Disponível em: //www.youtube.com/watch?v=apKb9kJEYSw&t=2s
Já perceberam como as crianças olham atentas para a luz, as sombras e os movimentos que essas fazem? E que a observação de sombras do próprio corpo e de outras pessoas viram uma divertida brincadeira? Então, que tal brincar com luz e sombra?
Nas brincadeiras envolvendo luz e sombra, as crianças podem construir conhecimentos sobre esses elementos, explorar e descobrir novas possibilidades de gestos e movimentos do próprio corpo, bem como desenvolver sua criatividade e imaginação.
Diferentes fontes de luz, que poderão ser artificiais, como uma lanterna, abajur, pisca-pisca, ou a fonte natural, como a do Sol, podem inspirar brincadeiras divertidas!
Fontes artificiais de luz podem ser projetadas em direção a uma parede, em um lençol ou mesmo no chão e vocês podem brincar com as mãos ou o corpo todo, fazendo sombras e tentando adivinhar qual imagem está sendo representada. Brinquedos e outros objetos podem ganhar movimentos, que com as vozes podem virar histórias! A brincadeira de afastar e aproximar da fonte de luz também é interessante, pois produz imagens de diferentes tamanhos.
Nas brincadeiras tendo como fonte de luz o Sol, podem ser criadas diferentes imagens usando o corpo todo, feitas juntos ou individualmente, explorando diferentes possibilidades de gestos e movimentos do corpo.
Brincar com luz e sombra é algo fascinante para as crianças. E para ampliar mais a brincadeira, que tal construir um palco e bonecos a partir dos personagens de livros que sua criança mais gosta? Pode-se ainda fazer um divertido teatro de sombras, usando o que você já tem em casa e também muita criatividade?
Educação
Infantil – Crianças pequenas
NOVIDADE ABAIXO
Uma pequena fresta de luz, um arco íris refletido na parede ou a própria sombra podem deixar uma criança intrigada e convidá-la a investigar as causas desses instigantes fenômenos.
Você pode começar por observar quais são os horários e espaços em que o sol aparece em sua casa e convidar as crianças a brincar.
Você pode separar uma lanterna e alguns objetos translúcidos, tais como copos de acrílico e garrafas pets coloridas ou com água e corante alimentício. Ao relacionarem esses materiais com o foco de luz, as crianças têm a possibilidade de observar a passagem ou não da luz e a transformação da cor dos objetos.
Feixes de luz
sobre CDs que não
estejam mais em uso
formam arco-íris. Pode ser
luz artificial, como a luz de lanternas, ou luz natural,
como a luz do sol.
Produzindo e Brincando com as cores do Arco-íris
NOVO
Esse post é um pouco mais longo e exige um pouco mais de "paciência". Ele detalha possibilidades de brincadeira/pesquisa com a luz.
É uma série de indicações a respeito das relações que as crianças podem estabelecer ao brincar com a luz e CDs.
O texto é indicado aos adultos (pais, tios ou irmãos mais velhos) que estão vivendo com as crianças esse período de afastamento social e que muitas vezes se veem sem ideias ou inspiração para viver ou propor brincadeiras às crianças.
Nossa ideia aqui foi a de oferecer um caminho de exploração e ajuda-los a perceber quanta coisa pode estar presente numa brincadeira que envolve objetos simples do dia a dia em casa.
Esperamos que seja uma boa contribuição.
O arco-íris que vemos no céu nasce de um encontro entre a luz do sol e as gotas de chuva, e é por isso que ele só aparece se tiver chuva caindo e sol brilhando ao mesmo tempo.
A luz do sol, que é branca, é feita de todas as cores. Mas, para que as cores sejam separadas, é preciso que a luz encontre a água.
Não só a luz do sol, mas a luz branca de uma lanterna, por exemplo, é a mistura de muitas cores.
Os Cds são bons instrumentos para nos ajudar a ver as cores presentes na luz. Se você tiver um, coloque-o perto de uma janela, ou sobre qualquer superfície em que haja incidência de luz. Você vai ver muitas cores, as mesmas cores presentes no arco-íris, do vermelho ao azul. Isso acontece porque a luz comum do dia-a-dia é essa mistura de cores, que as trilhas de um CD conseguem separar.
Essas imagens mostram algo muito interessante para as crianças e pode ser uma primeira provocação. As cores do arco íris presentes nelas aparecem de maneiras diferentes.
Observar estas diferenças pode ser um primeiro passo interessante: as cores que vemos são fruto de uma relação entre a luz e o CD. A posição do CD em relação à incidência da luz e a nossa posição em relação ao CD e à luz produz diferenças.
Se eu me movimento diante do CD, que cores vejo? Como elas aparecem?
Se eu movimento o CD, que cores vejo? Como elas aparecem?
Em quantas posições diferentes o CD pode ser colocado?
