O planejamento da carreira profissional pode vir pela necessidade

Planejar a carreira talvez seja um dos grandes desafios do profissional moderno. São tantas informações disponíveis, carreiras novas o tempo todo, e muitas dúvidas no ar.

Já se perguntou o que deve fazer para assumir o protagonismo da sua carreira?

Para isso, o planejamento de carreira se torna uma necessidade no desenvolvimento do profissional.

Às vezes, a gente até sabe onde quer chegar ou o que quer alcançar. Mas você sabe como fazer para chegar lá? E se você tiver um plano em mãos, está preparado para seguir seu plano até o fim?

Como você começa seu primeiro dia útil do ano? Com muitas promessas? Essa antiga tradição de promessas de mudança na festa de ano novo é fortalecida cada vez mais. Não necessariamente no primeiro dia, mas com certeza dezembro e janeiro devem ser os meses com mais publicações de artigos, vídeos, podcasts (e qualquer outra fonte de conhecimento) sobre dicas e planos de como tirar ideias do papel e ter um ano incrível.

Independentemente disso, muitos de nós fazem promessas que até serão cumpridas, já a grande maioria delas ficará de lado ou será esquecida. Várias coisas podem justificar isso. Uma é a essência preguiçosa do seu cérebro que quer sempre guardar energia e te amarra contra qualquer ação. Uma outra é sobre você até saber onde quer chegar ou o que quer alcançar, mas não saber por onde começar na hora de montar o planejamento de como fazer – e claro, ter a disciplina necessária para cumprir as etapas deste plano até o fim. 

Com isso em mente, este artigo pretende te ajudar a refletir alguns aspectos que podem estar te travando, e a traçar e cumprir um plano para uma das áreas mais importantes da sua vida – a sua CARREIRA (segredo nosso: as ideias aqui se aplicam a qualquer área).

Índice do Artigo

O que anda te travando?

Pensando na sua carreira, você deve ter vários sonhos, acho que todos nós temos. Seja começar, avançar e conseguir mais na carreira que está hoje, seja a tão falada mudança de carreira.

Embora um processo de mudança de carreira possa ser algo mais desafiador, começar ou avançar na carreira atual também não é nada simples. Nestes casos, você está suscetível às tendências de comportamento que formou ao longo da vida – o que acaba te travando de certa forma.

Na mudança de carreira, suas chances de sucesso são ainda mais reduzidas – não quero ser pessimista, só que tende a ser verdade. Isto se dá porque essa necessidade costuma vir quando a gente já está numa fase de vida mais madura, com pouca experiência na área desejada e precisando enfrentar um mercado de trabalho que exige profissionais prontos.

Se libertar dessas travas de mercado e das de comportamento para traçar um plano e conclui-lo até o final, pode ser questão de autoconhecimento e hábitos. Sendo mais claro, ausência de autoconhecimento e prática de hábitos ruins.

Autoconhecimento

Vamos começar pelo autoconhecimento. Algo fácil de falar e muito difícil de fazer. Vou tentar ajudar. Sou um incansável em busca do meu autoconhecimento e acredito ter algumas considerações que podem ajudar. Deixo claro desde já que autoconhecimento demanda tempo e dedicação, e poucos estão preparados para encarar essa parada de frente!

Autogestão

Se você quer gerenciar a sua carreira ou qualquer outra coisa na sua vida, como vai fazê-lo se não consegue gerenciar nem a você mesmo? Com isso, vamos pensar essa parte do autoconhecimento como sendo a sua autogestão.

Autogestão é gerenciar a si. É cada um de nós gerenciando a nós mesmos.

Como você tem se gerenciado? Consciente ou inconscientemente, de uma forma ou de outra, hoje você faz algum tipo de autogestão, seja ela boa ou ruim. Como você tem se sentido com os resultados que está alcançando? Sensação de sucesso ou fracasso?

Peço que neste momento você pare a sua leitura, respire fundo e tire alguns segundos para refletir sobre isso. 

Você vai gerenciar bem aquilo que você conhece. Por isso para saber como uma coisa funciona, você precisa conhecê-la bem.

