Cientista de dados o que faz

Saiba mais sobre o trabalho do cientista de dados, que já faz parte do nosso dia a dia e é vista como uma das profissões necessárias para o futuro

#CiênciadeDados#PenseGrandeTech

Imagem de um homem de óculos olhando para o computador.

Uma profissão que está em alta é a de cientista de dados.

Recente pesquisa do Instituto McKinsey mostrou que cerca de 350 milhões de profissionais terão de trocar de trabalho até 2030 e que todos nós, inevitavelmente, precisaremos nos adaptar à medida que as ocupações se transformam com o crescimento da participação das máquinas no cotidiano.

“Há algum tempo nós falamos sobre o futuro do trabalho, mas ele está acontecendo hoje”, diz Carolina Andrade, cofundadora do Social Good Brasil (SGB), organização que tem como propósito democratizar a educação em dados no país. O SGB desenvolve metodologias para o uso de dados e de novas tecnologias a partir de estudo de cientistas de dados, de forma consciente, ética e com um impacto socioambiental positivo.

Segundo ela, já existe uma demanda reprimida para funções, que a área acadêmica não consegue suprir com a formação de profissionais na velocidade necessária, como o campo em que atuam o cientista de dados.  “Em especial dentro das empresas de inovação e desenvolvimento tecnológico, que estão prosperando inclusive em um momento de crise como vivemos hoje. O que mais estamos falando e fazendo na pandemia, e nos últimos anos, é digitalizar”, afirma Carolina.

Na visão estratégica, é o cientista de dados quem vai apoiar o negócio com o fluxo de informações, desde a compilação, organização, armazenamento e análises que devem guiar as tomadas de decisões mais assertivas. “Uma boa análise pode até mesmo antecipar e indicar tendências de mercado”, afirma Carolina. Essas informações bem colhidas e interpretadas são recursos estratégicos para apontar caminhos e ideias de ações.

Cientista de dados: mercado em expansão 

Esse movimento de digitalização acelerado abre portas para novas áreas de conhecimento, com a geração massiva de dados, e faz com que as empresas busquem perfis de profissionais analíticos, entre eles, o cientista de dados.

“Não se ouvia esse nome até 2012, quando a revista Harvard Business Review publicou um artigo dizendo que era a profissão mais quente do momento”, afirma o professor Diogenes Justo, cientista de dados e criador de um dos primeiros cursos da área no Brasil.

Segundo ele, as empresas passaram a usar dados de maneira estratégica e começaram a ter muito sucesso em suas ações comerciais, o que despertou o interesse pelo profissional. “As outras organizações viram isso e começaram a investir. Além disso, temos hoje tecnologia mais avançada para armazenamentos e estamos recolhendo mais dados, com celulares, redes sociais e e-commerce”, diz o especialista.

Com o mercado em expansão, o principal obstáculo é encontrar esse cientista de dados especialista, que costuma vir da área de exatas, como matemática e estatística. “Temos também absorvido profissionais de outras áreas, como comunicação, porque eles trazem um componente importante que é saber comunicar o resultado. Este é um perfil diferenciado”, afirma Diogenes.

De acordo com ele, o jovem que entrar na formação de ciência de dados tem praticamente vaga garantida até o final da graduação. “Estamos em um crescente, temos um gargalo grande. Daqui quatro anos só vai aumentar e essa tendência acredito que siga por mais de uma década”, completa Diogenes.

Cientista de dados: o guardião

Outro fator que exigirá da empresa a contratação deste perfil de trabalhador em ciência de dados é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2018, e que define como as organizações devem cuidar e armazenar os dados dos seus clientes.

De acordo com Carolina Andrade, não se trata apenas de aproveitar a oportunidade gigante de traçar estratégias mais eficientes para o negócio, mas também se adequar às regras para não ser penalizado por não estar preparado.

“Eu diria que a nova ética do mundo é usar os dados para tomar decisões para que a gente não feche os olhos para realidades e possibilidades que vão além do julgamento e percepção de apenas um indivíduo”, afirma.

Onde está este profissional no mercado? 

Ao notar a demanda por este profissional cientista de dados, a Fundação Telefônica Vivo se propõe a trazer reflexões sobre o ensino de dados, a empregabilidade do mercado e a importância deste perfil no futuro da cultura digital.

Em parceria com o Social Good Brasil, a instituição iniciou uma pesquisa com empresas de 10 a 10.000 funcionários com o objetivo de mapear quem é esse cientista, quais áreas atuam e quais são as suas principais tarefas do dia a dia. Para isso, foi feito um questionário com perguntas abertas enviadas aos profissionais em nível sênior das áreas de recursos humanos.

