Como ocorreu a formação dos Estados nacionais na América Latina?

O processo de independência dos países da América Latina deu origem à consolidação dos Estados Nacionais. Esse processo foi repleto de mudanças socioeconômicas e teve características específicas em cada país.

A independência das nações de suas metrópoles aconteceu de forma quase sequencial, estimulando a formação dos Estados Nacionais Latino-Americanos. Nesse processo, os países da região tiveram que lutar para conquistar sua liberdade e autonomia econômica e social em relação à matriz colonizadora. Essa transformação também foi marcada pelo fim do escravismo e pela introdução do capitalismo e da abertura comercial.

A emancipação das colônias foi um acontecimento complexo e intenso sob o ponto de vista político e também econômico. A consolidação dos Estados Nacionais aconteceu no século XIX, depois de um longo processo que contou com a delimitação de territórios independentes, legitimidade de governos e com várias lutas de libertação.

A emancipação das nações latino-americanas atingiu diretamente os interesses do Império Espanhol e do Império Português, que dominavam os países da América do Sul e América Central. Por causa de interesses econômicos e políticos, o governo monárquico foi abandonado para dar espaço à república.

Depois das declarações de autonomia, as colônias rompiam com as metrópoles e começavam a formatar um governo próprio. Contudo, a fragmentação política levou a diversos conflitos entre cidades e províncias, o que demonstra fragilidade no processo de desenvolvimento dos Estados Nacionais. Nesse período histórico, foram instituídas diversas cartas constitucionais federais.

A consolidação dos Estados Nacionais também contou com um forte aspecto de nacionalidade. Um caso curioso, que se destacou durante o processo de independência dos países latino-americanos, foi o da Argentina, que, depois da emancipação, passou a construir uma elite política nacionalista, porém baseada na atração de populações estrangeiras.

Um Estado nacional contemporâneo tem como princípio realizar a soberania política e militar dentro de um determinado território delimitado por fronteiras que definem quando termina um território e inicia outro.

O Estado nacional é também chamado de Estado-Nação, leva em consideração as pessoas que vivem no território e que possuem características singulares segundo a sua identidade (língua, religião, moeda, hino do país etc.) cultural, histórica, étnica, colocadas em prática dentro do estado.

Os Estados-Nações, ou propriamente dito países, surgiram principalmente no fim do século XVIII início do século XIX. Foram constituídos a partir do processo de industrialização original e/ou clássica com mecanismo de divisão do espaço geográfico internacional, estabelecendo uma nova configuração política e espacial, tudo isso é fruto da burguesia e revolução industrial que contribuiu para proteger o mercado de um determinado território.

Nesse contexto, quem não realizasse medidas de proteção de mercado seria incapaz de competir com produtos ingleses, então era preciso fechar o mercado. A proteção de mercado não devia se limitar apenas a fiscalizar as fronteiras, ou taxar produtos, mais do que isso, era preciso constituir sentimentos de amor à pátria (nacionalismo) em seu povo.

O nacionalismo e/ou patriotismo passou a ser desenvolvido através de vários meios, como a escola era pública e obrigatória ela conseguia atingir uma grande quantidade de crianças, as forças armadas antes constituídas por mercenários passou a aceitar somente pessoas de mesma língua e com afinidade com o país, outras maneiras de consolidação do sentimento nacionalista eram retratadas nas obras literárias, folclores, tradições, culinária, datas comemorativas, modos de vestir e etc.

A concepção do Estado nacional ocasionou divergências entre reis e imperadores, no século XVI e XVII, no XIX entre igreja e nação, e entre senhores feudais e o estado.

Posteriormente aos conflitos, o estado foi consolidado superando as ideologias e interesses da igreja e dos senhores feudais, assim promoveu a centralização do poder, e essa dava direito de representação da nação.

Mesmo com a vitória política do Estado-Nação ainda existem países que não detêm uma hegemonia de nacionalidade e de língua, como, por exemplo, Canadá, Suíça, Rússia entre outras.

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Com mais de 42 milhões de quilômetros quadrados, o continente americano é o segundo mais extenso do planeta. Sua população é de aproximadamente 925,2 milhões de habitantes, que estão distribuídos em 35 países e em vários territórios que não possuem total autonomia política, como, por exemplo, a Guiana Francesa.

A divisão mais comum dessa grande porção continental é baseada na posição geográfica das terras americanas no globo terrestre: América do Norte, América Central e América do Sul. No entanto, o continente americano também pode ser dividido em América Anglo-saxônica e América Latina, sendo estabelecidas através do idioma e dos elementos históricos e culturais.

O processo de colonização no continente americano foi promovido pelos europeus, com destaque para os espanhóis, portugueses, britânicos, holandeses e franceses, e uma das principais heranças desse processo é a língua. Nesse sentido, as nações colonizadas por países cujo tronco linguístico é o germânico (inglês), pertencem à América Anglo-saxônica. A América Latina, por sua vez, é integrada pelos países que possuem língua neolatina (francês, português e espanhol).

Entretanto, apesar de serem ex-colônias de países de tronco linguístico germânico (inglês e holandês), o Suriname, Jamaica, Trinidad e Tobago, entre outros, são considerados países da América Latina, pois apresentam características históricas e culturais semelhantes às dos latino-americanos.

Outro elemento importante para essa divisão se refere aos aspectos geopolíticos e socioeconômicos, visto que Canadá e Estados Unidos são as únicas superpotências do continente, fortalecendo essa unificação em América Anglo-saxônica. Já as nações latino-americanas estão em processo de desenvolvimento econômico e, a maioria delas, apresenta diversos problemas sociais.

Portanto, os países da América Latina estão distribuídos pelas três regiões geográficas do continente: México (América do Norte) e todas as nações da América Central e do Sul, que apresentam laços históricos e culturais semelhantes.

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Como ocorreu a formação dos Estados nacionais Latino

A formação do Estado nacional na América Latina corresponde a dois processos indissociáveis: a internacionalização do modo de produção capitalista que conduz à institucionalização do poder burguês no mundo todo e, por outro lado, os processos de emancipação das colônias ibéricas.

Como se formou a população Latino

Além da população indígena das Américas (também conhecida como nativo-americana), a grande miscigenação dos povos latino-americanos data dos últimos cinco séculos, resultado de processos de colonização e ondas migratórias.

Que elementos caracterizam a formação histórica dos Estados americanos?

Que elementos caracterizam a formação histórica dos Estados latino-americanos? Todos incluíam politicamente a população indígena, com a consequente criação de Estados controlados pela elite local. Todos tiveram presente a ideia de uma "nação latino-americana", que embasava a libertação colonial.

Quais são as principais características da América Latina?

A América Latina é rica em recursos hídricos e possui extensas bacias hidrográficas, como a Bacia do Orinoco, a Bacia Amazônica e a Bacia Platina. A América Latina está situada na zona intertropical, onde predominam os climas quentes, com exceção do extremo sul (Argentina e Chile) e das áreas montanhosas (Andes).

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