Em qual território que o Império Romano se expandiu conquistando vários povos?

Roma, fundada pelos Latinos, após terem derrotado os seus inimigos mais diretos, no século III a. C., dominava já grande parte da Península Itálica. Quando este território estava já todo controlado pelos Romanos, estes partiram à conquista de novas terras. Contudo, encontraram a resistência de povos como os Cartagineses, um povo que detinha o controlo do comércio do Mediterrâneo.
A resistência deste povo cedeu perante a força dos Romanos, depois das Três Guerras Púnicas (264-146 a. C.), onde se destacaram duas figuras: Aníbal, o chefe militar de Cartago, e Cipião, o Africano, o chefe militar romano.
A partir da derrota dos Cartagineses, Roma aumentou consideravelmente o seu território, com a anexação das ilhas da Sicília, da Córsega, da Sardenha, uma parte do Norte de África, da Península Ibérica e do Sul da Gália. A mesma sorte teve o Oriente, onde os Romanos tomaram os domínios da Macedónia, da Grécia e do reino de Pérgamo, bem como outros menores na Ásia Menor. No Próximo Oriente sucumbiram a Síria e a Palestina.
A grande conquista do século I a. C. foi o Egito, acompanhado do que restava da Península Ibérica e da Gália. De seguida, nos séculos I e II d. C., conquistaram a Bretanha, (principalmente o Sul da Grã-Bretanha, e a Dácia), na margem esquerda do Danúbio.
Em 27 a. C. Octávio César Augusto dera início ao Império, num altura em que todos os territórios em volta do Mediterrâneo estavam já na posse dos Romanos. O próprio mar Mediterrâneo era considerado propriedade de Roma (Mare Nostrum).
Destaque-se, neste processo de conquistas de Roma, a ação das legiões romanas, máquina de guerra poderosa e disciplinada, verdadeiro instrumento da expansão.
O Exército dos primeiros tempos da expansão beneficiou do espírito aguerrido dos montanheses e pastores itálicos. As legiões constituíram-se em corpos organizados em "batalhões", as cortes, manípulos e centúrias e, apesar de integrarem uma cavalaria ligeira, valiam, sobretudo, pelo poderio da infantaria pesada. Esta marchava inexoravelmente contra os adversários aplicando táticas, em grande medida apreendidas com os Gregos, como a célebre falange, onde os combatentes avançavam em linha compacta protegida por grandes escudos (proteção do corpo) e grevas (proteção das pernas).
Evidentemente este exército funcionava na perfeição numa guerra "convencional", em campo aberto, conhecendo evidentes dificuldades quando o combate se processava em terreno acidentado e defrontavam guerrilheiros, como sucedeu na Hispânia, por exemplo, com os Lusitanos. No entanto, quando não funcionava a força armada, funcionava a intriga e a corrupção de líderes adversários, que abriam caminho para o triunfo das armas.
As legiões tornar-se-iam, no entanto, particularmente perigosas nas épocas de abrandamento das conquistas. Quando os seus generais entravam nas intrigas políticas, os Exércitos funcionavam como elementos decisivos na luta pelo poder. A certa altura eram constantes os assassinatos de imperadores por legionários e a aclamação dos seus chefes militares (como em 69, com os imperadores "militares" Galba, Otão, Vitélio e Vespasiano). O império aproximava-se a passos largos do seu fim.

O Império Romano é considerado o maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos: começou em 27 a.C. e terminou em 476 d.C.

Estendia-se do Rio Reno para o Egito, chegava à Grã-Bretanha e à Ásia Menor. Assim, estabelecia uma conexão com a Europa, a Ásia e África.

Resumo sobre o império romano

No sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado servia para apoiar o poder político do imperador.

O império sucedeu à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.

Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 milhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.

Sob o domínio do Império Romano estavam 6 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habitada por 1 milhão de habitantes.

Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Mediterrâneo.

Características do império romano

  • Essencialmente comercial;
  • Escravizava os povos conquistados;
  • O controle das províncias era feito por Roma;
  • Politeísta;
  • O governante tinha cargo vitalício;
  • A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.


Otaviano Augusto foi o primeiro imperador romano

Imperadores romanos

Os imperadores que mais marcaram o Império Romano foram:

  • Otaviano Augusto – primeiro imperador de Roma. Foi responsável por acrescentar muitos territórios ao império.
  • Cláudio – seu principal feito foi conquistar parte da Grã-Bretanha.
  • Nero - considerado excêntrico e louco. Assassinou a mãe, a irmã e condenou um grande número de cristãos à morte.
  • Tito – ficou conhecido por ter destruído o templo do Rei Salomão.
  • Trajano – era considerado um grande conquistador. Foi em seu governo que o Império Romano atingiu a maior extensão.
  • Adriano – ordenou a construção uma muralha com seu nome, a Muralha de Adriano, ao norte da Grã-Bretanha. O objetivo era conter os bárbaros.
  • Diocleciano – dividiu o império em duas partes: oriental e ocidental.
  • Constantino – proibiu a perseguição aos cristãos. Uniu novamente o império e escolheu Bizâncio como capital. Rebatizou a cidade de Constantinopla.
  • Rômulo Augusto – último imperador de Roma.
  • Constantino XI – foi o último imperador do Império Romano Oriental. Morreu defendendo a cidade contra o ataque dos turcos.

Saiba mais sobre a biografia de alguns Imperadores Romanos.

