Você já deve ter visto e ouvido falar dos fungos, mas será que você sabe reconhecê-los?
Os fungos são organismos eucarióticos, que não produzem o seu próprio alimento. Ao contrário do que muitos pensam, os fungos não são plantas e nem são classificados no mesmo reino que elas. Os fungos possuem características muito diferentes, por isso eles foram separados em um reino só para eles: o Reino Fungi.
Na natureza nós encontramos fungos unicelulares e fungos multicelulares, e a maioria das espécies vive no solo, nutrindo-se de cadáveres de animais e de plantas. Outras espécies de fungos nutrem-se de matéria orgânica viva, causando doenças em animais e plantas e o apodrecimento de frutas e verduras.
Os fungos, juntamente com as bactérias, são os principais decompositores de matéria orgânica na natureza
Nos dias atuais são conhecidas mais de 70 mil espécies de fungos, mas especialistas acreditam que há em todo o mundo aproximadamente 1,5 milhão de espécies.
Os fungos e as bactérias são os principais decompositores na natureza e têm um importante papel na reciclagem de nutrientes orgânicos, fundamentais no equilíbrio da natureza.
Algumas espécies de fungos são utilizadas na produção de alimentos, bebidas e medicamentos. Fungos unicelulares, conhecidos como leveduras, são utilizados na fabricação de pães e bebidas alcoólicas. Alguns cogumelos, conhecidos como champignon e shitake, são empregados na culinária e consumidos em diversos pratos. Na fabricação de certos tipos de queijo são empregados fungos que lhes dão um sabor bem característico.
Algumas
espécies de fungos são muito utilizadas na fabricação de alimentos e bebidas
Em 1920, cientistas descobriram uma substância que poderia ser utilizada em antibióticos, presente em um fungo chamado Penicillium. A partir de então, os fungos começaram a ser empregados na produção de antibióticos e outros medicamentos.
Na natureza também há os fungos parasitas, que causam doenças em animais e plantas, como a ferrugem do cafeeiro e as micoses na pele de animais.
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Os fungos são organismos eucarióticos heterotróficos que se utilizam de uma variedade considerável de fontes orgânicas para nutrição. Em razão dessa característica, são grandes responsáveis pela decomposição da matéria morta, juntamente com algumas bactérias, reciclando elementos químicos que serão úteis na manutenção da vida de outros organismos. Além disso, podem executar outros papéis na natureza e ter uma participação especial na nossa alimentação.
Exemplo de tal fato é a existência de aproximadamente 600 tipos de fungos que podem ser utilizados para fins nutricionais – e também medicinais. Fonte de fibras e proteínas, são muito bem recebidos na culinária vegetariana. Basidiomicetos, como o champignon (Agaricus bisporus e A. campestris) e o shitake (Lentinula edodes) são os dois mais conhecidos, sendo bem requisitados desde os tempos mais remotos.
Já algumas espécies de leveduras são imprescindíveis na preparação da cerveja (Saccharomyces cerevisiae e S. carlsbergensis), vinho (S. ellipsoideus), saquê (S. cerevisiae), uísque (S. cerevisiae), pão (S. cerevisiae), queijo roquefort (Penicillium roqueforti), queijo camembert (P. camembert), ácido cítrico (Aspergillus lividus), dentre outros produtos.
Na agricultura, espécies como a Metarrhizium anisopliae, Beauveria bassiana e Nomuraea rileyi são utilizadas no controle biológico de besouros, cigarrinhas e outros organismos nocivos às plantações.
Finalmente, no que se diz respeito às relações mutualísticas, temos as micorrizas: associação entre raízes de plantas e determinados zigomicetos; e os liquens, que é a relação entre ascomicetos e algas ou cianobactérias. As primeiras aumentam a capacidade de absorção de nutrientes pelas plantas, enquanto o fungo recebe energia e carbono suficientes para sua sobrevivência; no segundo caso, os fungos recebem substâncias nutritivas oriundas da fotossíntese e mantém as algas (ou cianobactérias) em ambiente úmido, propiciando sua existência.
A existência de liquens permite a colonização de novos ambientes, já que estes organismos degradam rochas e auxiliam na formação do solo, propiciando o estabelecimento de novas espécies ao longo do tempo. Liquens, ainda, têm capacidade antibacteriana, e são utilizados como matéria prima na fabricação de corantes, perfumes finos, geleias e até mesmo venenos de flechas, por índios norte-americanos.
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