Qual seria a melhor dosagem de flúor em mg L para o tratamento de água?

Veja os processos de tratamento de água e entenda por que colocamos flúor na água que bebemos.

Sabemos que para a água estar apta para consumo humano, ela precisa atender os padrões estabelecidos pelas legislações vigentes, mais precisamente a Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde.

Ela estabelece os padrões de potabilidade de água para consumo humano.

Considera-se uma água apta para consumo humano aquela em que TODOS os parâmetros estão de acordo com a portaria já citada.

Dentre tais parâmetros, podemos destacar aqueles que interessam ao monitoramento das pontas de rede de distribuição de água, sendo eles:

  • pH;
  • Turbidez;
  • Cor;
  • Cloro Residual;
  • Dureza Total;
  • Gosto e Odor;
  • Coliformes Totais;
  • Coliformes Fecais;

Alem desses parâmetros a Portaria analisa também radiatividade, manganês, ferro, zinco e uma infinidade de outros parâmetros, todos, é claro, dependendo da necessidade, tipo da rocha e o local no qual seu manancial de captação (superficial ou subterrâneo) se encontra.

Após estas analises, a água, antes de ser distribuída a população, irá passar por uma série de tratamentos, que vão desde floculação, coagulação, decantação, filtração, cloração, correção do pH e fluoretação. Todos esses processos ocorrem na estação de tratamento de água e tem como objetivo distribuir água de qualidade a população abastecida.

O que é fluoretação?

A fluoretação da água esta relacionada ao ajuste da concentração de flúor, ou seja, ajustar a água deficiente em flúor para o nível recomendado à saúde dental ideal.

Os três tipos de fluoretos que são utilizados para “fluoretar” a água são:

  • Fluoreto de sódio;
  • Fluorsilicato de sódio; e
  • Ácido fluossilícico.

A fluoretação é um processo de baixo custo, além disso, o flúor estar na lista dos elementos que trazem efeitos fisiológicos benéficos (em baixas concentrações), ou seja, previne-se a perda de minerais do esmalte dos dentes, deixando-os mais resistentes à ação de agentes nocivos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde:

”Para cada dólar investido em fluoretação, são economizados US$ 50 (que seriam destinados ao pagamento de tratamentos dentários e outras despesas indiretas).”

Sua concentração (íon fluoreto) recomendada nas águas de abastecimento é obtida pela seguinte equação, dada pela Portaria nº 635/Bsb/1975:

Em que:
T = média de Temperatura máxima diárias observadas durante um período mínimo de 1 ano (recomendado 5 anos) em graus Celsius.

Mas como qualquer elemento, o flúor deve ser monitorado, pois em excesso, o flúor se torna uma substância tóxica, sendo desencadeados distúrbios gástricos reversíveis e redução temporária da capacidade urinária, fluorose dentária ou esquelética e, eventualmente, até mesmo a morte, uma vez que, estão diretamente relacionados à dose, tempo de ingestão e idade.

Mas com as análises e os monitoramentos realizados (que, conforme a portaria do Ministério da Saúde, deve ser semanal ou até a cada 2 horas) é possível avaliar a concentração de flúor na água e controlar esses problemas.

Pois hoje uma série de equipamentos estão sendo desenvolvidos para desfluoretar a água, tornando seu teor de flúor apto para consumo.

Você conhecia o desfluoretador e a Portaria 2.914? Não deixe de comentar ao final da publicação.


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Engenheira ambiental. Têm experiência na área de saneamento e gestão ambiental, buscando soluções usando QGIS e Bizagi. Atua na área de modelagem matemática para rompimento de barragens com software HEC-RAS. View all posts by Émilin CS

O tratamento da água pode ser realizado para atender diversos aspectos:

  1. Higiênicos - remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros microorganismos, de substâncias nocivas, redução do excesso de impurezas e dos teores elevados de compostos orgânicos;
  2. Estéticos - correção da cor, sabor e odor;
  3. Econômicos - redução de corrosividade, cor, turbidez, ferro e manganês.

Os serviços públicos de abastecimento devem fornecer água sempre saudável e de boa qualidade. Portanto, o seu tratamento apenas deverá ser adotado e realizado depois de demonstrada sua necessidade e, sempre que for aplicado, deverá compreender apenas os processos imprescindíveis à obtenção da qualidade da água que se deseja.

