O que é um empreendedor com características de correr riscos calculados?

Para avaliar a possibilidade de sucesso ou insucesso de um negócio, deve-se pensar nos cenários possíveis e analisar como a empresa se comporta diante dos riscos.

No imaginário coletivo, empreendedores são indivíduos destemidos que correm riscos extraordinários sem pensar duas vezes. Porém, a realidade mostra que empreendedores de sucesso têm, entre suas características mais comuns, a capacidade de correr riscos de forma calculada. Embora algumas pessoas tenham uma habilidade de avaliação inata, a grande maioria precisa lançar mão de ferramentas e métodos para avaliar oportunidades e riscos empresariais.

Teoricamente, o primeiro passo para iniciar um empreendimento ou uma unidade de negócio e até mesmo implantar uma inovação é reconhecer uma oportunidade de mercado, atendendo uma necessidade e gerando valor para os clientes. Em seguida, é importante avaliar o potencial e estimar o tamanho desse mercado, segmentá-lo, avaliar o processo de compra (quem toma as decisões e quem influencia os tomadores de decisão) e antecipar possíveis obstáculos ao novo negócio. 

Após a avaliação da oportunidade de mercado, é fundamental testar a viabilidade da solução tentando prever a escala necessária, os requisitos e as soluções tecnológicas e iniciar com um protótipo ou piloto para reduzir os riscos e aumentar a flexibilidade nos experimentos e nas observações.

Para consolidar a vantagem competitiva, deve-se analisar a solução/oferta atual a que os clientes têm acesso, os concorrentes diretos, as alternativas/produtos e serviços substitutos, a exclusividade da solução oferecida e as barreiras à entrada ou cópias. Também é importante avaliar as prováveis reações e respostas dos concorrentes e do mercado.

Outro ponto fundamental para qualquer novo empreendimento é a análise dos riscos corridos e das recompensas com relação a esses riscos. Devem ser avaliados níveis de aceitação do mercado, vulnerabilidades ou requisitos tecnológicos, concorrência atual e futura, regulação, leis atuais e probabilidades de mudança, ambiente socioeconômico e interferências políticas.

Um fator que pesa bastante nessa avaliação de riscos é a governabilidade que a empresa tem sobre esses fatores: quanto maior, melhor. Caso seja muito pequena, é importante mapear quem são os verdadeiros responsáveis por influenciar as mudanças nessas perspectivas e qual a tendência atual.

A projeção de cenários (normalmente um otimista, um pessimista e um livre de surpresas) e a escolha do cenário mais provável é uma técnica bastante interessante para a avaliação dos riscos e, se feita de modo compartilhado, promove uma conversação estratégica entre as pessoas envolvidas no negócio, ajudando a fazê-las pensarem e estarem atentas às variáveis que impactam na empresa.

É indispensável, também, trabalhar com projeções financeiras e estimativas para os novos negócios ou empreendimentos e avaliar quais perdas são aceitáveis e quando parar em caso de fracasso.

É fundamental lembrar que qualquer tentativa de acerto e de inovação está sujeita a falhas e fracassos e que um dos segredos para o sucesso é não desistir nos momentos de dificuldade, e sim tentar outras vezes, aprendendo com as lições do passado.

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Gerir um negócio é conviver com incertezas. Por isso, ser arrojado é uma característica fundamental ao empreendedor, já que correr riscos calculados faz parte da jornada de quem busca o sucesso à frente de uma empresa. Para empreender com os pés no chão, é necessário conhecer as ameaças cotidianas, se planejar e tomar decisões.

Os dados mostram que os empreendedores brasileiros têm acertado mais em seus negócios. De acordo com o DataSebrae, instituto de pesquisa sobre empreendedorismo, entre 2010 e 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos no Brasil passou de 54% para 77%.

Conheça cinco riscos calculados que o empreendedor encara no dia a dia, e saiba se planejar, segundo manuais e cartilhas do Sebrae:

1. Aceitação do produto ou serviço

Por mais bem formatado que seja o negócio, a aceitação do público para um novo produto ou serviço que chega ao mercado é incerta. Por isso, é essencial realizar pesquisas de mercado, que podem ser feitas por meio de comparativos e questionários na área de atuação, ou mesmo consultando clientes, se a empresa já estiver aberta.