Olha só, se eu te perguntar sobre o seu melhor amigo ou amiga eu acredito piamente que vai me dizer muitas coisas e passará minutos falando. Por outro lado, se eu te pergunto sobre você, aposto que seu discurso não passará de poucos segundos ou de uma expressão de dúvida estampada na sua testa.

Seguindo por essa linha de raciocínio, pensa em uma área do trabalho que domina ou qualquer outra coisa que faça bem. Por quanto tempo você já está trabalhando nessa área ou por quanto tempo se dedicou a estudar e aprendê-la. Assim, você gerencia bem a sua relação de amizade, uma área de trabalho ou a você mesmo se há dedicação em ser bom naquilo.

Na mesma linha, isso significa se autoconhecer, se autoperceber, conhecer suas próprias emoções, a como reage em situações boas e ruins, o que faz para não explodir quando alguma coisa te tira do sério – entre uma infinidade de possibilidades.

Daí eu te pergunto, quanto tempo você tirou para se autoestudar nos últimos anos? Repare que ao longo dos anos você muda, o que significa que esse processo não é algo estático, que você faz uma vez e tá tudo certo! É preciso repetição.

Dedique tempo para o seu autoconhecimento, gerando uma boa autogestão de si. Saiba em que ambiente está inserido. Se você não sabe onde está, em que ambiente está, não vai se perceber corretamente, e não vai conseguir atingir a autogestão – gerando frustração. 

Hábito

Uma outra coisa que agarra a gente e não nos permite avançar é não enxergar o poder do hábito (recomendo o livro de mesmo nome – clique aqui). Para o senso comum, eu gosto de dizer que é não enxergar o poder do hábito, mas sim o poder negativo do mau hábito.

Apesar de parecer o contrário, deixar um mau hábito para trás não é impossível – eles podem ser perfeitamente desprezados, desde que você se torne consciente e dê o seu melhor para sair do piloto automático que está guiando suas ações (como disse acima, seu cérebro é preguiçoso, logo ele tende a não querer fazer esforço e deixa você nesse piloto automático) (DUHIGG, 2012).

Com isso, você precisa encontrar o caminho para tirar o hábito ruim, incluir o novo e apostar no treinamento do seu cérebro para que o piloto automático entre na rota do hábito positivo, do hábito bom.

Muito se fala sobre 21 dias, 90 dias, 100 dias. Não há fórmula mágica. Somos seres diferentes e essas pseudas receitas podem variar de indivíduo para indivíduo. Não se prenda a essa parte – fique focado em incluir o hábito bom e fazer dele seu novo padrão.

Já ouviu a frase: “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual”? (dizem que é do Einstein). Ou você muda ou você continuará com os mesmos resultados ruins (claro, mantenha e valorize o que está dando certo!).

Não adianta realizar um processo profundo de autoconhecimento e depois descobrir que você não terá disposição para mudar. Para ter resultados diferentes, você precisa ter hábitos diferentes e melhores. Antes de você cair de cabeça, por que não começar devagar?

Comece aos poucos

Seja para o autoconhecimento, seja para o hábito, tente algo nem tão fácil e nem tão difícil. Se for muito fundo, pode acontecer de se perder.

Que tal começar um exercício de conversar com você mesmo e se perceber por 5 minutos diários? Coisa de maluco? Nem um pouco.

E que tal organizar seu dia, identificar algo que você queira mudar e experimentar praticar este novo hábito durante os próximos 7 dias? Me conta como foi (clica aqui)?

Não esqueça de escolher algo equilibrado e que você vai conseguir cumprir ok? Isso vai te animar. Sei lá, se você não bebe água e entende que isso é bom para sua saúde, desafie-se a beber 1 copo de água todo dia quando acordar, por exemplo.

Qual sua disposição para trabalhar duro?

Superado esses aspectos iniciais do comportamento (com certeza há muitos outros), vamos começar a direcionar nossa conversa para o seu plano de gestão de carreira. Mas ainda não vamos nos separar da psicologia do comportamento, quem permite a compreensão de muitas das nossas atitudes.

