Bem vindo a ou à

Afinal, é bem vindo ou bem-vindo? Ter dúvidas na hora de escrever essa palavra é bem mais comum do que parece. 

A língua portuguesa possui diversas regras e palavras com muita similaridade, o que pode gerar muitas dúvidas no momento de empregar certos vocábulos.

Contudo, por mais natural que seja cometer alguns erros, existem momentos em que eles não podem acontecer. 

Já imaginou escrever uma palavra de forma errada na redação do Enem? Ou redigir “menas” no lugar de “menos” no seu currículo? Pode pegar bem mal, não é mesmo?

Pensando nisso, a EAD UNIFEOB explica se o correto é “bem vindo” ou “bem-vindo” e esclarece outras quatro dúvidas de português. 

Confira:
1 - Bem vindo x bem-vindo
2 - Viagem x viajem
3 - Mal x mau
4 - Menas x menos
5 - Ansioso x ancioso
Conclusão

A Nova Ortografia mudou algumas regras de uso do hífen, sendo que muitas palavras perderam ou ganharam o sinal gráfico. 

“Bem-vindo” não foi uma delas, a palavra segue hifenizada. Dessa forma, o modo correto de saudar alguém é com “bem-vindo”. 

Exemplos:
Seja bem-vindo à São Paulo!
Bem-vindos à nossa casa!

Ou seja, podemos concluir que escrever “bem vindo”, sem o hífen, é incorreto. 

2 - Viagem x viajem

Você sabia que tanto “viajem” quanto “viagem” existem na língua portuguesa? É isso mesmo, as duas grafias estão corretas!

No entanto, é importante pontuar que cada uma dessas palavras é utilizada em contextos diferentes. 

“Viagem" é um substantivo feminino e indica a ação de viajar. 

Por exemplo:

  • A viagem que fizemos no final de semana foi melhor do que esperávamos. 
  • Júlia planejou uma viagem para Salvador nas férias.  
  • Amanhã vai fazer cinco anos de nossa viagem a Portugal.

Já “viajem”, se trata de uma conjugação verbal de "viajar"

Essa forma verbal aparece quando utilizamos a terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo ou quando aplicamos o verbo no imperativo.

Por exemplo:

  • Viajem com segurança!
  • Estou na expectativa de que eles viajem amanhã. 
  • Viajem de manhã cedo, por favor, é mais seguro!

Ou seja, escrevemos “viagem” quando estamos nos referindo ao substantivo e “viajem” quando nos referimos ao verbo. 

3 - Mal x mau

Confundir “mal” e “mau” é um dos erros mais recorrentes da língua portuguesa. Afinal, as palavras possuem a mesma sonoridade e a grafia quase idêntica. 

Contudo, essas duas palavras não são sinônimas — mesmo que passem uma ideia semelhante — e devem ser utilizadas contextos diferentes.  

“Mau” é um adjetivo, indicando alguém ou alguma coisa que faz maldades.

Exemplos:

  • Sônia vivia de mau humor. 
  • Gabriel era mau com os primos mais novos. 
  • O pai dava mau exemplo aos filhos. 

Já “mal”, pode ser um advérbio, um substantivo ou uma conjunção.

Como advérbio, “mal” se refere ao modo como algo foi feito, sendo sinônimo de incorretamente, insuficientemente, dificilmente, entre outros. 

Exemplos:

  • José bebeu tanto que começou a passar mal. 
  • Ele mal sabia o que viria daqui para frente. 

Como substantivo, “mal” se refere a uma desgraça, calamidade, dano, doença, enfermidade. 

Exemplos:

  • Antônio me causou um grande mal durante a separação. 
  • O meu mal é esta doença que não me permite sair na rua. 

Já como conjunção, “mal” é uma conjunção subordinativa temporal. Tem sentido de “assim que” e “logo que”.