Fazer testes de aceitação, oferecendo experimentações em menor escala, também ajuda o empreendedor a medir a reação do público e realizar as melhorias necessárias, antes de fazer grandes investimentos.

2. Reação da concorrência

A chegada de um novo negócio mexe com todo o mercado do entorno. A reação da concorrência deve ser esperada já com uma estratégia de contra-ataque. As empresas diretamente impactadas pelo seu negócio podem baixar preços, copiar o seu produto ou até criar versões melhoradas.

É sensato ter um plano de ação rápido para cada uma dessas situações, buscando sempre oferecer um diferencial em relação ao mercado. Essa diferenciação pode ser em qualquer área do negócio, por exemplo, atendimento, qualidade do produto ou serviço, apresentação e divulgação.

3. Risco sanitário e legislação

A vigilância com o cumprimento das leis e principalmente das normas sanitárias, para quem atua no ramo da alimentação, é a alma do negócio. Por isso, é necessário ao empreendedor ter todas as certificações exigidas, antes de a empresa começar a rodar, e ter atenção contínua aos critérios de limpeza, manuseio e validade de produtos.

Imprevistos relacionados à saúde e bem-estar dos clientes, que sejam de responsabilidade da empresa, podem gerar prejuízos com multas, que pesam no caixa. E, na pior das hipóteses, podem ainda comprometer a atividade definitivamente, com interdições por órgãos públicos.

4. Oscilações econômicas

Outra incerteza que os empreendedores enfrentam são as variações na economia. As oscilações de mercado, alteração nos preços de fornecedores ou do frete podem ter um impacto muito grande no negócio. Na crise, sobrevive melhor quem tem o melhor planejamento e ações alternativas.

A principal medida é sempre ter o controle do caixa. Formar uma reserva financeira é fundamental. Além disso, manter uma operação enxuta evitando desperdício de recursos. Outra precaução é fazer investimentos para crescer com sabedoria, estudando antes as oportunidades e planejando bem seus movimentos.

5. Falta de capital de giro

Para manter o negócio girando, é necessário ter capital disponível para as despesas correntes e eventuais. Isso porque o investimento que se faz para manter a operação funcionando pode retornar dias, semanas ou meses depois, conforme o ciclo de cada atividade. Por exemplo, uma loja que adquire um produto de um fornecedor pode ter de pagar à vista, mas a venda ao consumidor final pode demorar a acontecer, e ainda ser feita de forma parcelada.

Por isso, é preciso calcular bem as despesas e as receitas da empresa, buscando prever o momento dessas entradas e saídas. Com isso na ponta do lápis, o empreendedor tem uma noção do capital de giro necessário para manter o fluxo de caixa sem aperto. Por causa dessa dificuldade de gestão, muitas empresas que teriam alto potencial lucrativo chegam até a fechar.

Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para BB SEGUROS e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL

O que é um empreendedor que corre riscos calculados?

Riscos calculados Os empreendedores que calculam os riscos são aqueles que tomam medidas em direção aos seus objetivos e encontram maneiras de reduzi-los para avançar com seus negócios. Os riscos estão diretamente relacionados às oportunidades e aqueles que os assumem já têm uma vantagem competitiva.

Que significa assumir riscos calculados?

Os riscos calculados são riscos que você toma de forma consciente com o objetivo de alcançar um determinado objetivo. Trata-se de uma forma de aproveitar as oportunidades identificadas e minimizar os riscos envolvidos na operação.

Quais são os principais fatores de risco para o empreendedor?

São eles:.
Incerteza. É muito comum não conseguir definir o grau de risco de um determinado fator em função da falta de informações. ... .
Complexidade. ... .
Ameaças. ... .
Ação alternativa. ... .
Saiba que um empreendedor não é um aventureiro..

Como um empreendedor pode evitar de correr riscos?

Para mitigar esse risco, um empreendedor deve desenvolver e implementar várias estratégias, como: a pesquisa de tendências de consumo e gostos, testando continuamente o mercado para as preferências dos consumidores e promovendo produtos e serviços que vendem melhor durante uma crise econômica.

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