Se você deseja avançar ou mudar de carreira, como é seu comportamento no dia a dia no trabalho? Você faz apenas o que lhe é pedido ou você dá o “algo mais”?  Quão duro você está disposto ou disposta a trabalhar para alcançar seu objetivo? Muitas perguntas, mas só que essenciais para o seu plano. Se você quer avançar e evoluir, precisa ir além!

Contrato Psicológico

O Contrato Psicológico (CP) está relacionado às expectativas que a organização tem sobre o trabalhador, assim como às que o trabalhador tem para com a organização, só que ambas não estão colocadas no papel. Aborda as questões implícitas. É subjetivo, diferente do contrato que você assina numa relação de emprego formal. É embasado em crenças do nosso passado.

O contrato psicológico é aquele que te traz os termos motivacionais e do comportamento que te fazem ir além.

E é dentro deste contexto do contrato psicológico que você deve refletir sobre a sua relação com o seu trabalho – reforçando: não aquela que é consequência do contrato de papel que assinou com seu empregador; mas sim uma relação ainda maior e mais forte. Ter clareza sobre os termos do seu CP pode te motivar e aumentar suas chances de alcançar seus desejos.

A responsabilidade do contrato psicológico

É relevante você estar consciente de que as bases de gestão de carreira mudaram. Isso porque as bases da nossa sociedade mudaram.

Se antes a empresa era vista como única e exclusiva responsável pela gestão da carreira de seus colaboradores, hoje é mais forte a tendência de este ser o dono da sua própria carreira. A empresa até vai ajudar, mas a carreira é sua.

Eu, particularmente, não tenho um contrato formal assinado comigo mesmo. Por outro lado, tenho objetivos e metas escritos no papel e que estão sempre no meu campo de visão. Isso me ajuda com uma constante revisão do meu CP, que é ajustado conforme meu plano de carreira muda (ou melhor, se adapta ao cenário que estou inserido).

Estar alinhado com o que eu sei que quero para mim, aumenta minha disposição para trabalhar duro e alcançar meus objetivos!

Busque focar sua carreira na sua felicidade

Falar que sua carreira deve ser focada na sua felicidade, pode parecer utópico. Eu sei que muita gente precisa olhar para os boletos antes de achar o trabalho que vai trazer felicidade de verdade.

Por isso, minha fala aqui é com responsabilidade, sem contos de fadas, ok? Assim, reforço que sua carreira deve sim estar ligada ao que você sonha, seu propósito, o que te deixa feliz. Senão pode ser exatamente o que quer, adapte – procure um significado (propósito) naquilo que você faz hoje.

Meu exemplo: o significado da minha vida é convencer as pessoas de que a educação pode transformá-las. Logo, no dia a dia eu acabo adotando uma postura de professor com a minha equipe, minha filha, com você e todos aqueles ao meu redor. Não preciso estar na sala de aula para isso.

Como você exerce o seu propósito?

Voltando. Pra mim, utópico é esse papo de largar tudo, pedir demissão do trabalho de hoje para amanhã achando que está indo na direção da felicidade, sem ter qualquer planejamento ou condições para isso – infelizmente, a internet nos faz acreditar nesse conto de fadas.

Esse lance de “larguei tudo e fui viver meu sonho” acontece quando há trabalho duro e/ou as condições são oportunas. A pessoa que largou tudo, com certeza, tinha um cenário que era favorável. Ou não carregava a responsabilidade de cuidar de uma família. Ou planejou isso. Ou talvez o cenário não era tão favorável e o fez por uma necessidade extrema.

Em geral, a história de empreendedores de sucesso, que são felizes trabalhando naquilo que sempre sonharam, é baseada num período de transição – feita com muita responsabilidade. Procure saber, eles levaram anos para chegar onde você os conhecem hoje.

Para dar este importante passo em nossas carreiras, precisamos de planejamento.

Cuidado! Se você está atolado em dívidas e for convencido por aí que deve largar tudo para viver a carreira dos sonhos, pode acabar morrendo de fome.

Para qual sonho você está se planejando?

Se você quer sair do seu trabalho atual ou mudar de carreira, planeje e esteja consciente de que vai praticar o que planejou.

