ARISTÓTELES - NATUREZA NORMATIVA, BOA E ORGANIZADA
Grande pensador do passado, que teve o mérito de realizar uma classificação sistemática do conhecimento, Aristóteles viveu na Grécia antiga, de origem Macedônica (384-322 a.C.) e nos ensinou que o homem é um ser sociável por natureza, com o conceito de politikon zoon, ou seja, o homem é um animal político. Não pode viver fora da polis, é de origem naturalmente não cartesiana, surge por si só desde a pequena aldeia, depois a aldeia, cidade e, por fim, o estado. Até mesmo Hegel (1770-1831) defende, mais tarde, esta linha de pensamento, chegando até ao estágio da consolidação política do estado, auge da natureza ética do ser humano, que reconhece que a política nasce para fazer o bem para esta sociedade.
Esta estrutura leva em conta a hierarquia, que até pode reconhecer a possibilidade de haver desigualdade entre os homens, de um lado correspondendo ao dominador e do outro o dominado, o que legitima o poder político de uns sobre os demais.
O Estado se funda na tradição, onde o poder tem um movimento descendente, explicado pelas monarquias, que proliferaram desde sempre e ainda existem na atualidade, e em muitos países.
Na mesma linha de São Thomas de Aquino (1225-1274), que é considerado por muitos um revolucionário da Igreja Católica do seu tempo, em oposição a muitas correntes, ele retomou as ideias de Aristóteles, a quem chamava de "o Filósofo", sintetizando-as com os princípios do moderno Cristianismo.
HOBBES – O HOMEM É MAU POR NATUREZA
Thomas Hobbes (1588-1679) propõe uma ruptura total com o pensamento de Aristóteles e se tornará o precursor do direito positivo, que nasce da vontade de todos em ter um poder soberano. Antes era a própria natureza que deveria ser interpretada, até a vontade de Deus.
“O homem é o lobo do homem” (homo homini lupus) foi a sua mais famosa frase, rompendo com a ideia de uma bondade natural, e a proposta de uma visão “moderna” do direito natural e justiça. O homem é cruel, mau e egoísta, sendo o estado de natureza a guerra, disputas e conflitos, onde a vida é uma guerra em potencial de todos contra todos. No capítulo 17 do Leviatã há críticas diretas a Aristóteles
Defendeu o pensamento científico de como a natureza pode ter um conjunto de leis mecânicas, que funcionam por conta, de modo que o direito natural deve ser tratado com aspectos científicos. O remédio para as regras da vida em sociedade deve ser um contrato social, onde o homem cede a alguns dos seus naturais desejos de dominação – pois o ser humano é egoísta por natureza – e, então, deve temer o soberano, com o poder central numa única pessoa, para que seja devidamente respeitada como tal.
Só não há destruição porque, racionalmente, instituem o poder para manter o controle da sociedade. Isto é necessário para a conservação da espécie humana, onde o Leviatã é o monstro que pode impor o necessário medo que permite a preservação de todos. E, ainda, seguindo as ideias de Maquiavel (1469-1527), Hobbes acreditava apenas na possibilidade de um governo absoluto, que não permitiria questionamentos de sua autoridade.
O homem nasce livre e igual e, somente com tais condições, pode assinar o “contrato social”, a exemplo de JOHN LOCKE (1632-1704), que defende ser o direito à vida, liberdade e propriedade direitos naturais, cabendo ao estado apenas gerir este – concepção horizontal sobre os direitos. E, também JEAN-JACQUES ROSSEAU (1712-1778), que indicava ser o homem bom por natureza, mas a sociedade e a propriedade privada é que fazem a disputa se tornar um mal para todos – o cidadão é o responsável.
Nesta mesma linha de contratualistas, afirmação da ciência, observação de natureza e sua explicação em equações matemáticas, quando a natureza não fornece mais normas e direção a seguir. Assim, surge a vontade humana racional, com olhar científico, com subsídios para formar os pilares do jusnaturalismo que, mais tarde, darão origem ao movimento revolucionário burguês.
Hoje, ARISTOTÉLICOS e Thomas de Aquino (1225-1274) seriam adeptos a um estado mais presente, ou seja, progressistas ou, para os ringues atuais – de centro-esquerda; enquanto HOBBESIANOS, John Locke e Jean-Jacques Rousseau seriam adeptos ao estado mínimo, a não interferência e à atualíssima aclamada meritocracia, seriam de centro-direita. Pena que não estão mais conosco para lhes perguntar de que lado do rei estariam sentados.
O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe.
Rousseau disse que o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Mas essa ideia precisa de reparos: para mim, o homem nasce neutro e o sistema social educa ou realça seus instintos, liberta seu psiquismo ou aprisiona. E normalmente o aprisiona.
O poder não corrompe os homens; mas os tolos, se eles adquirem uma posição de poder, eles a corrompem.
Rousseau e Pelágio afirmaram que: "O homem é bom por
natureza. É a sociedade que o corrompe".
Contudo, a realidade é esta: O homem é mau por natureza. A sociedade é apenas um reflexo, em larga escala, do que sua natureza corrompida é capaz de fazer.
O homem, guiado pelo amor-próprio, corrompe-se; passa a ter o desejo de ser superior aos outros, aliena-se.
O homem é naturalmente bom mas, integrado na sociedade, acaba por deixar-se corromper.
O Homem nasce bom e mal em sua essência. Um equilíbrio dinâmico e equidistante, que se altera conforme a sociedade, ao seu redor, o conduz.
O homem nasce bom (?), mas a sociedade o corrompe. Tal corrupção dá-se primariamente dentro da própria família.
O homem nasce bom, a sociedade não o corrompe, ele escolhe ser corrompido por ela.
Jean-Jacques Rousseau disse que o homem é bom por natureza o meio que o corrompe, acredito que o problema não é do sistema e sim do próprio homem que o criou.
Dizem que o homem não nasci ruim, a sociedade que o corrompe. Se somos fruto da criação da sociedade, como ela pode ter o direito de julgar-nos se a culpa é parcialmente dela?
"O homem nasce bom, e ao decorrer da vida a mulher o corrompe."
O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente, de modo que os grandes homens são quase sempre homens maus.
Rousseau afirmou que: ''O homem nasce bom, a sociedade o corrompe''. Entretanto, para mim, é: ''A sociedade nasceu má, o homem mau a corrompeu'', Pois é o homem mau que é o pai da sociedade. Se o homem é bom, por que há o mal? Simples, não há homem bom
Se o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, quem corrompeu a sociedade?
Rousseau dizia: "Ninguém nasce mau, a sociedade corrompe". Estava certíssimo! Hoje em dia um adulto educado "passa carão" quando cumprimenta uma criança ou adolescente, e estes fingem não ser com eles e tampouco fazem questão da reciprocidade da boa educação. Onde estão seus espelhos da boa educação?
O homem só poderá se considerar inteligênte e racional, quando parar de corromper e destruir sua própria espécie.
O homem é o único ser racional: pensa, planeja, explora, polui, destrói, corrompe, mata...
O homem nasce com o livre arbítrio, uma pena que ele corrompe à si mesmo.
Se eu for corrompido, não me induza a corromper os outros, eu ainda serei um homem suficientemente digno de respeito.
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