Já nas análises preliminares do estudo, é percebida a busca pelas empresas por jovens interessados em se tornar um cientista de dados. Além disso, foi possível identificar características desse profissional, como a multidisciplinaridade, com potencial de abraçar funções diferentes de acordo com a necessidade das organizações.

O perfil do cientista de dados hoje

Quais foram as características indicadas com o início do estudo sobre o tema

  • Os profissionais não têm tarefas uniformes, ou seja, os cientistas de dados atuam em diferentes especialidades dentro de uma organização: uns podem ser programadores, já outros, apesar de não dominar o desenvolvimento de programas, têm desenvoltura nos softwares quando se trata de armazenamento, análises e visualizações de dados.
  • O que distingue um cientista de dados do outro é a capacidade de análise e de criação de análises automatizadas de complexidades variadas, das mais simples, como os relatórios de diagnósticos e descritivos, até as mais complicadas, como os preditivos, aqueles que vão apontar tendências de mercado e que se faz necessário o conhecimento de temas como inteligência
  • A maioria dos profissionais em ciência de dados trabalha com o big data, o alto volume de dados, no entanto, também se desdobram e abraçam as informações e tarefas do dia a dia, o chamado small data, com pesquisas primárias e planilhas de excel.

Dentro das empresas, o trabalho do cientista de dados ainda é muito mais operacional e bem menos estratégico, o que indica, de acordo com o estudo, a necessidade de cursos técnicos que possam preparar esses profissionais de forma adequada.

Já as graduações de nível superior, se diferenciariam ao oferecer o conhecimento estratégico e o desenvolvimento do pensamento crítico para a criação de soluções mais eficientes a partir dos dados, que normalmente exige competências ligadas às mudanças mentais e olhar minucioso para a gestão de prioridades.

O que faz o profissional nas empresas

A partir das respostas das empresas que já participaram da pesquisa, foram levantadas algumas das funções do profissional

  • qualificação de leads;
  • criação, integração, higienização e gestão de planilhas;
  • programação e gestão de banco de dados;
  • organização de todo tipo de documentação;
  • análises exploratórias descritivas, diagnósticas, preditivas e prescritivas;
  • projetos de modelagem estatística; acompanhamento e manutenção de modelos; preditivos;
  • criação de dashboards e relatórios;
  • apoio na identificação de bugs e busca de soluções.

Apesar de versátil, o cientista de dados costuma aparecer em três eixos de trabalho no Brasil: gestão de dados, análises e programação. “Entendemos que o uso de dados deve estar em todos os setores: do financeiro ao recursos humanos até às vendas, para que se crie uma cultura que possa trazer evidências mais concretas na orientação de decisões de todas as áreas. Inclusive na gestão pública, impactando milhares de vidas”, finaliza Carolina.

Participe da pesquisa do Social Good Brasil!

A pesquisa do Social Good Brasil, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, está em andamento. Se você é uma empresa e gostaria de colaborar com o estudo, entre em contato pelo e-mail .

O que faz um cientista de dados e por que esta profissão está em alta?

O que faz um cientista de dados e por que esta profissão está em alta?

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Qual a função de um cientista de dados?

Os cientistas de dados são uma nova geração de especialistas analíticos que possuem as habilidades técnicas para resolver problemas complexos – e a curiosidade para explorar quais problemas precisam ser resolvidos. Eles são parte matemáticos, parte cientistas da computação e parte observadores de tendências.

Onde trabalha o cientista de dados?

Onde atua um Cientista de dados? O cientista de dados trabalha em conjunto com os setores de tecnologia e negócios de empresas em geral. Esse serviço ganha cada vez mais espaço nas grandes empresas e nas startups que entenderam o valor que há no conjunto de dados que podem recolher diariamente de seus clientes.

O que é preciso para ser um cientista de dados?

Conhecimentos de Estatística e Matemática fazem parte do pacote essencial para quem pretende trabalhar como Cientista de Dados. Modelos estatísticos e algoritmos de Machine Learning, dependem de conhecimentos em regressão linear, regressão múltipla, clustering, Álgebra Linear, etc…

Qual o salário de um cientista de dados?

O salário médio nacional de Cientista De Dados é de R$8.360 em Brasil. Filtre por localização para ver os salários de Cientista De Dados na sua região. As estimativas de salários têm como base os 1.541 salários enviados de forma sigilosa ao Glassdoor por funcionários com o cargo de Cientista De Dados.