Por quê o estrarossa e o mandamento do amor

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Algumas das minhas crónicas foram, há tempos, ocasião de uma conversa, longa e cheia de vida, com um leitor em encontro ocasional de rua.

Começou por questões da linguagem, abordou algumas temáticas tratadas, passou pelos Dez Mandamentos do Sinai e culminou no chamado mandamento do amor evocando o Evangelho de João, tantas vezes cantado nos actos litúrgicos: Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros (13,34). Rica e agradável conversa, para além de inesperada!
Quem nunca terá pensado, ou ouvido dizer, que há uma oposição entre o amor e o dever de obedecer a um mandamento e que a expressão «mandamento do amor» é uma contradição nos termos? Amar em razão de um mandato, diz-se, seria a negação do próprio amor. O amor, se é amor, impõe-se por si próprio e não terá sentido dizer que se ama Deus ou o próximo em razão de um mandamento.
Foi aqui que a conversa com o leitor mais se alongou. Já a terminar veio ainda à liça o versículo do Evangelho de João: Vós sereis Meus amigos se fizeres o que Eu vos mando (15,14). Será que a amizade a Jesus passa pelo crivo da submissão e da obediência a um mandamento e pela perda da autonomia? Assim se interrogava o leitor.
A questão é interessante, e o raciocínio parece racionalmente linear. Não deixará de haver nele algum fundamento e os tempos actuais, com a sobrevalorização bem visível da autonomia do indivíduo, mais sensíveis serão a este modo de pensar, traduzido muitas vezes, na prática, num corte da relação existencial com Deus em nome da autonomia pessoal.
Regressei a casa com esta questão no espírito e não me foi difícil concluir que ela não tem passado despercebida aos filósofos. Depressa localizei alguns da actualidade. Deixo ao leitor dois exemplos.
Assim se exprime Cornelius Castoriadis: «a ordem para amar o próximo como a si mesmo, é duplamente paradoxal. A própria ideia de amar alguém porque temos o dever de amá-lo contradiz o que entendemos por amor, qualquer que seja a interpretação dada a este termo e o facto de erigir o amor por si próprio em bitola e enquanto aferidor do amor que é devido ao próximo, surge como uma curiosa concessão ao egoísmo.»
E Paul Ricoeur escreve: «A segunda estranheza do discurso do amor refere-se ao emprego perturbante da forma imperativa em expressões bem conhecidas como: “Amarás o Senhor teu Deus… e amarás o próximo como a ti mesmo”. Se tomarmos o imperativo no sentido usual de obrigação, …, poderá causar certo escândalo ordenar o amor, quer dizer um sentimento.»
Deixemos de lado «a curiosa concessão ao egoísmo» de que fala Castoriadis e salientemos os aspectos apontados pelos dois pensadores: por um lado a aparente contradição entre o imperativo do dever e a realidade do amor e por outro o «escândalo» que parece ser «ordenar o amor, quer dizer um sentimento», nas palavras de Ricoeur. Ou seja, parece existir contradição quer porque o amor, se é amor, é gratuito, autónomo, e transcende a obrigação de obedecer a um mandamento, quer porque não tem sentido ordenar que se tenha um sentimento.
O Papa Bento XVI, na Encíclica “Deus Caritas est”, explicita bem claramente o problema: «resta uma dupla pergunta a propósito do nosso comportamento. A primeira: é realmente possível amar a Deus, mesmo sem o ver? E a outra: o amor pode ser mandado? Contra o duplo mandamento do amor, existe uma dupla objecção que se faz sentir nestas perguntas: ninguém jamais viu a Deus – como poderemos amá-lo? Mais: o amor não pode ser mandado; é, em última análise, um sentimento que pode existir ou não, mas que não pode ser criado pela vontade.» (16)
Obviamente não se pretende dar aqui qualquer resposta às questões levantadas, muito menos expressar o pensamento dos filósofos citados ou de Bento XVI. A problemática enunciada poderá constituir-se como uma ocasião para revisitarmos aquela belíssima e profunda encíclica, embora de leitura nem sempre fácil. «No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. Uma vez que Deus foi o primeiro a amar-nos, agora o amor já não é um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro.», escreve Bento XVI logo no início. Depois, bastante mais adiante, podemos ler: «Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas ambos vivem do amor proveniente com que Deus nos amou primeiro. Deste modo, já não se trata de um “mandamento” que, do exterior, nos impõe o impossível, mas de uma experiência do amor proporcionada a partir do interior, um amor que, por sua natureza, deve ser ulteriormente comunicado aos outros. O amor cresce através do amor.»
Vemos bem que a questão é susceptível de tratamentos diversos: teológico, filosófico, exegético, linguístico e, talvez o mais decisivo, vital. Se vejo bem, é aqui que os olhos da inteligência existencial e espiritual poderão ver como mandamento e amor se identificam: é o próprio amor que manda amar e o amor não é, não, um simples sentimento. Assim sendo, o mandamento do amor não se constitui como ordem para amar que venha do exterior, mas expressa o próprio amor enquanto origem real do próprio mandato. Não será ocioso lembrá-lo, numa época em que anda por aí tão mal disseminado o campo semântico da palavra «amor»!
Estarei a dar um passo demasiado grande e arriscado, mas talvez estejamos perante a dimensão básica de uma realidade vital e bem humana: a maturidade pessoal, quando verdadeira, descobrirá que os mandatos fundamentais da conduta humana podem encontrar-se no íntimo do ser e que quem os pensa exclusivamente em termos de normas extrínsecas, ou mandatos, ainda não terá superado a fase infantil da eticidade humana.
E ocorrem-me as bem conhecidas palavras de Santo Agostinho: «Ama et fac quod vis» Traduzindo, «Ama e faz o que queres». No limite, o mandamento do amor expressará o esplendor, em plenitude, da liberdade humana, e a entrega dos Dez Mandamentos no Sinai poderá ser vista como um acto da sublime pedagogia de Deus.
Guarda, 15 de Março de 2019.

O que é o mandamento do amor?

É claro o ensinamento de Jesus sobre o maior Mandamento: o Mandamento do Amor, que é duplo: amar a Deus e amar ao próximo. Amar a Deus e amar ao próximo: se fossem fáceis não seriam mandamentos.

Qual o poder do mandamento do amor?

Estarossa – Mandamento do Amor A sua principal habilidade é o Full Counter, capaz de refletir ataques físicos. Vale lembrar também que como Meliodas havia sido o antigo Mandamento do Amor, ele também possui uma habilidade semelhante, só que no seu caso ele reflete ataques mágicos.

Porque o amor é o maior mandamento?

Essa palavra mostra que o maior mandamento é o amor, o amor ao próximo e o amor ao Senhor. 1 João 4, 8 – Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 1 João 4, 12 – Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.

O que é o que é preciso fazer para viver o mandamento do amor?

O mandamento do amor provém da obediência a Deus. Obedecer-lhe é ouvi-lo, ter o coração aberto para andar no caminho que Ele nos indica. Obedecer ao Senhor significa ouvir a sua voz, como disse aos fariseus e aos escribas: “Faço o que Jesus me diz, não aquilo que vós quereis que eu faça”.

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