A necessidade de tratamento e os processos exigidos deverão então, ser determinados com base em inspeções sanitárias e nos resultados de análises (fisico-químicas e bacteriológicas) representativas do manancial a ser utilizado como fonte de abastecimento.

Para fins didáticos, esclarecemos aqui as etapas utilizadas em uma Estação de Tratamento de Água (ETA), tipo convencional, que engloba todas as fases necessárias para um tratamento completo.

Dependendo da qualidade da água a ser tratada, algumas destas etapas poderão não ser necessárias para a devida potabilização da água a ser distribuída. A própria Caesb, hoje, dependendo das características da água a ser tratada, adota diversos tipos de tratamento que vão desde um tratamento completo (ETA convencional) até tratamento mais simplificado, com cloração e fluoretação apenas.

Um tratamento convencional é composto das seguintes etapas:

1. Coagulação e Floculação

Nestas etapas, as impurezas presentes na água são agrupadas pela ação do coagulante, em partículas maiores ( flocos) que possam ser removidas pelo processo de decantação. Os reagentes utilizados são denominados de coagulantes, que normalmente são o Sulfato de Alumínio e o Cloreto Férrico.

Nesta etapa também poderá ser necessária a utilização de um alcalinizante (Cal Hidratada ou Cal Virgem) que fará a necessária correção de pH para uma atuação mais efetiva do coagulante.

Na coagulação ocorre o fenômeno de agrupamento das impurezas presentes na água e , na floculação, a produção efetiva de flocos.

2. Decantação

Os flocos formados são separados da água pela ação da gravidade em tanques normalmente de formato retangular.

3. Filtração

A água decantada é encaminhada às unidades filtrantes onde é efetuado o processo de filtração. Um filtro é constituído de um meio poroso granular, normalmente areia, de uma ou mais camadas, instalado sobre um sistema de drenagem, capaz de reter e remover as impurezas ainda presentes na água.

4. Desinfecção

Para efetuar a desinfecção de águas de abastecimento utiliza-se um agente físico ou químico (desinfetante), cuja finalidade é a destruição de microrganismos patogênicos que possam transmitir doenças através das mesmas.

Normalmente são utilizados em abastecimento público os seguintes agentes desinfetantes, em ordem de freqüência: cloro, ozona, luz ultravioleta e íons de prata.

A Caesb utiliza como agente desinfetante o cloro na sua forma gasosa, que é dosado na água através de equipamentos que permitem um controle sistemático de sua aplicação.

5. Fluoretação

A fluoretação da água de abastecimento público é efetuada através de compostos à base de fluor. A aplicação destes compostos na água de abastecimento público contribui para a redução da incidência de cárie dentária em até 60%, se as crianças ingerirem desde o seu nascimento quantidades adequadas de ion fluoreto.

A Caesb utiliza como agentes fluoretantes em suas unidades de tratamento o fluossilicato de sódio e o ácido fluossilicico. A dosagem média utilizada de íon fluoreto é de 0,8 mg /l (miligramas por litro) de acordo com a temperatura local.

Qual seria a melhor dosagem de flúor em mg L para o tratamento de água *?

“As amostras foram classificadas de acordo com o teor de flúor quanto ao benefício de prevenção de cárie e risco de fluorose, sendo a melhor combinação benefício-risco na faixa de 0,55 a 0,84 mg F/L.

Quanto de flúor deve ter na água?

Para as águas de abastecimento público, a portaria 2.914/20113 estipula em 1,5 mgF/l o valor máximo de flúor permitido para que uma água seja considerada potável. Já a portaria 635/7523 estipula 1,7 mgF/l como o máximo recomendável, sempre considerando a temperatura local.

Qual é a melhor dosagem de flúor?

A quantidade de ingestão diária de Flúor, normalmente aceita como ideal para o controle da cárie e segura para a prevenção de Fluorose, é de 0,05 a 0,07mg de F/Kg massa corporal (Burt, 1992; Buzalaf; Cury; Whitiford, 2001, apud Ramires e Buzalaf, 2005) embora ainda sejam necessários mais estudos para se determinar ...

Qual a concentração em mg L de fluoreto?

O Comitê Federal sobre Fluoretação recomenda concentração ótima entre 0,8 e 1,0 mg F/L. O governo canadense recomenda o valor de 1,5 mg F/L como concentração máxima aceitável.

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