Marcos 16:15-18 ARC
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
ARC: Almeida Revista e Corrigida
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Domingo, 16 de maio de 2021.
Evangelho (Mc 16,15-20)
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos e 15disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos, então, saíram e pregaram por toda parte. O senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que o acompanhavam”.
Reflexão
Estamos diante da narração da Ascensão do Senhor, segundo Marcos. Ao se despedir de seus discípulos antes do momento de Sua ascensão, depois de ter feito tantas recomendações e de falar dos riscos, Jesus dá uma ordem: Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura”. O evangelista Marcos, ao relatar o acontecimento da Ascensão de Jesus, traça uma relação entre Palavra e obras (sinais que acompanham o anúncio). Os sinais não têm sentido se não acompanharem a Palavra, pois dependem da evangelização e não o contrário. Jesus também, ao proclamar o Evangelho de Deus, realizou sinais que acompanhavam tal anúncio.
O primeiro sinal que Jesus realizou no evangelho de Marcos foi, justamente, expulsar um espírito impuro, um endemoninhado na sinagoga de Cafarnaum (Mc 1,21-28). Os missionários expulsarão os espíritos maus à medida que a sua pregação tiver coerência, o que lhes dará autoridade e, portanto, diante disso, ninguém poderá resistir (Mc 13,13).
“Falarão novas línguas”: a expansão do Evangelho exige cruzar fronteiras não apenas geográficas, mas também culturais. Jesus também ultrapassou as fronteiras culturais e geográficas do seu “país”.
“Pegarão em serpentes e se beberem algum veneno mortífero, nada sofrerão”. A serpente tornou-se um símbolo da sedução, da traição, da falsidade. Esta advertência de Jesus garante aos seus enviados que se eles estiverem alicerçados na verdadeira fé, não se deixarão confundir nem persuadir por falsos profetas. Jesus também foi vítima de traidores e pessoas falsas. Contudo, não se deixou enganar, mesmo tendo que pagar um alto preço pela coerência da missão.
“Imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados”: por fim, este sinal também acompanha a pregação de Jesus. Indica que a Boa notícia chegou aos seus primeiros destinatários, isto é, os sofredores, doentes, marginalizados.
Os discípulos, em nome de Jesus, devem continuar no tempo e no espaço, ao longo da história, a mesma missão do seu Senhor. Jesus dá uma missão, envia, Ele sabe da necessidade de evangelizar sempre. Mais do que nunca, se faz necessário ir onde Jesus não é conhecido e onde Jesus é perseguido ou desfigurado, para proclamar o verdadeiro Evangelho.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.
Segunda-feira, 25 de janeiro de 2022.
Evangelho (Mc 16,15-18)
“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas…”
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
Reflexão
De São Paulo não recordamos somente a memória da sua santidade, do seu testemunho, mas também da sua conversão. Talvez porque sua conversão não tem nada a haver com a conversão de um ateu, ou de um descrente, mas sim com a conversão de um homem que já acreditava em Deus. Acreditava tanto, ao ponte de perseguir os cristãos para defender o nome de Deus. São Paulo é um “crente convertido”. Ele passa da religião à fé. Talvez devêssemos rezar para que acontecesse o mesmo conosco. Muitas vezes a nossa vida é cheia de religião, mas vazia da verdadeira fé. A religião é fruto da educação, de tradições, de expectativas, mas a fé pode também não ter nada a haver com isso. Se encontra a fé quando de maneira forte e decisiva se faz uma experiência que nos marca tão profundamente de nos fazer passar do crer em valores e ideias, a crer em Alguém. Saulo encontra Cristo na sua estrada. Eis porque o evangelho de hoje nos ordena de “anunciar por todo o mundo, a todas as criaturas…”. Porque se de uma parte a fé é um dom que se recebe de uma experiência que te muda a vida, é também verdadeiro que diante desta experiência permaneçamos livres para dizer sim ou não. Os frutos do anúncio não consiste nos “convencimentos” retóricos, mas em provas de fato. Isso nos prova São Paulo: ele que de retórica e argumentos teológicos era bastante entendedor, compreende que Deus age pelos fatos, e não por meros raciocínios.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.