Uma minhoca branca entrou nos lábios do homem por quê

A miíase é caracterizada pela infestação de larvas de moscas na pele. As larvas de moscas completam parte de seus ciclos de vida alimentando-se de tecidos (vivos ou mortos) no corpo humano. A miíase pode se dar de duas formas: berne ou bicheira. A miíase pode afetar tanto humanos quanto animais domésticos, gado, ovinos e caprinos. 

Causas da Miíase 

A bicheira é causada pela mosca varejeira que pousa na pele ferida e coloca mais de 200 ovos. Esses ovos se transformam em larvas em menos de 24 horas. Depois de se alimentarem por um período no tecido humano, elas caem e se escondem no solo, em forma de pupa, para dar origem a uma nova mosca. 

A berne é causada pela mosca comum que coloca uma larva na pele, que após 7 dias começa a penetrar e se alimentar da pele por até 40 dias. Depois desse período, ela cai e se esconde no solo, em forma de pupa, para dar origem a uma nova mosca. 

Sintomas da Miíase

Os sintomas da miíase podem surgir em qualquer lugar do corpo humano, incluindo olhos, ouvidos, boca ou nariz. Tudo depende do local que a mosca pousar. 

No caso da berne, o principal sinal é uma ferida aberta na pele de 2-3cm, com pus e líquidos. Além disso, caso haja pressão na ferida, uma larva branca pode ser vista no local. Seu tamanho depende de quantos dias ela fica na ele.

No caso da bicheira, o principal sinal é uma ferida aberta na pele, de tamanho variável e lotada de pequenas larvas. A ferida tem um mau cheiro característico e quando as larvas se proliferam em cavidades, pode haver o risco de hemorragias graves. 

As pessoas afetadas pela miíase, geralmente, estão em más condições de higiene e saneamento básico, são pessoas sujas, cobertas de ferimentos e que dormem nas ruas. No entanto, vale ressaltar que qualquer pessoa pode ser escolhida por uma mosca para colocar seus ovos.

Tratamento da Miíase

Miíase tem cura e o tratamento é feito através da remoção das larvas da ferida. O processo de catação (remoção) é um processo doloroso e deve ser feito o quanto antes para evitar a progressão da doença, já que as larvas destroem rapidamente os tecidos humanos. Para realizar a catação, a região deve estar esterilizada e pode ser recomendado o uso de Ivermectina para prevenir infecções secundárias. 

No tratamento, não é recomendado o uso de azeite, álcool, creolina e outras substâncias aplicadas diretamente na pele, pois essas substâncias não resolvem o problema e incomodam as larvas fazendo com que elas tentem entrar ainda mais fundo na ferida. Então, a remoção das larvas, seguida do uso de remédios antiparasitários que matarão as larvas em até 24 horas, é o tratamento mais adequado. 

Em casos mais graves, onde a ferida é muito extensa, pode ser recomendada a intervenção cirúrgica, seja para facilitar a remoção, seja para reconstruir o tecido através de cirurgia plástica. 

A Rede D’Or possui hospitais espalhados por 6 estados brasileiros. Todas as instituições possuem selos de qualidade nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no atendimento hospitalar.

Ao todo, são mais de 80 mil médicos das mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento e no diagnóstico de condições diversas.

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Isto é um pesadelo de filme!

Uma mulher russa de 32 anos foi ao médico verificar o que era um caroço que vivia migrado da região dos seus olhos para o seu lábio.

The New England Journal of Medicine ©2018 / Via nejm.org

E eis que ela descobriu que se tratava de um VERME VIVO sob sua pele.

Imagine acordar com uma protuberância no seu rosto. Agora imagine que essa protuberância começa a se mover sob sua pele e se mudar para outra parte do seu rosto. Então você vai ao médico e descobre que, na verdade, é um verme vivo se rastejando. Parece um pesadelo, né?

De acordo com um estudo publicado essa semana no New England Journal of Medicine (NEJM), isso realmente aconteceu com uma mulher na Rússia. A princípio, o caroço apareceu sob seu olho esquerdo. Após cinco dias, migrou para a pálpebra; dez dias depois, moveu-se para o lábio superior, causando um inchaço visível. Ela registrou o caroço que se movia em seu rosto em uma série de fotos.