O propósito e o contrato psicológico

Vamos chamar de propósito essa felicidade na carreira, o significado por trás daquilo que você faz. O propósito deve ser as obrigações contratuais do seu CP, indicando sua motivação para ir atrás dos seus objetivos.

Neste caminho, os acontecimentos positivos injetarão grandes doses de motivação, já os negativos vão te colocar pra baixo. Contudo, quero que os encare de frente e tire vantagem disto – encare a “falha” como menos uma opção a ser tentada, seja criativo e busque uma nova solução.

De tempos em tempos, vai ter que voltar no exercício de autoconhecimento para recalibrar. A única parte desta análise que não muda é o quão duro precisará trabalhar para alcançar os seus sonhos. O progresso em direção aos sonhos é fundamental na relação contratos psicológicos e desenvolvimento de carreira.

Quais são as obrigações contratuais do seu CP? Quão duro trabalhará pelos seus objetivos?

Por fim, e não menos importante, se você já está no mercado e em um lugar que não permite este alinhamento, talvez seja hora de repensar, montar um planejamento ainda mais pesado e seguir em frente, virar a página. Pior do que a pressão do momento atual, pode ser ficar inerte. Dê clareza a sua mente por meio de muito autoconhecimento.

Seja o Presidente da sua carreira

Crescer na vida e conseguir um bom emprego ou aquela promoção desejada, vai depender se você estará preparado.

Estar preparado é algo que vai depender do que você fez da sua carreira até agora. Se aproveitou tudo, maravilha! Senão, nunca é tarde para começar.

Para melhor entendimento do que quero dizer, gostaria de diferenciar o estar preparado e do estar pronto.

Preparado é você ter aproveitado os acontecimentos anteriores para criar uma casca que te permite enfrentar de maneira mais eficiente os desafios que surgem. Achar que estamos prontos parece ser um estado de espírito que nos deixa com a sensação de não ter medo e sermos invencíveis. Isso é perigoso.

Acredito que poucas vezes na vida estamos 100% prontos para enfrentar algumas coisas, mas conseguimos estar preparados quando elas chegam.

Dito isso, seja lá o que você fez até aqui, eu te convido a pensar no seu futuro! A assumir o protagonismo da sua carreira!

A proposta de trabalho

Quero fazer uma proposta de trabalho! Neste caso, somente você pode assumir o cargo! Não há candidato mais qualificado! Porém, o trabalho será duro e as jornadas, longas – serão mais de 8, 10 horas por dia!

Fins de semana? Atuar neles faz parte das responsabilidades – você levará trabalho para casa!

O salário? Uma remuneração direta-indireta. O dinheiro vai entrar, mas você vai precisar ter uma boa relação com ele para entendê-lo e valorizá-lo.

É o cargo mais importante da sua vida! Então, não sou bem eu que vou te fazer essa proposta. Esta deve ser negociada com você mesmo…pois, o cargo em questão é o de PRESIDENTE da sua carreira! Topa?

Se quiser, pode começar quando acabar de ler este artigo.

Mais uma vez vamos juntar autoconhecimento e trabalho duro. Eles serão boas condições de partida para te dar a experiência e competências necessárias para assumir o comando.

Não esqueça, para ser protagonista vai ter que ter trabalho duro!

Planejamento de Carreira

Vamos agora ver o passo a passo para traçar as bases do seu planejamento de carreira, considerando que você já se conscientizou sobre se autoconhecer, mudança de hábito, propósito, felicidade no trabalho e seu contrato psicológico.

Quando for pensar na sua carreira, aceite que a responsabilidade é sua. A empresa para qual trabalha hoje ou trabalhará no futuro, tem como responsabilidade apenas te ajudar. Não é ela que manda na sua carreira, ainda que influencie. Por isso falamos aqui de você ser o presidente da sua jornada, aquele que toma decisão.

Para os próximos tópicos, tenha com você algum recurso para fazer anotações e guardar os insights que virão (eu sei que eles virão, e se quiser trocar mais ideia me manda uma mensagem aqui >> contato).

