Qual a relação entre a teoria das placas tectônicas e o vulcanismo?

Por Ethevaldo Siqueira​
27/09/2017 - Por que existem verdadeiras "linhas de fogo", com uma sequência de vulcões e terremotos mais frequentes, em toda a costa ocidental das Américas, desde o extremo sul do Chile até o Alasca, passando pela América Central? Essa linha de fogo prossegue nas Ilhas Aleutas e contorna o litoral do Pacífico na Ásia, do Japão às Filipinas.

Essas linhas de fogo seguem os limites entre as placas tectônicas. Para quem não se lembra, placas tectônicas são porções da crosta terrestre (ou litosfera) em cujos limites existem perturbações sísmicas e falhas – chamadas, na linguagem geológica, de zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas.

A Terra atualmente tem, pelo menos, 15 placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria denominada de "tectônica das placas", nos limites dessas placas registra-se a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas.

Veja o mapas das placas tectônicas

Veja no mapa das placas tectônicas que o Brasil está bem no meio de uma placa tectônica, a Placa Sul-Americana. É uma região muito mais estável (sem terremotos) e sem vulcões, por estar distante dos limites dessa placa tectônica.

Ainda pela teoria das placas tectônicas, no Período Triássico, ou seja, há mais de 200 milhões de anos, África, América do Sul, Austrália e Antártida estavam unidas e formavam um só continente: que tem o nome de Gondwana. De lá, para cá, esses continentes foram-se afastando. Os cientistas afirmam que esse afastamento, chamado de "deriva continental", ainda ocorre. Assim, o litoral do Brasil se afasta da África alguns centímetros por ano. Ao longo de mais de 200 milhões de anos, essa distância foi suficiente para formar o Oceano Atlântico, ou mais de 2 mil quilômetros de largura.

Na revista Science desta semana, um artigo interessante mostra que, a partir do estudo de um isótopo do titânio, os pesquisadores concluíram que as placas tectônicas se formaram há cerca 3,5 bilhões de anos.

Os antecedentes

Talvez uma das maiores descobertas da geociência foi a fragmentação da litosfera terrestre em cerca de 12 partes, não iguais, que se movimentam em direções opostas, (divergente) na mesma direção, ( convergente) ou horizontalmente (transformantes). Esta descoberta começou a ser estudada por Alfred Wegener que em seu livro “The Origins of Continents and Oceans” o qual mostrou evidencias de rochas, de mesma composição, (feições geológicas) e fósseis em diversos continentes, principalmente no Americano e Africano, depois divulgou o que ele chamava de Pangéia um continente unificado. Wegener como sabemos não estava errado na deriva continetal, mas errou em outros aspectos como a velocidade e o que movia os continentes, isso fez com que sua teoria fosse desacreditada pelos cientistas da época.

Se os continentes se moviam. Então que força que fazia eles se moverem? Ninguém até então conseguia descobrir quais forças eram capazes de tal movimento, por exemplo, Wegener acreditava que os continentes se moviam de acordo com a maré, que era regulada pelo sol e lua. Após a segunda grande guerra o homem conheceu melhor o fundo do oceano e com isso cientistas descobriram a Dorsal Mesoatlântica (figura1) e por volta de 1960 dois cientistas postularam a expansão do assoalho oceânico, para eles naquele rifte existia uma força que separava e criava um novo assoalho. Até então os ciêntistas tinham o fenômeno que criava um novo assoalho, mas não tinham o que destruiria, pois se isso não acontece-se os continentes estariam sempre em expansão e em milhões de anos geológicos a Terra estaria totalmente diferente do que vemos hoje.

Em 1965 o geólogo J Tuzo Wilson disse pela primeira vez a palavra placa para descrever o a litosfera que forma o globo. Com o avanço da tecnologia pós 2º guerra os estudos foram cada vez sendo mais persuasivos sobre a existência das placas no planeta, eram usados submarinos sondas, aviões e super computadores para época, com isso de varias explorações congressos e reuniões entre a década de 50 e 60 os cientistas adotaram no começo da década de 70 esta teoria para a explicar diversos fenômenos.

A teoria da tectônica de placas

Depois de mais de meio século de pesquisas e análises por volta de 1970 a ciência adotou esta teoria. Segundo a teoria o mundo seria dividido em cerca de 12 grandes placas(figura2) que se movem em cima do manto terrestre lembrando que a terra é dividida em núcleo, manto e litosfera para os geólogos.

Hoje sabemos que a grande atividade geológica está nos limites de placas, nelas podemos encontrar vulcões, cadeia de montanhas, terremotos, riftes entre outros, isso ocorre devido a cada tipo de movimento que acontece nos limites estes movimentos são divididos em três categorias:

Limite divergente este limite promove um movimento de afastamento das placas provocando uma criação de uma nova litosfera, um exemplo seria a Dorsal Mesoatlântica ali estão se afastando a placa da América do sul e da África ou da America do norte e a Eurasiana nesta grande espinha embaixo do oceano atlântico a uma formação de montanhas e uma intensa atividade vulcânica e sísmica.

Limite convergente principal formador de grandes cadeias de montanhas como os Andes e o Himalaia. Nesta categoria temos três tipos diferentes de encontros entre placas, temos o encontro continente-continente formador de Himalaia, o continente-oceano formador dos Andes e por último temos o oceano-oceano neste caso temos as ilhas onde o Japão foi formado como principal exemplo.

Limites transformantes são locais onde as placas deslizam horizontalmente um exemplo é a falha de San Andreas nos EUA. Recentemente ocorreu um forte terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, ele aconteceu devido um movimento horizontal de duas placas.

O que move as placas? Hoje sabemos que é a convecção do manto terrestre que através da mudança de temperatura faz um movimento cíclico empurrando a placa. Também sabemos que as placas se constroem como na Dorsal Mesoatlantica, mas que também são destruídas, por exemplo, nos Andes estes acontecimentos podemos chamar de reciclagem, pois em um limite se constrói e em outro se destrói. Temos então desvendada a teoria das placas tectônicas sabemos o que as movem e como se reciclam temos uma teoria que hoje é a mais usual para todos os cientistas.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Para Entender a Terra: Press, Frank; Siever, Raymond; Jordan, Thomas; Grotzinger, John : Bookman 2006 4 edição 606 pag.

Qual a relação entre vulcanismo e placas tectônicas?

O processo de vulcanismo é resultado das características de pressão e temperatura contidas no subsolo. Além disso, os vulcões se estabelecem, em geral, em regiões que limitam placas tectônicas, salvo o vulcanismo ligado ao ponto quente, neste caso esse processo pode ocorrer no interior de uma placa.

Como a teoria das placas tectônicas explica a origem dos vulcões e?

Pela teoria, a camada mais externa do planeta é formada por blocos rochosos que se encaixam como num quebra-cabeça e flutuam sobre uma camada interna de rocha derretida. Os vulcões nascem nos pontos onde essas placas se chocam ou se afastam, liberando material incandescente — o magma — do subterrâneo.

Qual é a associação entre os limites de placas e o vulcanismo?

Vulcões ocorrem tanto nas zonas limítrofes como no interior das placas tectônicas. A maior parte dos vulcões estão localizados ao longo ou perto dos margens das placas tectônicas e por conseqüência são chamados de vulcões de "limites de placas".

Qual é a diferença entre tectonismo e vulcanismo?

O primeiro tipo é caracterizado por formar vulcões ou fissuras na superfície terrestre. O segundo tipo, por sua vez, caracteriza-se pela formação de energia térmica, que resulta em nascentes termais, e gêiseres.

Toplist

Última postagem

Tag