O que é educação Qual sua finalidade é de que forma este conceito Modificou

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
P�s-Gradua��o em Ci�ncia da Computa��o
Disciplina de Inform�tica Aplicada � Educa��o - 99/3
Prof�. Edla Maria Faust Ramos
Aluno: Carlos Alberto Zorzo

Este trabalho apresenta uma s�ntese do segundo semin�rio da disciplina, juntamente com algumas conclus�es do aluno a cerca do tema tratado. Segue tamb�m uma pequena bibliografia na qual o aluno obteve subs�dios para o desenvolvimento do mesmo.

S�ntese:

A Educa��o como Pr�tica Libertadora
Paulo Freire
 

Com base na tem�tica do analfabetismo, Paulo Freire desenvolveu um trabalho pedag�gico que vislumbra a Educa��o como um ato libertador, atrav�s do qual as pessoas seriam agentes que operam e transformam o mundo. Este analfabetismo, segundo o autor, possui sua origem em situa��es hist�ricas de explora��o e opress�o das pessoas, impostos por um regime de domina��o, e n�o na falta de capacidade de aprender de alguns grupos sociais ou no atraso tecnol�gico. Seria ent�o a Educa��o um ato de busca permanente onde o pr�prio homem � o sujeito que opera e transforma o mundo atrav�s de uma clara compreens�o do mesmo que s� ser� poss�vel com a consci�ncia da realidade concreta.

A educa��o � dividida pelo autor em duas grandes correntes: a concep��o banc�ria e a concep��o problematizadora e libertadora ou humanista. Por educa��o banc�ria entende-se a educa��o tradicional que reflete uma sociedade opressora e discriminat�ria no qual os alunos s�o vistos como recipientes vazios que docilmente devem receber os dep�sitos ou conte�dos program�ticos pr�-definidos, sendo os educadores, neste contexto, depositantes de conte�dos. Deste ato de depositar, como depositar valores em um banco financeiro, adv�m o nome de educa��o banc�ria.

Uma vis�o de educa��o mais humana � levantada pelo autor em contraposi��o � educa��o banc�ria. Tal vis�o ou concep��o � tida como sendo problematizadora e libertadora a medida que a mesma � uma constante busca que visa com que os educandos transformem o mundo em que vivem. Para tanto, os mesmos devem compreender a realidade que os cerca atrav�s de uma vis�o cr�tica da mesma, respeitando-se sua cultura e hist�ria de vida. Tal concep��o educacional baseia-se na estimula��o da criatividade dos educandos e numa rela��o de simbiose entre educador e educando a medida em que procurar misturar os pap�is dos mesmos, pois cr� o autor que ningu�m educa ningu�m e ningu�m educa-se a s� mesmo, mas os homens educam-se em comunh�o, mediatizados pelo mundo.

Esta educa��o libertadora proposta pelo autor tem como pilares fundamentais o di�logo a a��o. O di�logo, neste caso, � visto como horizontal e libertador e n�o um mon�logo opressivo do educador sobre o educando. Atrav�s do mesmo pode-se gerar cr�ticas e problematiza��es atrav�s de questionamentos fazendo com que o educando aprenda a aprender. Em uma a��o de di�logo identifica-se dois elementos fundamentais: os interlocutores, no caso educadores e educandos, e o conte�do do mesmo. Este, no caso da educa��o, � justamente o conte�do program�tico da educa��o que nunca devem ser desvinculados da vida dos educandos. A busca pela defini��o do conte�do a ser abordado inaugura um processo de di�logo entre educadores e educandos atrav�s da investiga��o do universo tem�tico dos educandos ou o conjunto de temas geradores do conte�do.

Um m�todo educacional foi proposto pelo autor como forma de proporcionar uma educa��o libertadora. Tal m�todo � qualitativo e n�o quantitativo, donde n�o pode ser avaliado pela quantidade de conte�dos sobre os quais os educando s�o capazes de dissertar, mas sim pelo potencial adquirido pelos educandos de transforma��o da sua pr�pria realidade e do mundo que os cerca. Seu m�todo est� fundamentado em quatro fases:

w Investiga��o da demanda tem�tica de interesse da comunidade de educandos que se d� atrav�s do di�logo entre educadores e educandos, investigando o universo e trazendo temas de interesse dos mesmos. Al�m disso, � preciso tamb�m detectar o n�vel de consci�ncia dos indiv�duos sobre os temas j� que o importante � justamente fazer nascer esta consci�ncia nos educandos.

w Escolha e codifica��o das tem�ticas adotadas para a investiga��o e submiss�o das mesmas � an�lise cr�tica da comunidade de educandos.

w Desenvolvimento de c�rculos de investiga��o tem�tica que visam melhorar o n�vel qualitativo das propostas tem�ticas e explicitar precisamente as situa��es limites a serem trabalhadas. De tais c�rculos devem participar tanto educadores quanto educandos.

w Redu��o dos temas a serem tratados em n�cleos fundamentais que constituir�o as unidades de aprendizagem bem como a seq��ncia entre elas. Feito isto, prepara-se o material a ser utilizado e procede-se a sua codifica��o tendo como perspectiva o canal de comunica��o a ser utilizado.

Duas an�lises podem ser feitas sobre a pedagogia de Paulo Freire: uma sobre a �tica da rela��o entre sujeito-objeto e sobre a �tica da autonomia. Em rela��o � primeira, o educando � visto como sujeito da hist�ria, construindo uma rela��o cr�tica da mesma atrav�s de um processo de meta-reflex�o que visa transforma��o. Do ponto de vista da autonomia, o educando � visto como um ser aut�nomo a medida que o mesmo pode agir como elemento transformador do mundo, ponto chave do processo educacional proposto pelo autor.

Finalizando, a Escola, na vis�o de Paulo Freire, deve ser democr�tica, respeitando o educando como sujeito da hist�ria, e centrada na problem�tica da comunidade em que vive e atua, propondo pr�ticas pedag�gicas capazes de provocar no aluno uma consci�ncia cr�tica fomentadora de transforma��es sociais

Bibliografia:

FREIRE, Paulo. Educa��o como pr�tica da liberdade. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes necess�rios � pr�tica educativa. S�o Paulo: Paz e Terra (Cole��o Leitura), 1997.

GERHARDT, Heinz-Peter. Uma Voz Europ�ia: Arqueologia de um Pensamento. Endere�o eletr�nico: //www.ppbr.com/ipf/bio/europeia.html

RAMOS, Edla An�lise ergon�mica do sistema hiperNet buscando o aprendizado da coopera��o e da autonomia. Tese de doutorado defendida junto ao programa de P�s Gradua��o m Engenharia Produ��o e Sistemas da UFSC. Novembro de 1996. Cap�tulo 4 - itens 4.4 e 4.5.

O que é educação e qual a sua finalidade?

Educação é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, de suas potencialidades, habilidades e competências. A educação, portanto, não se restringe à escola. A educação é um direito de todos e visa ao pleno desenvolvimento humano por meio do processo de ensino-aprendizagem.

O que é educação Qual sua finalidade é de que forma este conceito Modificou

O objetivo da educação passa a não ser apenas a aquisição de habilidades para o mercado de trabalho futuro, mas também o conhecimento necessário para a produção de coisas realmente relevantes, capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas e trazer bem-estar social.

Quais são as 3 finalidades da educação?

O artigo analisa as três finalidades prospectivas da educação definidas na Constituição Brasileira: o pleno desenvolvimento da pessoa, o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.

O que é o significado da educação?

Educação é o ato de educar, de instruir, é polidez, disciplinamento. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte.

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