A invenção do microscópio possibilitou o estudo da unidade básica de todo ser vivo a

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A invenção do microscópio possibilitou o estudo da unidade básica de todo ser vivo a

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por ele, nomeando-as “célula” (do latim cella: pequeno compartimento), sendo a descoberta de maior divulgação do século XVII.
•  1673: Anton Van Leeuwenhock, holandês, construiu o seu próprio microscópio simples e conseguiu visualizar pela primeira vez células vivas (em material biológico humano: sangue, fibras musculares, espermatozoides etc.).
•  1831: Robert Brown, botânico escocês, descreveu pela primeira vez o núcleo, constatando que a maioria das células possuía uma estrutura interna ovoide ou esférica. 
•  1838: Mathias Jakob Schleiden, botânico alemão, defende que as plantas e seus órgãos eram formados por células e relaciona o núcleo à divisão celular. 
•  1839: Theodor Schwann, fisiologista alemão, por meio de estudos com tecidos animais, descobre a enzima pepsina, o metabolismo celular e a fisiologia de células musculares e nervosas. 
TEORIA CELULAR
Considerado um marco na biologia, a teoria celular foi formulada por meio do estudo das propriedades das células. Esse conceito surgiu no século XIX, pelo botânico alemão Mathias Jakob Shleiden e o fisiologista, também alemão, Theodor Schwann, entre os anos de 1838 e 1839, que formularam a hipótese de que todos os seres vivos são constituídos por uma ou mais células, e a célula é a unidade estrutural da vida, sendo esta a base da teoria celular.
Mais tarde, em 1855, o médico polonês Rudolf Virchow propôs a ideia de que todas as células são provenientes de outra célula pré-existente. Em 1878, Walther Flemming estudou o processo de divisão celular e a distribuição dos cromossomos no processo que chamou de mitose, conseguindo comprovar como a multiplicação das células ocorria.
Os princípios gerais que fundamentam a teoria celular, são:
• Todos os seres vivos são formados por uma ou mais células. 
• Toda célula se origina de outra preexistente. 
• A célula é a menor unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos. 
Sabe-se que a atividade de um organismo depende da atividade de suas células, e todas as reações metabólicas e bioquímicas ocorrem no interior das células. As células contêm informações genéticas e hereditárias que são passadas para outras células durante o processo de divisão celular. 
Atualmente, afirma-se que as células são formadas por três partes básicas: a membrana, o citoplasma e o núcleo, e possuem basicamente a mesma constituição química.
MICROSCOPIA
Como vimos anteriormente, o estudo das células não seria possível sem a descoberta do microscópio, instrumento essencial para o desenvolvimento da citologia, o qual revolucionou o conhecimento científico. 
O objetivo da microscopia é permitir que possamos distinguir detalhes não observáveis a olho nu, por meio de imagens ampliadas de um objeto. As células, além de minúsculas, são também incolores e transparentes, e a descoberta de suas principais características internas está relacionada com a evolução dos microscópicos, assim como a derrubada da teoria da geração espontânea e os “seres invisíveis” causadores de doenças. O microscópio possibilitou a evolução no conhecimento sobre o funcionamento e tratamento de doenças. 
Vamos conhecer um pouco destes instrumentos tão importantes e revolucionários para a ciência?
Os primeiros microscópios eram muito simples, com apenas uma lente, restringindo os resultados dos trabalhos realizados. Mais tarde, no final do século XIX, surgiram os primeiros microscópios binoculares e com um conjunto de lentes objetivas que permitiram uma visualização melhor. Trata-se dos microscópios ópticos (MO) ou também conhecidos como microscópios de luz. O feixe luminoso projetado pelo microscópio, ao atravessar a célula ou material de estudo, penetra na lente objetiva (de cristal) e refrata a luz, projetando uma imagem aumentada do material de 100 a 1000 vezes. 
Em 1933, Ernst Ruska inventou o microscópio eletrônico, um grande avanço na microscopia que o rendeu um Prêmio Nobel de Física. O microscópio eletrônico (ME), possui um poder de resolução muito maior e utiliza em sua tecnologia feixes de elétrons e lentes eletromagnéticas para observar o objeto, com possibilidade de ampliação em até 300 mil vezes, contribuindo para a detecção de estruturas não visíveis pelo microscópio óptico.
Figura 1.4 | Poder de resolução
Nota: Os tamanhos das células e de seus componentes estão representados em uma escala logarítmica, indicando a amplitude de objetos que podem ser prontamente resolvidos a olho nu e nos microscópios ópticos e eletrônicos.
Fonte: Alberts et al. (2017, p. 531).
