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Durante tempos remotos, as pessoas criavam lã à mão com um fuso (uma ferramenta com peso usada para fiar as fibras, formando a lã) e uma roca (um pino usado para enrolar e armazenar a lã). Estes dois dispositivos permitiam que alguém fabricasse lã para tecer e tricotar as roupas de uma família. O desenvolvimento da roda de fiar, seguida pela "spinning jenny", pela máquina de fiar hidráulica e pela "mule", transformou o jeito em que a lã era criada e pavimentou o caminho para o nascimento da indústria têxtil.
A roda de fiar
Embora historiadores não tenham certeza sobre quem inventou a roda de fiar, alguns concordam que sua criação tenha ocorrido em algum momento entre 500 e 1000 d.C. Estes historiadores acreditam que alguém na China ou na Índia tenha posicionado o fuso horizontalmente e agregado uma roda ao mecanismo para produzir lã mais rapidamente. A roda de fiar chegou à Europa no século 12, e sua forma continuou a evoluir.
A "spinning jenny"
Diz a lenda que James Hargreaves, um tecelão, fiador e carpinteiro, desenvolveu a ideia da spinning jenny ao observar sua esposa, Jenny, fiar a lã em uma roda de fiar. Um acidente fez com que a roda caísse de lado. A imagem da roda de fiar apoiada de lado deu a Hargreaves uma ideia: ele poderia criar uma máquina com fusos colocados de pé ao lado um do outro. Tal máquina poderia fiar diversos fios de lã ao mesmo tempo, ao invés do fio único que uma roda de fiar básica produzia. Hargreaves criou sua spinning jenny em algum momento por volta de 1767.
A máquina de fiar hidráulica
Richard Arkwright é conhecido por ter criado a "water frame", uma máquina de fiar hidráulica, em 1769, pouco depois que a spinning jenny começou a ser usada. A water frame era uma grande roda de fiar com múltiplos fusos, alimentada totalmente pela água. Com essa invenção, a produção de lã ficou mais eficiente e a roda de fiar tornou-se obsoleta. A produção de lã e tecidos deixou de ser uma tarefa do lar e passou a ser uma indústria.
A "mule"
A spinning jenny e a máquina de fiar hidráulica eram eficientes e funcionais, mas nenhuma delas podia fiar lã em fios suficientemente finos para criar tecidos como a musselina. Samuel Crompton inventou a "mule" em 1779, depois de passar a infância fiando lã para ajudar sua mãe viúva. A mule conseguia fiar 275.000 metros de lã a partir de 450 g de algodão. Antes disso, o máximo que qualquer um conseguia fiar a partir da mesma quantidade de algodão eram 65.000 metros.
Referências
Sobre o Autor
Catherine M. Albano has worked in various forms of publishing for more than 24 years as an art trainee, magazine production editor, composition and layout specialist, and project editor. She has written articles for various websites and graduated from Marist College with a Bachelor of Arts in English, concentration in writing.
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Primeira Revolução Industrial A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se espalhou pelo mundo causando grandes transformações. A Revolução Industrial garantiu o surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo. O nascimento da indústria causou grandes transformações na economia mundial, assim como no estilo de vida da humanidade, uma vez que acelerou a produção de mercadorias e a exploração dos recursos da natureza. Além disso, a Revolução Industrial foi responsável por grandes transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho. Características A principal característica da Revolução Industrial foi a criação do sistema fabril mecanizado, isto é, as fábricas passaram da simples produção manufaturada para a complexa substituição do trabalho manual por máquinas. Essa substituição implicou na aceleração da produção de mercadorias, que passaram a ser produzidas em larga escala. Essa produção em larga escala, por sua vez, exigiu uma demanda cada vez mais alta por matéria-prima, mão de obra especializada para as fábricas e mercado consumidor. Nesse sentido, a Revolução Industrial estimulou o desenvolvimento das cidades — que tiveram que se adaptar ao grande contingente de pessoas que migrava do meio rural em busca de emprego nas fábricas —, bem como a criação de transportes, como a locomotiva a vapor (ou “trem de ferro”), que exigia uma malha ferroviária, isto é, linhas de trem feitas de ferro para estabelecer a ligação entre as regiões. A Revolução Industrial exigiu uma transformação dos meios de transporte para a locomoção de pessoas e escoamento das mercadorias. As condições para o desenvolvimento da indústria estavam nesse país. A começar pela sofisticada manufatura têxtil que os ingleses detinham desde a época da colonização da América – elemento que seria o modelo para a criação da máquina de fiar tecido movida a vapor. Outros fatores importantes foram as transformações políticas ocorridas no século XVII a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), como a política dos cercamentos aplicada à agricultura, que forçou a migração da população camponesa para as