Os problemas econômicos, gerados pela crise de 1929, afetaram diretamente a Europa

O colapso econômico iniciado em 1929, nos Estados Unidos, é compreendido como a maior crise do capitalismo financeiro. A famosa crise de 1929, também chamada de “A Grande Depressão”, é marcada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e por afetou todo o mundo capitalista, levando, assim, milhões de pessoas ao desemprego e à pobreza. Seus efeitos não se limitaram à economia, ela ocasionou diversos desdobramentos sociais e políticos.

Figura reproduzida do site: //jovemnerd.com.br/nerdcast/nerdcash/a-crise-de-1929/

    • Principais causas
    • Consequências
    • Questão
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Principais causas

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a economia das grandes potências, como a Inglaterra e a Alemanha, foi profundamente afetada. Com isso, os Estados Unidos conseguiram se tornar o país mais importante economicamente, uma vez que realizava muitas exportações, vendas no mercado interno – o que significa que sua atividade produtiva estava em constante expansão – e incentivava a oferta de crédito aos compradores e, quando surgiam pequenas recessões, o governo intervinha aplicando mais crédito no mercado, seja em dinheiro ou títulos da Bolsa de Valores, para reparar o problema.

Assim, os investidores da Bolsa de Valores recebiam um falso sinal de expansão econômica e, consequentemente, decidiam investir mais e expandir seus negócios. No entanto, essa medida de expansão de crédito tornava as taxas de juros artificiais, isto é, sem lastro e reservas de dinheiro reais, assim, foi-se gerando uma “bolha inflacionária”, que em 1929 não poderia mais ser disfarçada. Para tentar superar o problema, o governo parou de expandir a oferta monetária e iniciou uma política de restrição de empréstimos.

Esse cenário de instabilidade produziu um medo generalizado de desvalorização da moeda, o que fez com que muitas empresas retirassem suas reservas dos bancos, iniciando uma recessão.

Uma vez que não se podia mais esconder o caráter fictício da expansão econômica, a Bolsa de Valores de Nova Iorque, responsável pela administração dos investimentos e do crédito emitido, colapsou.

Em 24 de outubro de 1929, houve a chamada “quinta-feira negra”, marcada pela queda das ações por falta de compradores. Em 29 de outubro, ocorreu a “terçafeira negra”, quando se tentou vender lotes e títulos na Bolsa de Valores, mas a tentativa falhou.

Consequências

Ações de bancos e empresas ficaram completamente desvalorizadas, provocando falência, tanto no setor industrial quanto no setor agrícola; e desemprego generalizados. A pobreza passou a assolar grande parte da população estadunidense.

Internacionalmente, os países que estavam atrelados ao sistema de crédito norte-americano também foram atingidos e sofreram uma grande recessão. No caso do Brasil, a redução da exportação de café foi um dos principais efeitos, a qual resultou na limitação da entrada de dividendos e reduziu a capacidade de importações do país.

Para superar esse cenário negativo, o governo brasileiro – na época com Getúlio Vargas na presidência (1930-1945) – além de realizar a famosa compra e queima do café excedente para ajudar os produtores, adotou medidas protecionistas com o intuito de incentivar a indústria nacional e alinhar a produção agrária a esses interesses. Assim, foi necessário diversificar a indústria nacional para abastecer o mercado interno, causando assim uma inflexão no modelo importador até então vigente para uma nova matriz nacional de produção e consumo, além de aumentar entrada de capital nas indústrias do país. Tais ações fizeram a indústria brasileira crescer 11,2% entre 1933-1939 dissipando, assim, os efeitos da crise no país.

Questão

(ENEM 2019) A depressão que afetou a economia mundial entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em 1928, por uma queda generalizada nos preços agrícolas internacionais. Mas o fator mais marcante foi a crise financeira detonada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque.

Disponível em: //cpdoc.fgv.br. Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).

Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, a partir de 1930, uma política de incentivo à

A) Industrialização interna para substituir as importações.

B) Nacionalização de empresas estrangeiras atingidas pela crise.

C) Venda de terras a preços acessíveis para os pequenos produtores.

D) Entrada de imigrantes para trabalhar nas indústrias de base recém-criadas.

E) Abertura de linhas de financiamento especial para empresas do setor terciário.

A alternativa correta é a letra A.

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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!

O que é SiSU?

É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
//infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/

Por que a crise de 1929 atingiu a Europa?

Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes.

Quais são as consequências da crise de 1929?

Entre as consequências da Crise de 1929 destacam-se o enorme número de falências que aconteceram nos Estados Unidos, além do aumento exponencial na taxa de desempregados no país. O desemprego nos Estados Unidos saltou de 4%, antes da crise, para 27% da população depois da quebra da Bolsa de Valores.

Quais são as principais causas e consequências da crise de 1929?

A causa da Grande Depressão de 1929 foi a euforia econômica, superprodução, falta de regulação da economia, excesso de crédito e pela bolha de especulação. Dentre as causas, vale destacar que a principal causa da crise de 1929 foi a euforia econômica dos EUA.

Como a crise econômica dos Estados Unidos afetou os países europeus?

Ações despencaram, títulos foram desvalorizados e a população ficou à mercê dos esforços governamentais para mudar a situação. Dois anos depois, a crise financeira atingiu a União Europeia, com impactos na desvalorização do euro e aumento das dívidas de alguns países, como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.

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