ocasiona a discriminação, o tratamento desigual e desfavorável a respeito de um indivíduo ou de um grupo.

Uma criança se sente discriminada pela cor da pele, pelo cabelo, pelas roupas que usa ou pelo brinquedo que gosta, simplesmente porque alguém riu ou fez brincadeiras maldosas a respeito de seu estereótipo ou de seus gostos pessoais.
Por este motivo, o preconceito deve ser trabalhado desde os primeiros anos da criança.

A maioria das crianças tem uma visão preconceituosa por ação de uma declaração ou comentário feita por um adulto. É importante ter atenção ao que se fala diante de um infante, pois o mesmo internaliza e toma como verdadeiros os conceitos dos seus pais, professores, tios, pois é quem dá exemplos de ações para o pequeno.

Na escola há várias sugestões de brincadeiras e inserções pedagógicas diárias que podem ser feitas para trabalhar o respeito à diversidade.

O professor pode contar histórias que apresentam personagens negros ou índios; fazer teatrinho de fantoches com bonecos de origem chinesa, africana, européia; colocar nomes originários de outros países nas personagens; promover uma aula sobre a cultura dos países ou de uma determinada raça; ver vídeos sobre outras culturas e raças.

Além disso, os alunos podem confeccionar bonecos negros, brancos, asiáticos na aula de artes. O educador pode ainda propor uma aula de culinária africana, por exemplo.

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Há ainda outras formas de arte a serem exploradas além da confecção de bonecos: a música e os desenhos. Dançar uma música de outro país e expressar a visão de uma determinada cultura através de um desenho são formas de valorizar a identidade de cada um.

Outra sugestão é promover o abraço e o toque amigável em sala. O carinho vai aproximar os alunos e o toque vai despertar na criança a percepção de que nem todos são iguais, mas devem ser tratados igualmente.

È importante que o toque não ultrapasse a região da face, já que esta fase também é de descobertas e a criança pode querer ir além do limite estabelecido. Assim, ao tocar o cabelo, o nariz ou os olhos do colega, o infante perceberá que a diferença entre as pessoas é comum e não internalizará os conceitos discriminatórios existentes na sociedade.

O que fazer para combater o preconceito na escola?

Como ajudar a evitar o preconceito em sala de aula: 5 caminhos para seguir.
Leve diversidade cultural para a sala. ... .
Exponha os alunos a diferentes pessoas e ambientes. ... .
Implemente lições explícitas sobre racismo e resolução de conflitos. ... .
Converse com os estudantes sobre justiça social. ... .
Use livros para explorar tópicos difíceis..

Como lidar com o preconceito?

Há duas formas muito interessantes e importantes que podem ser destacadas: A psicoterapia para aquele que direciona o preconceito e busca trabalhar isso, e a psicoterapia para as pessoas que são vítimas do preconceito.

Como a educação pode acabar com o preconceito?

A educação tem como fundamento a transformação da consciência por intermédio do conhecimento, a análise e a capacitação de pensar sobre a cultura do outro, podendo, assim, formar o entendimento da diversidade e do caminho para a desconstrução do preconceito.