Distribuição das indústrias na América do Norte

O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e políticos.

Na América Latina era desenvolvida a agricultura de subsistência, incluindo ainda caça, pesca e coleta. Com a chegada dos colonizadores europeus, grande parte dos países latinos passaram a cultivar produtos destinados à exportação, com o objetivo de obter lucro.

São identificadas duas formas de produção, uma destinada ao mercado externo (monocultura) e outra direcionada ao abastecimento interno (policultura).

Os países latinos são grandes exportadores de produtos primários. Além disso, tiveram uma industrialização tardia em relação às nações desenvolvidas, motivo que fez com que a América Latina se tornasse dependente.

Economia atual

Recentemente foram realizadas mudanças significativas na agricultura latina que promoveram alterações profundas no espaço e na economia. As mudanças ocorreram em decorrência da inserção de máquinas, tecnologias, implementos, insumos agrícolas (herbicidas, fertilizantes, inseticidas entre outros) e técnicas de manejo, que resultou no aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros.

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A pecuária ocupa hoje um lugar de destaque, atividade praticada de forma semi-intensiva, são criadas raças bovinas europeias em regiões de clima frio e a raça zebu em áreas de clima tropical.

Outra atividade econômica bastante difundida em praticamente todos os países da América Latina é o extrativismo e a mineração. Existe um grande fluxo comercial desenvolvido internamente entre os componentes latinos, uma vez que há uma dependência em relação a alguns minérios, além da sua exportação para diversos lugares do mundo.

O setor industrial é dividido em indústrias tradicionais e de beneficiamento. Atuam na produção de matéria-prima a partir do beneficiamento de minérios ou produtos agropecuários, incluindo aquelas que produzem bens de consumo, como as tradicionais indústrias alimentícias e têxteis, apesar de alguns países possuírem um setor industrial mais diversificado, que varia desde a indústria de base até a tecnologia de ponta, com essas características temos o Brasil, a Argentina e o México.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

Dentre todas as regiões brasileiras a norte é a menos desenvolvida industrialmente. Há várias décadas a região tem suas atividades econômicas vinculadas aos setores com pouca aplicação tecnológica e que atuam nos ramos agroindustriais que produzem alimentos, têxtil, couro, borracha, etc.

Apesar disso, no final do século passado essa região começou a desenvolver, na Amazônia oriental atividades como mineração e metalurgia foram as que mais cresceram. Já na Amazônia ocidental o desenvolvimento ocorreu na indústria, sobretudo de eletroeletrônica.

Na parte oriental as mudanças ocorreram em decorrência da extração mineral na Serra dos Carajás e de Oriximiná, além da proximidade com a usina hidrelétrica de Tucuruí e a instalação do complexo metalúrgico do alumínio nas proximidades de Belém.

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Na parte ocidental o desenvolvimento industrial aconteceu principalmente a partir de 1967, com a criação da Zona Franca de Manaus, esse centro industrial atraiu empresas incentivadas por uma série de benefícios de ordem tributária, além de isenção de taxa de importação para componentes. Diante disso, as empresas que produzem televisores, DVDs, celulares, motos e diversos outros produtos foram os que mais se beneficiaram com a criação desse pólo industrial.

A criação da Zona Franca de Manaus foi uma iniciativa do governo federal com o objetivo de desenvolver economicamente e socialmente a região. No entanto, o resultado não foi o esperado, pois as indústrias não atribuíram nenhum beneficio à população local.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

Por: Mariana Mayor Lima

A industrialização na América Latina é caracterizada como incipiente, tardia e de substituição de importações. Tais características estão relacionadas entre si e diretamente ligadas às elites latino-americanas, como a cafeeira no Brasil, e à conjuntura existente no período da industrialização.

No início do século XX, o mundo vivia um momento de instabilidade, pautado pelas Guerras Mundiais e pela crise econômica de 1929. Até o momento em questão, a relação econômica existente entre a América Latina e outros continentes, como a Europa, era uma relação neocolonial, ou seja, os países latino-americanos exportavam matéria-prima e importavam produtos industrializados.

Devido ao período de instabilidade supracitado, houve um declínio das exportações da América Latina, uma vez que a Europa diminuiu suas importações, já que seu consumo e indústria estavam voltados para a guerra. Logo, a indústria europeia não estava produzindo os bens que os países latino-americanos costumavam importar do continente. A partir desse momento, a elite da América Latina passou a substituir a importação dos produtos que necessitava pela importação de máquinas industriais europeias que produziam as manufaturas.

No entanto, as máquinas da Europa importadas pela América Latina já estavam obsoletas e atrasadas para a época, uma vez que a Europa já estava vivenciando a Segunda Revolução Industrial e a América Latina, naquele momento, iniciava a Primeira. Esse fato explicita a industrialização incipiente, tardia e não competitiva que ocorreu América Latina, não resultando em uma mudança significativa na estrutura industrial dos países da região.

Segundo a economista Maria da Conceição Tavares, o setor externo das economias primário-exportadoras, como as dos países da América Latina, possuem alta relevância. De acordo com seu texto Auge e declínio do processo de substituição de importações no Brasil[1], duas variáveis básicas pautam a relação dessas economias com o setor, são essas: exportação como importante parcela da renda nacional e importação como fonte de suprimentos industrializados para suprir a demanda interna. Essas variáveis também estão expressas nas economias centrais, porém de forma distinta.

