Onde fica a península ibérica

Situada ao sudeste da Europa, a Península Ibérica é formada por Gibraltar, Portugal, Andorra, Espanha, e uma pequena parte da França. Trata-se da mais ocidental de todas as três maiores penínsulas da Europa Meridional, tendo, em área, ocupado a posição de segunda maior da Europa, ficando atrás somente da Península Escandinava. A sua área é de aproximadamente 580.000 km² que se liga ao resto do continente por meio do istmo construído pela Cordilheira dos Pirinéus. É rodeada ao norte, oeste e parte do sul pelo Oceano Atlântico, enquanto o restante pelo Mar Mediterrâneo.

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A altitude média da península é bastante elevada, havendo predominância dos planaltos rodeados por cadeias montanhosas. O ponto mais elevado da Península é a montanha Mulhacén, que conta com 3470 metros e está localizada ao sul da Espanha, na Cordilheira da Serra Nevada. Os principais rios que passam pela península são o Teja, Douro, Sado, Segura, Lima, Cávado, Mondego, Minho, Guadalquivir, Guadiana e Ebro. O clima na região é predominantemente mediterrâneo, na maior parte do território, mas na região norte é temperado oceânico.

A população estimada no ano de 2011, segundo pesquisas, era de 54,4 milhões de habitantes, sendo que os principais centros urbanos da região são Madrid, Málaga, Sevilha, Lisboa, Valência, Coimbra, Faro, Braga, Porto e Barcelona.

Nessa região, são faladas, no total, sete línguas oficiais, a saber: castelhano, português, catalão e inglês, que são oficiais, respectivamente, na Espanha, Portugal, Andorrae Gibraltar. A Espanha é o país que ocupa a maior parte da península, totalizando aproximadamente 85% da mesma.

História da Península Ibérica

Desde que se tem conhecimento, os primeiros povos a habitar a península Ibérica foram os fenícios, assim como lusitanos, cartaginenses, entre outros, sendo que “Ibéria” foi a primeira designação da península por parte dos Gregos. Estes, entretanto, somente conheciam o Rio Ebro, e foi daí que surgiu o nome.

Havia, desde sempre, constantes conflitos entre os cristãos e muçulmanos em decorrência da Terra Santa que, localizada na região em torno de Jerusalém, é considerada santa para ambas religiões. No século VIII, os muçulmanos invadiram a Península e se apoderaram da região, inserindo não apenas a sua religião, mas os seus hábitos. No entanto, no ano de 718, aconteceu uma revolta na região de Pelágio, que ficou marcada como o começo da reconquista, objetivando reaver terras que já eram dos cristãos. Mesmo presentes durante oito séculos na região, os muçulmanos sempre foram considerados intrusos em decorrência da diferente cultura e dos costumes. A guerra entre as duas religiões, então, se tornava cada dia mais intensa e a reconquista perdurou por aproximadamente oito séculos.

O longo período foi marcado por grandes eventos que foram reconhecidos pelos historiadores, como As Cruzadas, por exemplo, que tiveram papel importantíssimo na Reconquista. Os fiéis cristãos foram convocados a combater aos muçulmanos da região. No ano de 1492, foi consolidada a reconquista, marcada pela tomada do Reino de Granada. O processo culminou com a retomada da Península Ibérica, gerando, então, condições para que a Espanha fosse unificada.

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Referências

Geografia para o Ensino Médio – Demétrio Magnoli

Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

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01. [UFPR] Sob o ponto de vista político, todos os reis medievais ibéricos se consideravam herdeiros legítimos e descendentes dos antigos monarcas visigodos. Por isso, consideravam sua qualquer terra ganha aos “infiéis”. Assim surgiu a palavra Reconquista. A guerra permanente tinha-se por justa, até que fosse alcançado o objetivo último. Mais do que um conflito religioso, a Reconquista surgia a todos, na Europa cristã, como uma questão de herança.
(Adaptado de Oliveira Marques. Breve História de Portugal. Lisboa: Presença, 2001. p. 72–73.)

Sobre o fenômeno da Reconquista, é correto afirmar:

a)Favoreceu o nascimento dos reinos ibéricos independentes

b)Promoveu a conversão em massa das populações muçulmanas para o cristianismo

c)Deslocou integralmente o interesse e a ação dos cruzados para a Península Ibérica

d)Fomentou a migração imediata dos muçulmanos para o norte da África

e)Encerrou a coexistência entre cristãos e muçulmanos no medievo ibérico

02. [UFPR] A presença islâmica na Península Ibérica estende‐se desde 711, data da Batalha de Guadalete, quando os visigodos foram vencidos pelos invasores árabes, até o século XV, quando, em 1492, os reis católicos da Espanha conquistaram o reino de Granada, último núcleo muçulmano na Península.

Tal convivência entre as culturas ocidental e árabe em um mesmo espaço geográfico, durante cerca de sete séculos, teve como consequência principal:

a) a realização de uma síntese cultural que gera, nos séculos medievais, uma cultura peninsular mais pobre do que em qualquer outra parte da cristandade ocidental.

b) a interpretação e atualização da cultura clássica na cristandade ocidental através das contribuições dos árabes.

c) uma simpatia permanente entre cristãos e árabes que limitou o movimento das Cruzadas na Terra Santa.

d) o atraso da Península Ibérica nas ciências ditas experimentais – medicina, astronomia, matemática, cartografia e geografia.

e) o desenvolvimento de um estilo artístico nas mesquitas que privilegia as representações de figuras humanas.