Quais os objetivos da expansão romana?

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Durante doze séculos, um dos principais objetivos dos governantes do império romano foi a conquista. Diferente dos gregos ou persas, os romanos não tinham interesse em absorver a cultura ou valores de outros povos, mas conquistá-los e gerir suas riquezas. Prova maior disso é a limitada herança romana nos campos das artes ou das ciências.

Na área militar, porém, os romanos foram criadores de várias táticas, equipamentos e armas. O corte de cabelo militar que os exércitos adotam ainda hoje é herança romana; ele impedia que o adversário prendesse o soldado pelos cabelos e cortasse seu pescoço. Outra importante inovação está no campo da tática militar, a formação testudo (tartaruga), vista regularmente em filmes. Além disso, os romanos criaram armas como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta. Tudo isso explica a expansão de Roma: sua sociedade estava concentrada na conquista militar.

A fase inicial de conquistas do império romano será dentro da península itálica. Na época, a área estava dividida entre vários povos, os quais os romanos foram vencendo e absorvendo à sua sociedade, com destaque para os sabinos, os etruscos e mesmo os gregos, firmemente estabelecidos em colônias no sul da península e na Sicília.

Completada a unificação da península itálica, os romanos logo estabelecem novo objetivo, maior e mais audaz: a conquista do Mediterrâneo. Por séculos, os fenícios (cujos atuais descendentes são os libaneses e palestinos) dominaram a área, mais pelo do comércio do que pelas armas, enriquecendo e formando diversas colônias ao longo do litoral mediterrâneo. O principal centro fenício naquele momento era Cartago (próximo à atual Túnis, capital da Tunísia, no norte da África). As três guerras contra Cartago e seus aliados ficaram conhecidas como Guerras Púnicas (leia: Primeira Guerra Púnica, Segunda Guerra Púnica e Terceira Guerra Púnica), cujo resultado foi a conquista da cidade fenícia com sua destruição e posterior reconstrução como centro romano dos mais importantes no funcionamento do império.

Com isso, os romanos tinham o controle do Mare Nostrum (Nosso mar, em latim, referência ao Mediterrâneo). Esse domínio era a verdadeira "espinha dorsal" do império, pois era nas cidades do Mediterrâneo que se davam as mais importantes trocas, as mais rentáveis e as que sustentavam o estado. O norte da África, aliás, era o local de onde vinha boa parte dos alimentos que abasteciam Roma.

Os romanos passam então a expandir seu território a partir de áreas periféricas, chegando à península ibérica, Marrocos, Arábia, Inglaterra, Romênia, Palestina, etc.

As conquistas continuarão até o reinado de Adriano (117 d.C. - 138 d.C.), imperador famoso pelo muro na Inglaterra que leva o seu nome. Ele é responsável por uma mudança na visão expansionista de Roma, preferindo administrar os territórios já adquiridos ao invés de realizar novas conquistas. Nos séculos seguintes, o império vai gradualmente declinando e a atitude defensiva de Adriano é seguida por boa parte de seus sucessores.

Bibliografia:
As Conquistas Romanas. Disponível em: <//www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=21 >. Acesso: 07/04/13.
Mapa: //antigaroma.webs.com/expansoeconquistasromana.htm

Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/historia/conquistas-romanas/

  • Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
  • Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa.
  • Magistraturas: responsáveis por funções executivas  e judiciária, formadas em geral pelos patrícios.
  • Assembleia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
  • Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).

A expansão das fronteiras romanas

Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque  dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e  ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.

O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).

As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).

Período de instabilidade política

Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social. Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou  na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.

Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.

Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas.

O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado.

A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império.

  

Como referenciar: "A estrutura do poder na República Romana" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2022. Consultado em 18/11/2022 às 07:17. Disponível na Internet em //www.sohistoria.com.br/ef2/roma/p2.php

Qual era o objetivo da expansão romana?

Entre os séculos V a.C. ao III a.C., os romanos empenharam-se em conquistar a península Itálica, com dois objetivos principais: • Obter gêneros para o abastecimento da cidade; • Por fim as ameaças de invasão dos povos da região.

O que marcou a expansão romana?

Durante a república romana, houve um grande desenvolvimento econômico e militar, além de social e cultural. Destacam-se, assim, as guerras púnicas e o domínio sob o Mar Mediterrâneo, que foram fatores cruciais para o desenvolvimento da república de Roma.

O que é expansão romana?

Foi durante o período republicano que Roma se transformou de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde de todo o mundo mediterrâneo.

Quais foram os fatores que motivaram a expansão romana?

Necessidades económicas – o conflito acentuado entre aristocracia e pequenos proprietários pela posse de terras, o surgimento de latifúndios (grandes propriedades) e a produção virada para o mercado, motivaram os romanos a expandirem-se em busca de terras, escravos, mercados, matérias-primas e outras riquezas.

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