cidades, e a institucionalização do direito de propriedade privada, que seria uma das bases principais para o desenvolvimento pleno do capitalismo industrial inglês. Além disso, as reservas minerais de ferro e carvão em território inglês foram fundamentais para a construção do maquinário fabril. Do artesanato à maquinofatura Antes da Revolução Industrial, as coisas eram feitas em casa ou em oficinas feitas por pessoas da mesma família ou que era pago por outras pessoas. No artesanato, as tarefas eram feitas geralmente pela mesma pessoa. O artesão era o dono da matéria-prima e das ferramentas, e a oficina onde trabalhava era em sua própria casa. A partir do século XV, com as Grandes Navegações, e suas conquistas de mercado nos continentes, aumentou bastante a procura por produtos europeus. Então muitos negociantes da Europa passaram a reunir trabalhadores em oficinas e oferecer a matéria-prima. Essa forma de produção é chamada de manufatura. Depois, com a criação de máquinas a vapor, que realizava o trabalho de vários trabalhadores, as pessoas foram deixando de trabalhar em casa/oficinas para trabalhar em fábricas para um patrão em troca de salário. E essa nova forma de produção foi chamado de maquinofatura. Pioneirismo Inglês Com o surgimento de uma nova classe social no território Inglês: a burguesia. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês. Foi na Inglaterra que surgiram as primeiras máquinas a vapor, e lá também foram criadas as primeiras fábricas. Entre outros fatores que possibilitaram a Revolução, e pode citar: -Capitais acumuladas por meio da pirataria na costa da Ásia, África e da América e dos comércios -Com a lei do cercamento, as pessoas eram expulsas de suas terras de onde tirava seu sustento para ir para as cidades, isso se chamava "êxito rural" o que fez para ter a oferta de mão de obra farta e barata. - a existência de matéria-prima (minas de carvão, ferro) necessário para as indústrias. As máquinas Na Inglaterra, a primeira indústria a utilizar máquinas foi a de tecido e de algodão (indústria têxtil). A utilização da máquina a vapor também entrou na fabricação das máquinas à tecer. O algodão vindo do Oriente, dos Estados Unidos e do Brasil (produzidos por escravos) era relativamente barato. E com isso, vinha a produzir tecidos de boa qualidade e um custo mais baixo. Inicialmente, as máquinas eram feitas principalmente de madeira. A utilização do vapor, exigia material mais resistente. Essa necessidade, precisou do aperfeiçoamento da metalurgia. Com o tempo as máquinas passaram a ser feitas com ferro, e a energia a vapor passou a ser aplicada em diversos ramos nas indústrias. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. As máquinas, consequentemente, passaram a produzir mais em menos tempo. Com o desenvolvimento tecnológico, criaram uma série de máquinas, como a " spinning Jenny", "spinning frame", "water frame", e a " spinning mule", foram criadas para tecer fios. Máquinas utilizadas na fábricas na Revolução Industrial (foto:Pinterest) Indústria e mudanças socioeconômicas. A Revolução Industrial contribuiu e consolidou o capitalismo (modo de produzir mercadorias que se baseia no trabalho assalariado e na busca do lucro). A Partir disso, surgem duas novas camadas sociais: a burguesia industrial (donos da matéria-prima, das fábricas e das máquinas) e o operariado (que trocava sua força de trabalho por um salário). Com a criação das fábricas, houve uma divisão muito maior do trabalho e, consequentemente, um aumento da produtividade. A principal indústria do período era têxtil. Nesse período surgiram inúmeras indústrias de tecido de algodão que utilizavam o tear mecanizado. A produção desses tecidos era para a exportação, sendo um dos maiores impulsionadores da economia inglesa. CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Revolução Industrial teve muitas consequências, desde a questão ambiental à social e que acontece até hoje em ritmo acelerado. Entre as principais consequências estão: Aumento da população mundial. Nos 100 anos da Revolução Industrial a população mundial subiu de 600 milhões para 1,2 bilhão de habitantes. Esse aumento se deu, sobretudo, às melhorias das técnicas ocorridas na agricultura e no desenvolvimento. Aumento da poluição ambiental. As indústrias cada vez maiores e mais numerosas começaram a jogar no ar, nos rios e no solo poluentes extremamente nocivos à saúde. Também a exploração dos recursos naturais é muito grave, pois pode levar espécies à extinção e à degradação do solo. Crescimento dos transportes terrestres. Em meados do século XIX, as ferrovias e o trem já tinham uma importância enorme na Europa e Estados Unidos. Uniram o campo a cidade, diminuíram o tempo de viagens e agilizando o transporte de alimento, contribuindo para evitar as crises de fome. Desenvolvimento de transporte por rios e mares. Diante do custo do transporte terrestre, os europeus voltaram-se para o transporte por rios e mares. Os habitantes da Inglaterra e da França foram os primeiros a construir canais unindo as cidades.