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Resposta na lata: tudo sairia voando!
“É impossível que o planeta pare de girar de modo abrupto, mas, se isso acontecesse, tudo aquilo que se encontra na superfície terrestre seria arrancado violentamente: as cidades, os oceanos e até o ar da atmosfera”, afirma Rubens Machado, do departamento de astronomia da USP.
Apesar de não percebermos, a Terra completa sua rotação a cada 24 horas a uma velocidade de aproximadamente 1.700 quilômetros por hora. Então, se a freada brusca de um carro faz com que os passageiros sejam jogados “para a frente”, imagine o que não aconteceria com os pobres habitantes da Terra caso o planeta decidisse colocar o pé no freio. “Os corpos arrancados da superfície voltariam a cair, já que 1.700 quilômetros por hora não é uma velocidade alta o suficiente para escapar do campo gravitacional e se perder no espaço”, diz Machado. “Então, todos os destroços sólidos, os oceanos e a atmosfera cairiam de volta.”
Se algum ser sobrevivesse a esse voo em velocidade supersônica, o dia seguinte não seria lá muito fácil: apesar de a Terra continuar a percorrer sua trajetória anual ao redor do Sol, a falta de rotação acabaria com o conceito de dia e noite, já que teríamos seis meses de exposição solar seguidos de outros seis meses de escuridão. Além disso, o planeta provavelmente perderia seu campo magnético, que serve como uma espécie de escudo contra partículas de altas energias provenientes do vento solar.
Tudo sairia voando!
Se a Terra parasse de girar de repente, tudo o que se encontra na superfície terrestre seria arrancado violentamente daqui: pessoas, árvores, animais, cidades, oceanos e até mesmo o ar da atmosfera. Tudo o que se encontra na superfície terrestre sairia voando! Tudo por causa da inércia dos corpos, já que tudo que existe na Terra, inclusive o ar, gira junto com o planeta.
Agora imagine que a Terra completa sua rotação a cada 24 horas a uma velocidade de aproximadamente 1.700 quilômetros por hora! Se a freada brusca de um ônibus faz com que os passageiros sejam jogados para a frente, imagine o que não aconteceria com os habitantes da Terra?
Explicando de maneira simples: imagine um ônibus em alta velocidade freando de repente. A inércia faz com que todos os passageiros vão para frente, podendo até mesmo serem arremessados. Ou seja: se você estiver dentro de um ambiente fechado, as notícias não são lá muito boas.
Os corpos seriam arrancados da superfície e em seguida cairiam, pois mesmo os 1.700 quilômetros por hora, não são suficientes para fazer com que os corpos escapem do campo gravitacional e se percam no espaço. Então todos os destroços sólidos, os oceanos e a atmosfera cairiam de volta.
O acontecimento geraria fissuras e pontos de tensão na crosta, o que causaria grandes derramamentos de magma e os maiores terremotos já vistos. Os oceanos continuariam a se mover a quase 1.700 quilômetros por hora no equador, gerando a maior onda e o maior tsunami já registrados na história. A atmosfera continuaria a se mover com a mesma velocidade da rotação da Terra, o que causaria ventos até 6 vezes mais fortes que os furacões de categoria 5. Esses ventos estariam tão rápidos que fariam os objetos parados em relação a eles quebrarem a barreira do som.
Agora, imagine que alguém sobreviva a esse voo em velocidade supersônica! Seria quase impossível sobreviver, a Terra continuaria sua trajetória ao redor do Sol, mas a falta de rotação acabaria com o conceito de dia e noite, seriam seis meses exposição solar — um deserto com temperaturas altíssimas — e seis meses de escuridão — tão frio que crostas de gelo seriam formadas rapidamente. A diferença térmica entre os dois lados provocaria ventanias terríveis.
Outra possível consequência dessa catástrofe, seria a perda de nosso campo magnético. Ou seja: a Terra ficaria sem proteção contra as partículas de altas energias provenientes do vento solar. Que medo!