Análise SWOT

Para começar, com a clareza que adquiriu com seu processo de autoconhecimento e revisão dos seus hábitos, escreva no papel (ou em qualquer outro lugar) onde você quer chegar na sua carreira. A partir daqui, ter clareza disso será fundamental (caso ainda não tenha toda essa clareza, mantenha o exercício assim mesmo – será uma forma de treinar e esclarecer mais as coisas aí na sua cabeça).

Neste caminho, você vai se deparar com fatores externos e internos que podem ser favoráveis ou desfavoráveis. É imprescindível ter ciência sobre eles para que você não seja pego de surpresa. É você traçando o planejamento estratégico da sua carreira, assim como um presidente faz com sua empresa.

Uma das ferramentas mais famosas sobre planejamento estratégico é a Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Threats and Opportunities) ou FOFA (Forças, Fraquzas, Ameaças e Oportunidades). Sabe o conceito? Ótimo! Não sabe? Vem comigo.

(clique nos botões abaixo)

  • Aspectos positivos sobre a sua carreira e que vem diretamente de você (suas competências, qualificações, personalidade, aquilo que faz bem ou que as pessoas dizem que você faz bem).

  • Agora são os aspectos positivos que estão no ambiente externo, fora de você (na sua área, pense no que todo empregador quer e não encontra: domínio de uma tecnologia, idioma; ou ainda um mercado que está procurando profissionais qualificados, mas não acha).

  • Aspectos negativos sobre a sua carreira e que vem diretamente de você (são seus pontos a melhorar, aquilo que você sabe que não é bom, mas precisa desenvolver para sobreviver no seu mercado – mesma ideia das forças, lá você listou o que é bom e aqui vai listar o que precisa melhorar).

  • Os aspectos negativos do ambiente externo, fora de você (profissionais de tecnologia são desafiados pela velocidade da atualização do conhecimento – não estar antenado pode ser uma ameaça; outra ameaça é que alto nível de desemprego no país gera maior concorrência e faz com que as empresas ofertem condições salariais abaixo do mercado, já que há grande demanda).

Para aqui, coloca seus insights no papel, depois continue…

Objetivos e Metas

Como presidente da sua carreira, você acabou de fazer a análise do seu ambiente interno e externo. Olhe para ele e agora pense nos objetivos e metas que precisa criar para alcançar aquilo que deseja.

Vamos do macro para o micro, olha só.

  • Objetivos são os grandes marcos dentro do plano.
  • Para cada um desses objetivos, você deve traçar metas. Ou seja, quebrar o objetivo em partes menores. Pensa que você vai “explodir” o seu objetivo em pequenos pedaços – estes pedaços são as metas. Metas são definições quantitativas que juntas representam seu objetivo.

Veja o exemplo:

  • O que a pessoa quer: ser um profissional de RH desejado pelo mercado.
  • Na análise SWOT a pessoa entendeu que o mercado demanda alguém com graduação, pós-graduação, com inglês avançado e experiência nos principais subsistemas de RH.
  • Vamos supor que esta pessoa está no primeiro semestre da graduação.
  • Como seria o planejamento para chegar ao nível profissional desejado e se tornar mais atrativo para o mercado? Uma sugestão:

A teoria sobre os objetivos e metas vai nos dizer para ser mais detalhista, usar conceitos como o SMART (em breve trago material sobre isso). Mas, meu intuito aqui é te dar um direcionamento inicial, te tirar da inércia. Por isso, estou abordando tudo da forma mais simples possível.

Pensando em todas essas ações, para chegar onde você quer chegar, seu plano será de médio (2-3 anos) ou longo prazo (4-5 ou mais anos)? De curto prazo eu sei que ele não será, pois ter resultado no tema gestão de carreira leva tempo (se você teve retorno em menos de 1 ou 2 anos, sinta-se alguém fora da curva).

Motivação para não parar

Um plano de médio e longo prazo vai te exigir motivação. Você vai querer parar no primeiro tropeço, por isso vai ser importante exercitar novos hábitos e formas de pensar, como falamos no início.

Só assim, você identifica o gatilho que te faz querer parar e tira seu cérebro do conforto, em busca de ter um hábito melhor, um hábito de vencedor.