No caso das economias centrais, embora as exportações sejam relevante componente de renda nacional, há outros fatores responsáveis pelo crescimento econômico desses países, como as variáveis internas, pautadas principalmente no desenvolvimento tecnológico. Deste modo, compreende-se que as exportações não são componentes exclusivos, a união delas com a variável endógena é que permite que “o aproveitamento do mercado externo se dê concomitantemente à diversificação e integração da produção interna” (TAVARES, 2000, p.220). Já na América Latina, as exportações eram quase que exclusivamente o componente de crescimento de renda dos países, além da atividade representar o centro dinâmico da economia da região.

A difusão da atividade exportadora na economia dos países latino-americanos dependia de seus processos produtivos de bens primários e suas capacidades de distribuição de renda. Dentro do modelo exportador, foi estabelecido um processo de urbanização, no qual indústrias de bens de consumo interno se desenvolviam com baixo nível de produtividade e, desse modo, mesmo unidas ao setor agrícola, eram insuficientes para a manutenção das atividades econômicas nacionais. Deste modo, o crescimento econômico dos países latino-americanos era pautado na demanda externa por produtos primários, o que refletia o grau de dependência da região.

Em relação ao papel das importações nesses países, era qualitativamente distinto das economias dos países centrais, uma vez que, enquanto os últimos importavam matéria-prima e alimentos, os países da América Latina importavam categorias inteiras de bens de consumo e, segundo Tavares, praticamente o total dos bens de capital necessários ao processo de investimento induzido pelo crescimento exógeno da renda (TAVARES, 2000, p.221).

Devido à situação supracitada, pode-se dizer que o setor externo atua como um mecanismo de ajuste entre demanda e produção interna, além de ser responsável por grande parte da mudança do modelo desenvolvimentista.

O problema central do crescimento pautado na dependência de “processos externos” está vinculado à divisão internacional do trabalho. Essa foi instaurada durante o processo de desenvolvimento das economias centrais e abrangeu as economias periféricas, porém as últimas vivenciam as consequências desse processo de maneira distinta.

Enquanto não havia, nos países desenvolvidos, clara separação entre produção para mercado externo e interno, uma vez que as manufaturas produzidas atendiam ambos mercados e a especialização no mercado externo era pautada por diferenciação de produtos, não por setores produtivos diferentes, na América Latina ocorria o contrário. Os países latino-americanos possuíam uma divisão clara da produção destinada para mercado externo e interno. Esse último setor era pautado pela produção de itens de subsistência, no entanto, devido à baixa produtividade e desigualdade econômica, não conseguia atender a demanda interna em sua totalidade.

Já o setor de exportação, tinha, e ainda tem, um papel bem definido nas economias da região. Segundo o texto supracitado de Tavares[1], o setor possui alta rentabilidade econômica e, normalmente, é especializado em um ou poucos produtos. Além disso, o setor externo é marcado pela alta concentração de propriedades, o que resulta em alta concentração de renda, uma vez que esse é o setor mais produtivo do país.

Como resultado da distribuição de renda desigual, a maioria dos cidadãos acaba permanecendo à margem do mercado, enquanto a minoria, os capitalistas, “apresentam níveis e padrões de consumo similares aos dos grandes centros europeus e em grande parte atendidos por importações” (TAVARES, 2000, p. 222)

Desse modo, a divisão internacional do trabalho e a extrema desigualdade na distribuição de renda compõem a base da disparidade existente entre produção para comércio exterior e composição da demanda interna. Essa dualidade é uma das principais características do modelo primário-exportador.

Nas economias em que há essa estrutura dualista, pode-se dizer que ocorre o fenômeno do subdesenvolvimento contemporâneo. Segundo Celso Furtado, “o subdesenvolvimento é, portanto, um processo histórico autônomo, e não uma etapa pela qual tenham, necessariamente, passado as economias que já alcançaram grau superior de desenvolvimento” (FURTADO, 2000, p.253)³

Revisado por: Júlia Moreno

Referências

[1] TAVARES, M. d. C; Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL: Processo e substituição do processo de substituição de importações no Brasil. Edição. Rio de Janeiro: Record / CEPAL, 2000. p. 217-237.

[2] TAVARES, M. d. C; Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL: Processo e substituição do processo de substituição de importações no Brasil. Edição. Rio de Janeiro: Record / CEPAL, 2000. p. 217-237.

[3] FURTADO, Celso; Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL: Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. Edição. Rio de Janeiro: Record/CEPAL, 2000. p. 217-237.

Como é a indústria na América do Norte?

A indústria no espaço norte americano é distribuída de forma variada, a região nordeste e centro-oeste é bastante industrializada, país denominado de Manufacturing Belt (cinturão das manufaturas).

Quais os principais setores da indústria norte

Principais regiões industriais dos EUA: Destaca-se pelas indústrias ligadas aos setores de Eletrônica, Biotecnologia e Aeroespacial. - A região da Costa do Golfo do México destaca-se nas áreas química, metalúrgica e refino de petróleo.

Quais são as principais indústrias do norte?

Diversos ramos de atividade industrial se estabeleceram no distrito, no entanto, os de maior destaque estão envolvidos na produção de eletroeletrônicos (computadores, celulares, televisores, relógios, aparelhos de DVDs, entre outros), além de fábricas de motos, bicicletas e móveis de madeira.

Como é a industrialização da Região Norte?

A Industrialização é um processo socioeconômico que consiste na criação de indústrias e no aprimoramento de tecnologias. Neste fenômeno, a máquina passa a substituir o homem em determinadas tarefas, intensificando o processamento das matérias-primas em bens de consumo e produção.

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