Quais resultados essas diferentes posições podem produzir?
Como as cores aparecem no CD?
A luz natural produz efeitos diferentes da luz artificial?
A luz de led produz as mesmas cores quando em contato com o CD?
Podemos refletir as cores que aparecem no CD em outra superfície?
O que temos que fazer pra conseguir isso?
Em quais superfícies conseguimos refletir as cores que aparecem no CD: na parede, no chão, sobre um papel, no tecido?
O que temos que fazer para isso? Onde colocamos o CD, como seguramos, ou prendemos?
Como as cores aparecem refletidas? Que desenhos elas formam?
O reflexo das cores em outras superfícies também muda se eu mudo a posição do CD?
De quantas maneiras diferentes os reflexos das cores podem aparecer?
Todas essas perguntas estarão presentes na brincadeira das crianças e podem alimentar a curiosidade e o desejo de produzir muitas manifestações diferentes das cores reveladas no CD.
A percepção e produção de efeitos diversos vai alimentar a construção de teorias das crianças a respeito de como e porque as cores aparecem no CD e como e porque são projetadas no ambiente. E as teorias elaboradas alimentarão o interesse por testá-las, checá-las, comprová-las.
Não está em jogo elaborar teorias corretas ou compreender o fenômeno físico de decomposição da luz. Há muito mais em jogo nessa brincadeira: as relações entre as crianças, os CDs, a luz e tudo que essas relações podem criar.
As teorias não precisam estar certas, elas precisam existir. Formular a teoria é o que importa, porque significa a capacidade de colocar dados da experiência vivida em relação, significa a capacidade de fazer ligações e estabelecer nexos de sentidos. É o pensamento colocado em movimento para elaborar as relações vividas.
As várias experimentações mostrarão que sempre há algo pronto para ser modificado e são as crianças as autoras das modificações propostas. Esse é o significado de pesquisa presente nas brincadeiras.
Se algo sempre pode ser modificado e as crianças se dão conta disso, é interessante criar caminhos para que elas possam registrar os diferentes efeitos produzidos, os diferentes resultados de suas pesquisas.
Como registrar tantas diferenças? O que seria mais interessante registrar? O que escolher?
Que recursos se pode utilizar?
As respostas podem ser também variadas, dependendo da idade das crianças e do que elas mesmas acharem mais interessante ou o que os adultos percebam que foi mais relevante pra elas, ajudando-as a selecionar e entender porque.
Pensamos em algumas orientações, mas vocês podem criar outras:
•Desenhar ou pintar a distribuição das cores que veem no CD pode ser uma alternativa;
•Fotografar, se for possível, e olhar no computador as diferenças também pode ser um recurso interessante.
•Montar um painel com as imagens impressas e anotar como foi que se fez para que cada imagem ficasse como está também é um caminho interessante para perceber melhor as relações que compuseram cada uma das situações.
•Imprimir as imagens selecionadas e observá-las, identificando as diferenças relativas às formas e predominâncias ou distribuição das cores.
•Colocar um papel na parede para projetar a luz refletida do CD e pintar por cima da luz pode ser uma boa provocação.
Se o reflexo for fruto da incidência do sol diretamente sobre o CD, o movimento do sol durante o dia vai modificando a distribuição das cores e, consequentemente, do reflexo sobre o papel. Essa mudança pode ser instigante para as crianças, que verão as mudanças acontecendo ao mesmo tempo em que tentam registrá-las com o desenho ou a pintura.
Um dia nublado, sem sol, altera a experiência? Em que medida?
Se o sol bate diretamente no CD o que acontece?
E se eu acender uma lanterna sobre o CD, qual é o efeito?
Ausência e presença de sol, incidência direta ou indireta do raio de sol sobre o CD, incidência direta ou indireta de luz artificial são algumas das possibilidades para as brincadeiras/pesquisas das crianças.
Provocá-las a pensar em como produzir arco íris com os CDs ou outros materiais, como propagar as cores pelo ambientes, como gerar reflexos, podem ser algumas das muitas maneiras interessantes de alimentar o interesse e a brincadeira seguir dias a fio.
Pendurar CDs próximos à janela e ver como o reflexo da luz se modifica nos diversos momentos do dia, pode ser bem provocador.
As crianças serão instigadas pelas ações que podem realizar gerando variados efeitos sobre os objetos e o ambiente. Um brincar criativo e gerador de aprendizagens, de formulação de teorias, de conexões de causa e efeito. Uma oportunidade de, por meio de materiais simples e cotidianos, criar um contexto inventivo, que as coloquem a pensar não só com a mente, mas com todo o corpo. Uma brincadeira que as provoca a investigar, testar, verificar, criar, produzir efeitos diversos.
Água, luz e espelho também podem ser combinados de forma a produzir um arco íris.
Que tal tentar?