Com isso, além de garantir um melhor controle, o seu planejamento também vai funcionar como um fator de motivação. Sabe por quê? Porque você verá as coisas acontecendo! Explico-me.

Se você tiver a disciplina de realmente colocar o planejamento no papel (ou no digital) e for marcando ali as ações que cumpriu e teve êxito, você terá a real sensação de que não está parado, vai ver progresso. Isso vai te animar e dar energia para seguir em frente.

Ao mesmo tempo, se algo der errado, esse planejamento é onde você pode gerar os insights sobre o porquê não cumpriu uma coisa ou outra, porque algo deu errado. E então, voltar no exercício do autoconhecimento e do hábito, entender o que precisa mudar, e fazer dar certo da próxima vez.

Percebe como as coisas estão nas suas mãos?

O plano de ação

Sendo PRESIDENTE da sua carreira, você deve colocar seu planejamento em ação. Só que aqui você é um presidente mão na massa e não vai ter ninguém pra te entregar uma planilha ou plano prontos não.

Mas como eu sou um cara legal, vou te sugerir uma ideia de modelo logo abaixo. Depois será com você montar o seu.

Bora trabalhar, galera!

Vamos basear nosso modelo no exemplo citado acima, onde uma pessoa quer se tornar um profissional de RH relevante no mercado – para esse objetivo, vejamos duas metas.

O que significa cada coluna:

  • O QUE: é a sua meta
  • POR QUE: por que você tem ou quer cumprir esta meta
  • QUEM: quem é o responsável pela meta (VOCÊ)
  • CUSTO $: coloca lá quanto vai custar pra cumprir essa meta
  • COMO: pensa em como você vai tirar isso do papel
  • QUNADO: quando você quer ter esta meta concluída? Anota a data aí então.
  • ONDE: é sobre onde essa parada vai rolar?

Tempo para você rascunhar alguma coisa aí, agora mesmo.

E aí? Como foi?

Seja realista. Provavelmente, você não preencherá esse plano de ação logo na primeira vez que se sentar para fazer. Você está traçando o seu futuro. Avalie tudo com sabedoria.

Planejamento Financeiro

Seria novidade se eu afirmar aqui que a maioria dos brasileiros não guarda dinheiro e que não somos tão bons assim quando o assunto é educação financeira? Mas sem dinheiro, como vamos investir em nós mesmos? Como vamos investir em educação para melhorar a nossa carreira?

Dentro do processo de Gestão de Carreira, minha sugestão é dividir as áreas da vida em grandes departamentos (marketing, RH, jurídico etc.). E um deles é o Financeiro. Precisamos de Planejamento Financeiro Pessoal para organizar as contas e permitir o investimento necessário em nós mesmos.

Como já disse, a empresa para qual você trabalha hoje tem a responsabilidade de te ajudar no desenvolvimento da sua carreira, e talvez, isso até signifique pagar um curso aqui e outro ali. Só que é sua a responsabilidade de fazer isso.

Como você pode se organizar para guardar uma graninha e investir em você?

Primeiro, mapeie os seus gastos. Saiba com o que você gasta dinheiro e para onde ele vai todo mês.

Depois, você pode dividir seu plano financeiro em níveis operacional, tático e estratégico, para saber em que vai investir, em que vai dar prioridade. Exemplo:

  • Operacional: controle dos seus gastos diários.
    • Observe para onde o dinheiro está indo e pense em cortar algumas pequenas despesas que te atrapalham no longo prazo.
    • Não, não é sobre cortar o cafezinho, isso não será relevante.
    • Por outro lado, pode te mostrar que você deveria reduzir esse hábito, porque o gasto mensal com um cafezinho diário ou aquele pão com manteiga na padaria, estão pesando na conta.
    • Este é um primeiro passo básico para começar a guardar alguma coisa – saber para onde o dinheiro vai.
  • Tático: investir na sua educação.
    • Embora haja muito conteúdo gratuito (e de qualidade) na internet, para aprofundar conhecimento e aumentar suas chances no mercado de trabalho, uma hora ou outra você vai precisar de dinheiro para comprar um livro, por exemplo.
    • Será que reduzir pela metade as vezes que você toma café na padaria da esquina não ajuda a comprar um livro por mês? (e ainda ajuda em ter uma alimentação saudável – pronto, falei).
  • Estratégico: investir dinheiro no longo prazo.
    • Ainda somos carentes de educação financeira, mas investir tem sido tema mais popular nos últimos anos, aprenda sobre isso – diversos canais no Youtube abordam o assunto de maneira relevante.
    • No início, você pode ficar com a sensação de perdido ou que tem pouco para investir. Só que no longo prazo, tudo que aprendeu e o pouquinho que poupou por vez, fazem uma diferença grande – especialmente se você estivesse parado, sem fazer absolutamente nada nesse tempo todo!

