O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a se industrializar. Movido pela energia do carvão, o país liderou a Primeira Revolução Industrial. Atualmente, é a quinta maior economia do mundo e a segunda da Europa, onde perdeu o protagonismo para a ascensão alemã.
Antecedentes
Este pioneirismo inglês no tocante à indústria pode ser explicado por alguns motivos. Dentre eles, podemos destacar:
- Acumulação de Capital através do comércio de especiarias provenientes de seu grande número de colônias;
- Instituição da Lei dos Cercamentos, que substituiu a agricultura nos moldes feudais no campo inglês pela criação de ovelhas, base para a instalação de fábricas têxteis;
- Criação de um exército de trabalhadores de reserva, expropriados de suas terras pela Lei dos Cercamentos;
- Abundância de carvão mineral, fonte de energia para operação das fábricas;
- Estado favorável ao desenvolvimento industrial, através da aplicação de legislações burguesas, especialmente após a Revolução Gloriosa.
Todavia, o início do século XX trouxe um revés para a potência insular europeia. Com a Segunda Revolução Industrial e a mudança da principal força energética do carvão para o petróleo, a Alemanha e os EUA foram alçados à dianteira do Capitalismo Mundial. Com seu parque industrial desatualizado e com profundas dificuldades para se adaptar à nova lógica mundial, a Inglaterra fora deixada para trás.
A situação foi ainda agravada após a Segunda Guerra Mundial. Além das perdas materiais e econômicas do país durante o conflito, o Pós-Guerra foi marcado por um movimento global de independências. As antigas colônias inglesas guerreavam e conquistavam suas autonomias, esfacelando o grande Império Britânico.
O Reino Unido dependia fortemente dos produtos agropecuários produzidos em suas colônias. Em certo ponto, países como Índia e África do Sul passaram a não conseguir sozinhos abastecer a indústria britânica, devido ao crescimento de suas populações e ao surgimento de suas primeiras iniciativas industriais. O conjunto destes fatores resultou na decadência do antigo império.
Localização industrial
Atualmente, as principais regiões industriais inglesas são encapsuladas pelas cidades de Londres e Birmingham, ambas no sul do país.
Neste novo cinturão industrial, estão localizadas indústrias de setores diversificados, como o biotecnológico, o automobilístico, o aeroespacial, o farmacêutico, o mecânico e o petroquímico.
A tendência no Reino Unido é, todavia, o abandono de grandes fábricas que marcaram a industrialização do país. Atualmente, surgem inúmeras indústrias de pequeno porte, localizadas em cidades menores que, através da superespecialização, estão conseguindo competir em mercado nacional e internacional.
Anteriormente a este processo de modernização da indústria britânica, a configuração do espaço industrial do país era bastante diferente. Ainda no período de domínio do carvão, os setores têxtil, naval e siderúrgico estavam na dianteira, localizados no centro do país, entre as cidades de Liverpool e Manchester, e nos arredores de Glasgow, na Escócia. Estas áreas ficaram conhecidas como “regiões negras”.
Com a decadência da indústria nacional e a ascensão do eixo Londres-Birmingham, estas regiões passaram a sofrer com fortes problemas, dentre eles o desemprego, que levou a um processo de migração interna para áreas mais dinâmicas.
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287 palavras 2 páginas Nome: Gustavo Batista N°12 / Lucas Muller N°20 3°A Indústria da Inglaterra
Palco da Revolução Industrial no séc. XVIII, o país conta com uma importante atividade industrial e um intercâmbio comercial de grande vulto. As principais indústrias inglesas são as de ferro e aço, aviões, navios, automóveis, produtos químicos, maquinaria e tecidos.
Principais produtos
exportados: produtos químicos, automóveis, têxteis, aeronaves, produtos de metal, máquinas. Principais produtos agrícolas produzidos: cereais, trigo, aveia, centeio. Moeda: libra esterlina. Setores Setor primário Agricultura, pecuária, pesca e silvicultura Sua agricultura é intensiva, altamente mecanizada e muito eficiente, mesmo para os padrões europeus. Produzindo principalmente trigo, cevada, batata, beterraba.
Setor secundário Indústria Nas últimas duas décadas o governo tem diminuído fortemente sua participação em empresas mediante o processo de privatizações. Enquanto a participação industrial continua perdendo importância. Energia O Reino possui grandes reservas de carvão, gás e petróleo. Setor terciário Finanças e comércio A Inglaterra é um dos maiores exportadores europeus de produtos manufaturados, petróleo, químicos, veículos automotores, aeronaves, metais, têxteis acabados, maquinário. A agricultura é um dos setores mais importantes da economia, com cereais, como trigo, aveia, centeio, etc. As indústrias também se destacam na economia inglesa. Mas o sector dos serviços, como bancos, seguros, serviços financeiros, etc., é aquele que contribui para a maior parte do PIB da Inglaterra. Muitas empresas tecnológicas produzem e comercializam seus produtos no mundo todo. A economia inglesa é uma das mais fortes da Europa, embora não esteja totalmente integrada ao Mercado Comum Europeu. Serviços O setor de serviços, particularmente os bancários, seguros e os empresariais, somam de longe a maior parcela do PIB.
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