Além de uma coceira e uma queimação localizadas, ela não apresentava outros sintomas. Após duas semanas, procurou um oftalmologista para fazer exames. Lá, recebeu uma notícia não muito boa: a protuberância em seu rosto com certeza estava se movendo e precisava ser removida cirurgicamente. Respire fundo, porque fica pior.

Durante a cirurgia, o médico segurou o nódulo com um fórceps, cortou a pele e puxou um longo verme branco do rosto da mulher. O estudo de caso não revelou o tamanho dele (a foto está acima, no canto inferior direito), mas parece grande o suficiente. Testes revelaram que era um Dirofilaria repens — uma infecção parasitária. Felizmente, eles conseguiram tirar o verme todo e ela se recuperou completamente.

Mas, afinal, o que é esse invasor e como ele entra no corpo?

Dirofilaria repens é um parasita que normalmente infecta cães e gatos. Ocasionalmente, é transmitido para humanos através de picadas de mosquitos infectados.

D. repens é um "nematoide filarial" — também conhecido como lombriga parasitária — que, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), normalmente infecta cães, gatos e outros carnívoros. As larvas são transmitidas para os humanos através de picadas de mosquitos infectados.

Quando o verme se aloja sob a pele, assumindo a forma de um nódulo ou caroço, pode se mover para várias partes do corpo: olhos, lábios, joelhos, virilha. Pode parecer nojento, mas ele normalmente não causa muitos danos além de inchaço e irritação localizados.

Seres humanos não são hospedeiros comuns para o D. repens, o que quer dizer que eles não alojam o parasita com frequência e não oferecem condições ideais para que ele se desenvolva. Basicamente, os humanos são um beco sem saída para D. repens, então, os vermes acabam morrendo, mas isso pode levar alguns anos. O tratamento convencional é a remoção cirúrgica, mas, de acordo com o CDC, medicamentos antiparasitários também podem ser usados.

Na verdade, há duas outras espécies de dirofilaria que podem infectar os humanos: D. immitis e D. tenuis. Estes são normalmente transmitidos por cachorros, raposas, lobos e guaxinins, e, se não forem tratados, podem causar sintomas mais sérios, como tosse, dor no peito e febre.

D. repens é a espécie mais comum a infectar humanos, e não é tão raro quanto você gostaria que fosse. Houve mais de 3.500 casos relatados na Europa entre 1977 e 2016. A mulher do estudo de caso tinha viajado havia pouco tempo para uma área rural nos arredores de Moscou, onde acabou sendo picada por muitos mosquitos.

É possível prevenir a infecção com D. repens se protegendo de mosquitos — mas só na Europa, na Ásia e na África. Esse parasita específico não é encontrado em outras partes do mundo.

Se você tiver alguma dúvida ou acha que está infectado com o parasita, procure um profissional de saúde.

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A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Victor Nascimento.

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O que causa larvas na boca?

Segundo Olzon, a miíase costuma estar relacionada a ferimentos ou à falta de higiene. “Os ferimentos facilitam a entrada dos ovos que se transformam em larvas, e o berne pode aparecer na cavidade oral, nasal e até na orelha, além da pele.”

É possível ter larvas nas partes íntimas?

As larvas de Botfly são tipicamente encontradas nos genitais, couro cabeludo, seios e olhos. De acordo com o relato de caso, alguns pacientes podem senti-las se movendo quando tomam banho ou cobrem a ferida. Elas não são conhecidas por transmitir doenças e a maioria dos casos como este não requer cirurgia.

Como que uma pessoa pega berne nos lábios?

O Berne é uma patologia dificilmente encontrada em boca, ocasionada pela deposição de ovos da fêmea do mosquito Dermatobia hominis e se trata de uma única larva.

Como as larvas entram no corpo humano?

Adentra o organismo na forma de microscópicos ovos, junto com alimentos ou água contaminados. Quando ainda é uma larva, viaja pelo corpo até chegar ao intestino delgado, onde cresce, se reproduz e libera os filhotes junto com as fezes.

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