Dinastias romanas

  • Dinastia Júlio-Claudiana
  • Dinastia dos Flávios
  • Dinastia dos Antoninos
  • Dinastia dos Severos

Surgimento do Império Romano

Uma das estórias sobre a fundação de Roma é a célebre lenda dos irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, que viveram em 753 a.C.

Segundo historiadores, Roma surgiu a partir de um grupamento de pastores que viviam às margens do Rio Tigre. É essa a região geográfica que corresponde hoje à Itália.

No decorrer do século VI a.C., Roma ficou sob a direção dos etruscos, de origens gregas. A liberdade foi conquistada gradualmente, quando se transformou numa cidade-estado onde a forma de poder exercida era a monarquia.

Com as constantes desavenças entre os reis, os romanos experimentaram a república, entre 509 a.C. e 30 a.C. Nesta época, Roma passou a exercer forte poder colonial, político e militar.

Leia mais sobre a Civilização Romana.

Triunviratos

O governo de Roma ainda ficou fortalecido por uma estratégia de gestão que passou à história como triunviratos.

O triunvirato é a gestão formada por três integrantes. A formação do primeiro deles em Roma ocorreu em 59 a.C. e contava com Júlio César, Pompeu e Marco Crasso.

Em certo momento, os três entraram em guerra e César os venceu. Júlio César tornou-se o primeiro governante individual de Roma.

O segundo triunvirato foi formado por Octávio, Lépido e Marco Antônio, também terminou com uma guerra civil em 31 a.C. Otávio venceu e passou a governar Roma.

É nesse ponto que surge o Império Romano, em 27 a.C. e que vai até 476 d.C. Também é considerada a fase de maior prosperidade e expansão do império, na chamada dinastia Júlio-Claudiana.

Divisão do império romano

O Império Romano foi dividido em 284 d.C. como forma de melhor administrar o poder. A divisão consistiu em:

  • Império Romano do Ocidente, tendo como capital Roma;
  • Império Romano do Oriente, com Bizâncio como capital.

Império Romano do Oriente

O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, perdurou até 1453, quando foi tomado pelos turcos. Bizâncio, a capital, também era conhecida como Constantinopla.

No decorrer do século VI, o imperador Justiniano (527-565) tentou reordenar o Império Romano e abriu frentes de batalhas conquistando o Norte da África, a Península Itálica e a Península Ibérica.

Os muçulmanos, contudo, terminaram por ocupar o Norte da África, o Médio Oriente e a Península Ibérica nos séculos VII e VIII.

Queda do Império Romano

As principais causas do declínio do Império Romano foram:

  • Dificuldade de administração: o império era muito grande e havia complicações para controle da gestão e da corrupção que o assolou;
  • Invasões bárbaras: o exército precisou proteger o império das investidas de godos (visigodos e ostrogodos), hunos e germânicos (como os francos, anglos, saxões, vândalos, bretões e burgúndios);
  • Elevados impostos: o estado tinha elevado custo para manter a construção de pontes, aquedutos, estádios e banhos públicos. Esse fator elevou significativamente os impostos cobrados da população;
  • Religião: a expansão do cristianismo, que não admitia outros deuses, está entre as justificativas para a crise no império;
  • Escassez de escravos: a redução das batalhas por conquistas de novos territórios prejudicou o sistema de renovação de escravos

Sacro Império Romano-Germânico

Uma vez que os "povos bárbaros" estavam instalados e cristianizados, a sociedade medieval passa a sonhar com a restauração do antigo Império Romano Ocidental.

Esta ideia é empreendida pelos príncipes e nobres germânicos que conquistam um grande território e se faziam sempre coroar ou ser consagrados pelo Papa.

Assim, tenta-se voltar ao esplendor da antiga Roma fundando o Sacro Império Romano-Germânico.

O nome era "Sacro" por ser respaldado pelo pontífice, "Império" pela grande extensão territorial. Já o "Romano" se devia ao fato de receberem o título de reis da Itália e "Germânico", porque a maior parte do seu território era naquela região.

Oficialmente, o Sacro Império Romano-Germânico só terminará em 1806 com as guerras napoleônicas.

Leia também:

  • Império Carolíngio
  • Roma Antiga
  • Guerras Púnicas
  • Queda do Império Romano

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.

Quais os territórios conquistados pelo Império Romano?

Entre os territórios conquistados destacam-se a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Foi justamente pensando na administração que Otávio Augusto criou a política da Pax Romana.

Como foi a expansão territorial do Império Romano?

Continuou sua expansão se apoderando de todo Mar Mediterrâneo, que passou a se chamar mare nostrum que significa mar nosso. Em 197 a.C., os romanos conquistaram a Macedônia, a Síria em 189 a.C., a Grécia em 146 a.C., o Egito em 30 a.C., a Península Ibérica em 133 a.C., e a Gália (parte da atual França) em 55 a.C.

Como os romanos conseguiram conquistar tantos territórios?

Após as vitórias contra Cartago nas Guerras Púnicas (264-146 a.C.), houve uma grande expansão romana na região do Mar Mediterrâneo e no continente europeu, fazendo com que Roma criasse o maior império que havia existido em toda a Antiguidade.

Quais foram os 3 continentes que tiveram terras invadidas e ocupadas pelo Império Romano?

O Império Romano (em latim: Imperium Romanum) foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, caracterizado por uma forma de governo autocrática liderada por um imperador e por extensas possessões territoriais em volta do mar Mediterrâneo na Europa, África e Ásia.

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