Não adianta reclamar! Para mudar, melhorar ou manter seu nível de carreira, você precisa se esforçar! #carreiraévida

Ter uma vida financeira organizada, além de permitir que você invista em você mesmo, não te deixa refém de uma ou outra organização pelo motivo salário. Você pode ser livre e não ficar preso!

Será que já dá pra começar?

E então? Será que dá?

Você viu a importância do autoconhecimento, através da autogestão e do poder do hábito. Viu que precisa começar aos poucos.

Acredito que entendeu que para tirar qualquer plano do papel e torná-lo realidade, vai precisar trabalhar duro.

Acredita mesmo que dá pra ser feliz no trabalho? Eu sei que sim. A vida pode não ser perfeita e a verdade é que não seremos felizes 100% do tempo. Felicidade é um estado de espírito – esforce-se para viver nele a maior parte do seu tempo, e isso inclui seu trabalho.

“Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado”, Abraham Lincoln, ex-presidente Norte americano.

Dizem que é uma frase de Abraham Lincoln, ex-presidente Norte americano.

Para mim, uma das lições desta frase é a importância de estarmos bem-preparados e com as ferramentas certas quando quisermos fazer algo em nossas vidas. Bem-preparado é saber que é melhor afiar o machado do que cortar de qualquer jeito.

Planeje-se! E isso quer dizer cuidar do desenvolvimento das suas competências e da sua vida financeira.

Boa sorte! E conte comigo!

Referências

DUHUGG, C. O poder do hábito. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. 

As demais referências para este artigo são as minhas experiências:

  • Desde 1998 no mercado de RH;
  • Apaixonado e estudioso do tema gestão de pessoas e desenvolvimento humano desde 2000;
  • Mentor de talentos e coach de carreira;
  • E mais importante de tudo isso, apliquei o modelo e tive sucesso. Planejei minha carreira e executei um plano de longo prazo;
    • Entre 2003 e 2013 estudei muito: graduação, pós e MBA
    • Entre 2014 e 2018, me consolidei como profissional relevante no mercado de RH e entendi que o meu propósito é a educação;
    • 2019 até o momento, subi de nível, palestrei em grandes eventos, comecei a dar aula nas principais universidades do país, montei a in-house HR – e fortaleci que a minha missão é ajudar a povoar o mercado de trabalho com mais profissionais de RH capazes de serem agentes de mudança para um mundo do trabalho mais feliz!
    • Com mais consciência sobre educação financeira, me estabilizei em uma vida confortável;
    • Ainda virão novos capítulos por aí!

Como planejar a sua carreira profissional?

Dicas de como planejar a carreira para 2021.
Estude o cenário atual..
Defina objetivos a curto, médio e longo prazo..
Monte um cronograma de ações..
Considere suas motivações..
Faça uma autoavaliação..
Detalhe cada passo que precisa dar..
Comemore as pequenas vitórias..

Quais são as etapas de um plano de carreira?

Planejamento de carreira é o processo contínuo de: Pensar em seus interesses, valores, habilidades e preferências; Explorar as opções de vida, trabalho e aprendizado disponíveis para você; Garantir que o seu trabalho se adapte às suas circunstâncias pessoais; e.

Qual a importância de uma carreira profissional?

Para uma empresa, realizar o plano de carreira junto de seus funcionários é um ato crucial para desenvolver a melhor gestão do capital humano. Assim, é possível mapear as habilidades, competências e atitudes dos funcionários — bem como entender suas pretensões e expectativas.

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