Na última quinta-feira, dia 03, a professora Doutora Maria de Fátima Andrade Costa Henriques*, participou de uma live transmitida pelo Instagram da Faculdade FABRA, com o intuito de falar sobre As Competências do Profissional da Educação.
A professora iniciou sua participação na live dizendo:
“Iremos conversar hoje, não sobre as competências que iremos conduzir para desenvolver nos nossos alunos, mas as competências, em quanto docentes, devemos desenvolver em nós, para que consigamos conduzir de forma significativa o processo de ensino aprendizagem.” – iniciou a professora Fátima Henriques.
Ao longo da historia da educação, as competências passam por diversas alterações, pois quando falamos de competências, estamos falando de seres humanos, do docente como pessoa, não das ferramentas que fizeram com o que o docente adquira essas competências.
As competências passam a sofrer as alterações, a partir do momento em que as competências passam a sofrer um processo democrático, quando o espaço é aberto para que todos sejam inseridos no contexto educacional.
A professora falou sobre o processo de educação atual, conhecida como Educação 4.0. “Hoje, essa educação deve ser entendida como um processo dialógico, um processo em que se eu falo em diálogo, estou falando em emissor e receptor. E entender que nem sempre o emissor sou eu (professor). Entender que o emissor pode ser em algum momento, ou melhor, deve ser em algum momento ou em todos os momentos, o meu aluno.”
Citou ainda a Base Nacional Comum Curricular e o que esta base entender por competência: “ela [a base] entende por competência, como a mobilização dos conhecimentos, das habilidades práticas, cognitivas e socioemocionais, atitudes e valores para resolver as demandas que surgem na sala de aula.”
Mas, quais são essas competências?
A professora Fátima falou sobre oito competências. Mas afirmou que estas não são as únicas, uma vez que as competências surgem a cada contexto.
1- Comunicação
“Apresentar um dialoga com clareza nas ideias. Que essas ideais que estou transmitindo sejam que vão fazer com o que o aluno tem atenção, que o aluno se sinta parte do contexto e o talvez o mais importantes, que o aluno sinta a vontade de se comunicar com o professor.” – explicou a professora.
2- Criatividade
“Porque a criatividade ira prender a atenção do aluno. Se possível pensar em uma metodologia diferente em cada aula.” – disse a professora.
3- Senso Crítico
“De saber o que eu estou levando para a sala de aula. Qual a proposta, qual o texto que esta sendo ofertado ao aluno, principalmente, para o aluno da educação 4.0.” O senso crítico deve ser considerado “para conduzir esse processo, levando o aluno, a saber o que é certo para escolher para ler, o que considerar como verdade.” – disse a professora.
4- Lidar com as Novas Tecnologias
“Usar as tecnologias não ira te diminuir enquanto docente. Irá facilitar o processo ensino-aprendizado. A ser um processo mais criativo. Não deve ser excluída do nosso ambiente, e nem conseguiremos.” – afirmou.
5- Empatia
“Reconhecer o outro nas suas limitações e dificuldades. Se colocar no lugar do seu aluno. Hoje o mundo requer de qualquer profissional essa competência. Ao trazer a empatia para a sala de aula, o docente esta pensando no respeito que isso dará ao seu aluno.” – disse a professora.
6- Liderança
“Liderar todo o processo, o diálogo, mostrando ao aluno que tem a hora de falar e a hora de escutar. Saber liderar o grupo sem impor, sem limitar, sem tirar o espaço do outro. Para que a aula contribua para o aprendizado do aluno.” – disse a professora.
7- Curador do Conteúdos
“É o professor ser responsável pelo aquilo que esta sendo transmitido em sala de aula. O professor precisa olhar se o conteúdo está contribuindo para o que aluno desenvolva as suas competências, enquanto aluno. Para saber se os saberes do processo ensino-aprendizagem estão realmente se consolidando.” – explicou a professora.
8- Busca da Atualização Constante
“Enquanto educador preciso me reconhecer como investigador, como aquele que está em um caminho a ser construído, num caminho de busca, de novas leituras, novas formatos de comunicação, novos vídeos, novos cursos. Estar numa formação que não para, que seja continua.
A minha sala de aula, o meu aluno está em constante formação. O aluno tem a todo o momento informações novas. Se eu não estiver em constante movimento na construção destas competências, não será o computador, que vai tornar a minha sala de aula crítica, reflexiva, que vai fazer com que a minha comunicação do meu aluno se der de forma transparente e que meu aluno se sinta pertencente ao meu diálogo.” – afirmou a professora.
Para finalizar a professora Fátima Henriques disse:
“O que eu indicarei para a construção destas competências e de todas as outras que são propostas por estudiosos da educação, pela BNCC, eu diria que o bom exercício é o processo investigativo.
As construções do conhecimento são das formações continuadas. Sejam ela do nível que for. O professor não pode desviar do caminho da formação. E a formação não acaba. “Pois logo à frente, pode ter uma competência que esta sendo exigida e que eu não conheço.”
Acompanhe a live na íntegra:
*Possui Doutorado em CIENCIA DA EDUCAÇÃO – Universidad Americana del Paraguay (2017); Mestrado em CIENCIA DA EDUCAÇÃO – Universidad Americana del Paraguay (2012). Atualmente é professor do Centro de Ensino Superior Fabra. Professora convidada da Universidade Columbia Del Paraguai. Experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: processo ensino aprendizagem, currículo, politicas educacionais. (Fonte: Currículo Lattes).