É importante sabermos que existem vários tipos de microscópios ópticos (de fluorescência, de polarização, ultravioleta etc.) e microscópios eletrônicos (de varredura e de transmissão) e cada um deles é utilizado para uma determinada finalidade, sendo possível visualizar diferentes níveis de estruturas, dependendo do tamanho, espessura, origem, dentre outras características (Figura 1.4).
ASSIMILE
No microscópio eletrônico de transmissão (MET), a imagem é formada simultaneamente à passagem do feixe de elétrons através do material. A imagem final é visualizada em uma tela fosforescente ou placa fotográfica, uma vez que os feixes de elétrons são imperceptíveis ao olho humano. O MET é utilizado no estudo de materiais biológicos, com alto poder de definição permite estudos de morfologia celular, organelas e interações entre as células e outros organismos.
O microscópio eletrônico de varredura (MEV) é muito semelhante ao MET, no entanto, a sua principal característica é que o feixe de elétrons não atravessa o material, ele varre a superfície da amostra, fornecendo uma imagem tridimensional. O MEV é geralmente utilizado de forma complementar ao MET, para estudos de morfologia e taxonomia, e o seu poder de resolução é menor do que o MET.
Desta forma, verificamos que com o avanço da microscopia foi possível o aprofundamento no conhecimento das células, tecidos e órgãos, permitindo ampliar e aplicar pesquisas na área da saúde em geral, mas também em outras áreas de conhecimento.
REFLITA
Com a invenção do microscópio eletrônico, mais evoluído e potente, por que os microscópios ópticos não deixaram de ser utilizados? Qual a vantagem deles em relação ao microscópio eletrônico?
ESTUDO DOS ORGANISMOS VIVOS
A vida está presente por toda parte e fazemos parte de um grupo de seres vivos muito diversificado. Apesar de sabermos que todo organismo vivo é formado por células e que as células são a unidade fundamental de todos os seres vivos, podemos dizer que elas são todas iguais? Todos os organismos vivos possuem as mesmas células e em quantidade igual? 
Realmente a célula faz parte da estrutura de um organismo e nós, por exemplo, as possuímos em grande quantidade. Nosso corpo é composto por tecidos, órgãos, músculos, sangue, os quais são, todos, compostos por células.
Quando qualquer célula tem o seu papel prejudicado, seja estrutural ou funcional, o organismo vivo apresenta alterações que podem inclusive gerar o desenvolvimento de patologias. 
EXEMPLIFICANDO
Vamos pensar no nosso corpo como um grande quebra-cabeça, e cada uma das peças é uma célula. Todos os seres vivos são formados por células. Desta forma, quando o quebra-cabeça está montado forma-se uma imagem, assim como a união de várias células forma um ser vivo. Quando alguém perde uma peça, o quebra-cabeça fica incompleto e a imagem não pode ser formada, ou se uma peça se danifica, a imagem completa não ficará tão nítida. Ocorre o mesmo com o nosso corpo, quando uma célula morre ou é danificada, dependendo do papel que ela exerce, pode haver alterações e desenvolvimento de patologias, como ocorrem com as células cancerígenas por exemplo.
O corpo humano é formado por milhares de células, e cada uma delas tem funções e formatos distintos, no entanto, elas precisam trabalhar em conjunto para que o nosso corpo se mantenha estruturado e em ótimo funcionamento. A diferenciação celular é o processo na qual as células se especializam para desempenhar funções diferentes. Como exemplo, podemos pensar nas milhares de células que se unem e formam os tecidos,

Qual a invenção do microscópio possibilitou o estudo da unidade básica de todo ser vivo a?

Resposta verificada por especialistas. A invenção do microscópio permitiu o estudo mais aprofundado da célula, compreendida como a unidade básica de todos os seres vivos, que permite a definição do próprio conceito de ser vivo.

O que possibilitou a invenção do microscópio?

A invenção do microscópio mudou completamente a maneira do homem ver o mundo. A microscopia possibilitou a observação e exploração de diversas áreas até então desconhecidas, revolucionando o conhecimento científico. O que até então era invisível a olho nu passou a ser analisado através das lentes do microscópio.

Como a invenção do microscópio contribuiu para a definição atual do ser vivo?

Resposta. Explicação: a invenção do microscópio permitiu a descoberta e observação de células, bactérias, e muitos seres microscópios. basicamente, com o microscópio foi possível analisar a origem de toda a biodiversidade.

Por que a invenção do microscópio foi fundamental para a descoberta e o estudo das células?

A descoberta da célula foi possível graças aos avanços na área de microscopia, que permitiram uma melhor visualização de estruturas microscópicas. As células foram descobertas pelo biólogo Robert Hooke, em 1665, que observava cortes de cortiça (material de origem vegetal utilizado para fazer rolhas).