Exemplos:

  • Mal ele chegou, ela saiu da sala.
  • Mal você possa, venha falar comigo.

Ainda tem dúvidas?  Temos um macete que pode ajudar!

Uma ótima maneira de entender a diferença entre “mal” e “mau” é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual se encaixa na frase.

“Mau” é o contrário de “bom”, e “mal” é o contrário de “bem”. Se você estiver em dúvida entre “mal” e “mau”, utilize os antônimos para ver qual faz mais sentido. 

“Você está sendo mal”, será que essa frase está correta? Vamos substituir pelo antônimo. Ficaria “Você está sendo bem”. Soa um pouco estranho, não é mesmo? 

Então, o correto seria “você está sendo mau”. Afinal, “bom” poderia ser utilizado nesse contexto. 

Confira mais exemplos:

  • Que mau humor! (contrário: bom humor)
  • Está mau tempo! (contrário: bom tempo)
  • Ele está de mal com ela. (contrário: estamos de bem)
  • Isso me faz mal. (contrário: faz bem)

4 - Menas x menos

É possível que você já tenha ouvido ou até mesmo falado a palavra “menas”. Contudo, essa palavra não existe.

A forma correta de escrita da palavra é “menos”, que é utilizada para indicar alguém ou alguma coisa em menor número, em menor quantidade ou numa posição inferior:

Exemplos:

  • menos pão
  • menos livros
  • menos água
  • menos cadeiras

Menos é uma palavra uniforme e invariável, ou seja, não há flexão da mesma em gênero (masculino e feminino) ou em número (singular e plural).

5 - Ansioso x ancioso

Afinal, se escreve “ansioso” ou “ancioso”?

“Ansioso”, escrito com “s”, é a forma correta de escrever essa palavra.

Já “ancioso”, escrito com “c”, não existe na língua portuguesa, logo, é um erro ortográfico. 

Exemplos:

  • Ana está ansiosa para viajar no final de semana. 
  • Os estudantes estavam ansiosos para a prova de matemática. 
  • O pai estava ansioso pela chegada do filho. 

Conclusão

Neste artigo, explicamos se o correto é usar “bem vindo” ou “bem-vindo” e esclarecemos outras cinco dúvidas de português. 

Se você gosta de conteúdos com dicas de estudos, confira outros textos do Blog do EAD UNIFEOB:

  • Como fazer uma introdução: Exemplos, Frases e o que evitar
  • A importância do tópico frasal para tirar nota 1000 na redação do Enem
  • 6 livros que ajudam na redação do Enem
  • Regra de três: Como fazer, Tipos e Exemplos práticos
  • Sessão ou Seção? Veja Diferenças, Quando Usar e Exercícios

É correto escrever bem vindo a?

A palavra correta é "bem-vindo", ou seja, com o uso de hífen. Portanto, toda vez que for saudar uma pessoa é preciso escrever "bem-vindo(a)" e não "bem vindo" separado e sem o hífen.

Quanto à ou a?

As duas formas podem estar corretas, dependendo da estrutura da frase. Quanto a é uma locução prepositiva que termina com a preposição a. Dependendo do termo seguinte, poderá ocorrer ou não contração com esse termo, ou seja, poderá ocorrer ou não crase: Quanto a isso, nada sei.

Quando se deve usar a?

Usamos “à” quando estamos nos referindo ao lugar. – Irei à faculdade hoje pois tenho prova. – Todos os trabalhadores foram à reunião após o expediente. Quando nos referimos ao objeto indireto ou complemento nominal.

Faz bem a ou a?

Assim: “pedido a ele” / “pedido a ela” (sem crase), mas “ir ao quarto” / “ir à sala”; “menção ao autor” / “menção à autora”; “referente ao rapaz” / “referente à moça”; “quanto aoproblema” / “quanto à questão”. Importante: O à é produto de dois aa que se fundiram, na escrita como na pronúncia.

Toplist

Última postagem

Tag